Templo aberto ao teu coração, aí tens o porto a que o Senhor te conduziu no extenso e furioso mar da vida terrestre.
Aprende a respirar dentro dele, com o respeito e a bondade que a vida nos merece.
Haverá, porventura, lição mais comovente que o esforço de teu pai por manter-se robusto e poderemos, acaso, encontrar mais sublime testemunho de sacrifício e ternura que o carinho de tua mãe, esquecida de si mesmo, em favor da tua alegria?
Quando a chuva, lá fora, enlameia a estrada e quando a ventania passa zunindo, na altura, já pensaste na bênção do teto que te agasalha?
À mesa, quando a sopa fumegante convida tua fome ao repasto, já refletiste na sublimidade do santuário que te abriga?
Quando, cansado, te acolhes ao leito, já meditaste na doce e misteriosa mão de Deus que te sustenta o sono?
Aprende a honrar tua casa, no culto da gentileza, enriquecendo-a com o teu serviço constante no bem e santificando-a com o teu amor.
O lar é o primeiro degrau com que o Todo Poderoso nos induz a escalar o Céu.
Tua casa é o teu celeste jardim no mundo. Cultiva aí, nesse abençoado recanto de paz e trabalho, as flores do bem que nunca morrem.
Ajuda-o na preservação da tranquilidade e do bem estar, porque, um dia, de fronte preocupada, como agora acontece ao teu pai e à tua mãe, crescido e pensativo, terás um lar diferente, onde entrarás como senhor, e, inclinado sobre algum rosto alegre e saltitante, como o teu, igualmente dirás: - “Meu filho! Meu Filho"!...
AUTOR: (Do livro “Mãe – Antologia Mediúnica” – Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)
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