Meus queridos,
Como Almas ascendentes, alguns de nós estamos bastante familiarizados com a dor, visto que é apenas pelo motivo de a termos vivenciado, aceitado e transcendido, como parte da nossa natureza, que podemos realmente nos conhecer e dissipá-la com a conscientização adequada e a compaixão necessária, lembrando de que a dor não deveria ser negada, mas compreendida como parte de quem somos. De outra forma, não poderíamos curar aquilo que recusamos aceitar. Nosso estado natural de ser é de alegria e amor, mas não significa que não podemos escolher experimentar qualquer outro estado, que finalmente nos traga conscientização e maior compreensão de por que estamos sofrendo. A dor transforma o self, e se a aceitamos, em vez de combatê-la, finalmente, seremos capazes de abandonar antigos apegos, que é um dos principais motivos de estarmos em um estado de dor, e finalmente, avançar em uma jornada exclusiva de automestria e expansão da alma.
Ao nos interiorizarmos e sermos honestos com nós mesmos é que podemos encontrar a clareza e a sabedoria de que precisamos para saber por que estamos sofrendo, sem culpar o mundo externo ou o que as outras pessoas nos fazem. Em nosso interior reside a luz que ilumina aqueles cantos escuros que o nosso ser humano não quer olhar. Como luz é informação, com a luz vem a conscientização, e com ela, a dissolução de nossas sombras internas, aquelas que quando acolhemos, nos fazem sentir como se estivéssemos sob uma dor interminável, mas que, quando a aceitamos, deixa-nos finalmente resgatar nosso verdadeiro estado de ser, que é sempre o da bem-aventurança divina para o simples deleite de nossa existência e de um reconhecimento mais profundo de que essa dor é tão-somente outro estado humano, que a nossa alma concordou em experimentar, quando encarnamos neste Planeta e não algo que deveríamos julgar ou recusar sentir.
Quando integramos níveis mais elevados de consciência e de verdades, se essa for a nossa escolha consciente, é natural sentir dor, porque nosso self humano não nos está permitindo fluir plenamente e liberar todas as correntes antigas que nos escravizaram. É, então, que deveríamos nos tornar plenamente presentes e permanecer centrados em nossos corações para deixar que o nosso Eu Superior nos oriente durante esse processo, sabendo que passará, e que a única coisa que podemos fazer é aceitar o modo como estamos nos sentindo e honrar o que a dor está nos mostrando. A dor surge quando estamos ainda apegados às pessoas ou às coisas que nunca são nossas, para começar. A dor é também a revelação de que não estávamos vivendo nossos verdadeiros desejos e propósitos anímicos, e essa é a forma que a nossa alma tem de nos advertir.
A dor atua como um mensageiro e deveríamos ser gratos e escutar a sua orientação em vez de pensar que existe algo errado conosco. A dor possui disfarces diferentes, mas toda a dor provém do mesmo lugar de não ser Um com a nossa alma e nossa verdadeira Essência. Como a nossa alma sabe que o nosso constante estado de ser é o de mudança e de liberação, e diferente de nosso ser humano, que acha que possui todas as coisas, e portanto, tem medo de perdê-las, ela nunca sofre, porque sempre usufrui o Novo sem julgá-lo. Não podemos evitar a dor, porque não podemos negar a natureza humana, dizendo que isso seja apenas mera ilusão. Podemos distrair-nos e acobertar o que sentimos com outras coisas que entretenham o nosso self humano para não sentir o sofrimento, mas nas profundezas do nosso ser, sempre vamos saber que aquilo que estamos sentindo não é nada mais do que uma fuga falsa para algo que nunca pode ser ignorado, apenas acolhido com verdadeira compaixão e maior compreensão.
Olhar de frente a dor exige uma incrível quantidade de trabalho interno, força e conscientização, mas o mais importante é a nossa disposição de nos separar de nosso ser humano e seus pontos de vista limitados, e tornamo-nos a testemunha – o observador eterno – daquilo que experimentamos. Quando nos vemos a partir de fora, notamos claramente que tudo o que estamos sentindo é apenas a fragmentação que o nosso ser físico faz com aquilo que era unificado no início. Ao nos permitir sentir dor, reconhecemos nosso lado sombrio interno, acolhendo-o como outro aspecto que coexiste com a luz que aceitamos, que, como criadores e mestres da própria experiência de vida, somos os únicos que podemos realmente nos tornar curadores dessas feridas, que estão apenas ocultas nas profundezas de nosso ser, e que, em algum ponto, devido aos nossos julgamentos humanos e velhas crenças, deixamos de amar e que agora estão precisando de ser apreciados, por aquilo que eles são: outro aspecto semelhante da Criação.
