Todos, um dia, paramos para pensar no motivo de termos a família que temos. Por que esse pai, essa mãe, esses irmãos, enfim, por que nascemos onde nascemos? Talvez não seja o seu caso, mas muitas famílias são conflituosas e têm relações difíceis, brigas, desentendimentos, desrespeitos, ciúmes, causando traumas e mágoas uns aos outros e imensa revolta. Haverá um motivo?
A grande ferramenta de evolução de que dispomos é o relacionamento humano. Muito bem... Então, qual deles é o mais básico e íntimo, mais permanente, durante muito tempo obrigatório, pelo menos na infância e juventude e muitas vezes também depois de adulto? O relacionamento familiar. Se pensarmos em crescimento espiritual, que viemos ao planeta para resgatarmos o nosso carma e evoluirmos, concluímos que não é um mero acaso, fatalidade, sorte ou azar. A família faz parte do destino e do caminho escolhidos pela alma. O Universo é perfeito e tudo tem uma razão de ser.
Em artigo anterior falei um pouco sobre carma e um dos seus significados: ação sacrifical, de sagrado ofício. Os laços familiares têm muito de carma, isto é, aquilo que precisamos trabalhar, resgatar e aprender. Eles poderão encorajar ou inibir dons e talentos que trazemos. Sim, a família é sagrada e traz o nosso primeiro ofício ao nascer. Dela vêm as primeiras lições, valores, apoio, proteção, rejeição, afetos e desafetos e toda nutrição alimentar e emocional que são importantes para forjar a personalidade e agregar a bagagem que “ajudará” o Ser reencarnado em sua nova jornada.
É necessária a ressonância energética/espiritual entre pai e mãe para proporcionar a abertura do portal que permitirá ao Ser encarnar, mesmo na gravidez decorrente de estupro. Entre familiares se estabelecem, muitas vezes, relacionamentos ressonantes complexos chamados de grupos anímicos, almas que se tornam companheiras evolucionais. Encarnação após encarnação elas vão se revezando nos diferentes papéis de pai, mãe, filho, irmão e outros que formam a família física, resgatando e trabalhando os vínculos cármicos.
Por cerca de nove meses um corpo é construído para você, nos mínimos detalhes. Dentro do ventre de sua mãe, célula a célula, órgão a órgão, com as particularidades físicas, genéticas e emocionais dos seus ascendentes. Suas características físicas, traços do rosto, cor de pele, cabelos, defeitos e doenças congênitas, goste ou não goste, foram escolhas suas e fazem parte do seu carma.
Entre pessoas que se relacionam são formados laços energéticos invisíveis a ligar os corpos sutis. Na fabricação do corpo físico o feto se une fisicamente pelo cordão umbilical ao corpo materno, uma materialização do forte cordão etérico que une e sempre unirá mãe e filho. O cordão físico, uma passagem de mão única, para nutrientes que alimentam e ajudam a formação do corpo. Um dia esse bebê vem ao mundo, respira pela primeira vez e esse cordão é cortado, mas fica o energético. E o alimento emocional, de mão dupla, flui através do mesmo. Muitas mães e filhos costumam sentir quando um ou outro está em momento triste ou feliz. Este laço, assim como o que se forma com outros membros da família, pode já existir de outras vidas, e vai se fortalecendo com o tempo e a qualidade da relação.
Relatos de TVP, Terapia de Vidas Passadas, mostram pacientes sob hipnose ou relaxamento induzido, que acessam memórias do período “entre vidas” e dizem ter reencarnado para reencontrar determinada alma com quem teve relacionamento de pai, mãe, filho, amigo, etc. Isso explica como se formam as simpatias e antipatias, “gratuitas”, as preferências, que marcam muitas relações familiares. Acontecem casos até de “inimigos íntimos” que encarnam como irmãos gêmeos para tentar resolver o conflito e fazer as pazes definitivamente, com a ajuda do laço familiar obrigatório. A Bíblia fala de Esaú e Jacó que já brigavam no ventre de sua mãe Rebeca: “Ora, as crianças se batiam dentro dela.”Gênesis, XXIV, 22. Mas o normal nos gêmeos é que são seres que se amam tanto que resolvem encarnar juntos para viverem o mesmo propósito de vida.
Muitos nascem para ajudar familiares a mudar sua concepção de mundo e de vida ou para serem tratados, protegidos e amparados por estes. Neste contexto, são mestres com específicas e fortes lições. É o caso de crianças que nascem com, ou passam a ter, necessidades especiais. Trazem muito aprendizado de amor, paciência, aceitação, desapego e compaixão, para pais, irmãos, avós e outros.
Hoje, colhemos o resultado do que escolhemos ontem e plantamos o que colheremos amanhã. E a vida vai num eterno escolher, colher, escolher, colher... Na relação familiar aparece um outro verbo que é o "acolher". Será que precisamos acolher nossos parentes do jeito que são? Estarão espelhando a nossa sombra? Todo relacionamento espelha, né? Amar pessoas perfeitas é fácil. Mas, é com as difíceis que mais exercemos nosso lado divino e trabalhamos nossos defeitos, o que trazemos escondido e engavetado nos porões de nossa alma.
Honre pai e mãe, agradeça e cultue a família, mas faça a sua vida! Nunca permita que os laços familiares se enrolem no pescoço e o sufoquem! Sobretudo, aceite, trabalhe e procure resgatar o seu carma, senão vai repetir a lição, em outra encarnação.
Um beijo de luz em seu coração.
Ivan Maia Fernandes é Analista de Sistemas, Astrólogo, Reiki Master, Terapeuta Holístico (Florais Brasileiros e de Bach), Método Melchizedek, 1, 2, 3, Mesa Radiônica, Cura Quântica. Consultório em Brasília/DF - Fone: (61) 9245-3574
AUTOR: SOMOS TODOS UM
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