Há uma em particular no cerne de cada um de nós, onde mesmo que muitos não ousem fazê-la – marcas cicatrizantes de um passado não muito distante, do qual temer a Deus era mais importante que amá-lo, mas que sem dúvida alguma ela lá está a perseguir-nos: Onde está a justiça nas aflições?
Não buscamos aqui determinar uma resposta, além de pretensão desmedida seria adiantar que a sua inteligência e razão são incapazes de construir seus próprios caminhos legítimos em busca da “Verdade”.
Não buscamos aqui determinar uma resposta, além de pretensão desmedida seria adiantar que a sua inteligência e razão são incapazes de construir seus próprios caminhos legítimos em busca da “Verdade”.
Mas suscitar reflexões entorno do tema. Imagine por um instante o nascimento de um filho muito aguardado, onde os pais com terno amor realizam os preparativos devidos, construíram sonhos entorno do mesmo e que acabam por acolher em seus braços no momento tão aguardado do nascimento um corpo sem vida.
Uns dirão que foi por que Deus quis assim (Deus quis?!). Palavras que conformam, mas não confortam. De nenhuma forma questionamos a vontade Divina, mas o Pai haveria de querer que seus filhos amados sofressem sem nenhuma causa aparente? Que pai dará pedras a um filho que lhe roga pão?
Se os pais feriram em algum momento de suas vidas as leis divinas e colocaram-se nas fileiras da reparação destas, o que fez a criança que não teve se quer a oportunidade de realizar o bem ou o mal (ausência do bem)? Algo há que possa acalentar nossos corações diante das situações aflituosas da vida nos fazendo seguir em frente com fé na Providência Divina e acreditando que o esforço cotidiano de superação das mesmas tornando-nos pessoas melhores não será em vão. Algo mais racional do que supor, a semelhança dos deuses pagãos da mitologia grega, sejamos surpreendidos vez ou outra por uma força que quando ver-se entediada, diverte-se com nossas lágrimas, causando-nos angústias, desgostos, decepções etc.
O famoso jargão popular “Deus escreve certo, por linhas tortas” por muito tempo bastou, mas não basta mais para muitos de nós dado o desenvolvimento, lento é bem verdade, da humanidade que a todo instante busca a razão de ser dos acontecimentos que a rodeia. Esta não tem a pretensão de um dia tomar o lugar do Senhor da Vida como no “mito de Lúcifer”, mas busca instintivamente compreendê-lo, perceber-lo, senti-lo melhor para melhor o amar. Sendo assim, se Deus (Perfeição) escreve, não escreve por linhas tortas, nós é que somos deficientes visuais e ainda não usamos os óculos da razão para compreendê-lo. Que cada um tenha olhos para ver e ouvidos para escutar...
AUTOR: Edí Carlos R. de Oliveira - Discurso Espírita
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