Neste momento, alguns de vocês podem estar evoluindo para um novo caminho de total aceitação e de ausência de dor, outros, podem começar a acolher o melhor que eles possam, de modo que dissipem essas velhas crenças e comecem a honrar e respeitar todos os fragmentos que os tornam inteiros, com a mesma equidade que vocês aceitam a parte que é Luz. Não importa onde vocês estejam em seu exclusivo caminho da alma, todos os caminhos conduzirão à unificação, todos vocês, que conscientemente decidiram acessar esta jornada de integração e incorporação conscientes dos níveis mais elevados de amor e compaixão, estão ascendendo, mesmo se estiverem sentindo dor, isto os está ajudando a liberar, transmutar e alcançar o próximo nível de consciência que os levará à próxima etapa do seu caminho evolutivo.
A dor é primorosa quando vocês a observam a partir de um lugar mais elevado, porque é aí que vocês identificam-na como um sinal de sua alma, de que vocês não estão fazendo tudo o que são capazes para resgatar o seu natural estado de harmonia. Trata-se de uma mensagem que vocês não estão permitindo que o seu curador interno traga à baila e faça a sua tarefa. A dor está aí como um lembrete do poder divino, que é sempre Um com vocês, e que os recorda de que ninguém, nenhuma circunstância, ou ser, podem levá-los para fora de onde vocês estão, senão o próprio self. Outros podem ajudá-los, mas eles nunca vão poder tirar isso de vocês, a menos que vocês conscientemente decidam acolher e aceitar a mensagem que ela lhes traz.
A dor não é “boa” ou “má”, a dor apenas é. Nosso self humano dá a ela um significado, mas não é nada mais do que um indicador de que não estamos escutando algo que a nossa alma tenta nos dizer há muito tempo. Pedimos sinais, pedimos orientação, queremos saber se estamos indo na direção dos desejos da nossa alma, mas quando o nosso ser interior adverte-nos, fazendo com que sintamos dor, então, não queremos escutar. A nossa alma envia-nos sinais por meio de mensageiros diferentes, nunca cessa de nos avisar. Nossa alma é paciente, mas nem sempre escutamos a sua sabedoria, e os sintomas tornam-se mais fortes, e é então que os chamamos de sofrimento, quando na verdade não é nada senão a total falta de presença e de atenção às próprias necessidades e sentimentos mais profundos.
Entrar em sintonia com a nossa Alma e o nosso Eu Superior vai deixar-nos saber, mesmo se o nosso self humano não estiver disposto a aceitá-lo, que são os cantos do nosso ser que ainda não visitamos e que precisamos iluminar e acolher a fim de aceitar a dor e impedir que ela nos obscureça. Ao nos tornarmos testemunhas dos nossos sentimentos, reconhecemos que existe uma Força Superior internamente, que pode nos curar, se concentrarmos nossa intenção na solução e não na dor em si. Ao negá-la, repelimos o nosso aspecto superior, que sabe melhor, impedindo-o de nos ajudar em nosso caminho a transcender nossa dor e, consequentemente, superá-la com o amor e a compaixão divinos.
Cada escolha nos conduz ao fato de que estamos separando o que a Fonte criou como UM. Cada vez que negamos a nossa verdadeira natureza, como humanos, enfrentamos mais sofrimento, e cada vez que aceitamos o que somos e fazemos o nosso trabalho interno para solucionar e superar o que sentimos, evoluímos para um estado mais elevado de ser, que não teme vivenciar qualquer sentimento, visto que ele sabe como é estar na alegria e na dor. A diferença é sempre ser corajosos e estar cônscios o suficiente para confrontar as próprias sombras interiores ou temer o bastante para acobertá-las com as ilusões.
Com amor e luz,
Natalia Alba
AUTOR: Direitos Autorais: Natalia Alba – http://www.starseedsoul.com/
Tradução de Ivete Brito – adavai@me.com –
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