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quinta-feira, 28 de novembro de 2019

SAIBA POR QUE A IGREJA CONDENA O ESPIRITISMO?

Segundo a Federação Espírita do Brasil, o "espiritismo é o conjunto de princípios e de leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita". 

A revelação é por eles obtida pela invocação dos mortos, cujos espíritos seriam aqueles mencionados na definição. Esta é só a primeira das muitas incompatibilidades existentes entre o espiritismo e o cristianismo.

De forma prática, um espírita não pode ser considerado cristão pois não crê nas verdades básicas do Cristianismo. Basta observar rapidamente os princípios que o regem para perceber a enorme diferença entre ambos.

A Sagrada Escritura, para eles, é um documento histórico que contém aspectos de verdade. Um livro cujo conteúdo moral deve ser seguido. A Palavra de Deus, para os católicos, é uma pessoa. É Jesus Cristo, que se fez carne e habitou entre nós. 

A Bíblia é uma forma de transmitir e receber a presença da pessoa que é Jesus. Ele é a Revelação do Pai. É o centro, o cume e o ápice da revelação divina, pois é o próprio Deus.

Da mesma forma, os católicos creem que Jesus Cristo é Deus Encarnado. A segunda pessoa da Santíssima Trindade. O homem não poderia, por sua própria capacidade, alcançar Deus, ir até Ele. Assim, em sua infinita bondade e misericórdia, Deus se fez homem e habitou entre nós, na pessoa de Jesus Cristo.

A Igreja, para os católicos, é o Corpo de Cristo. Jesus é a cabeça e a Igreja é o seu corpo vivo inserido na história. Para estar em plena sintonia com Cristo é preciso ser membro da Igreja. Assim, o Cristianismo não é apenas uma doutrina, mas um acontecimento, pois o próprio Deus encarnado irrompe na história temporal e se encontra com o homem.

Além disso, Jesus Cristo é o Salvador. A sua morte na Cruz significa a redenção. Nas religiões pagãs é o próprio homem quem se salva; por isso, o espiritismo pode ser encaixado como pagão, ao pregar a reencarnação.

Trata-se de um outro mundo, completamente diferente. O espiritismo é o avesso do cristianismo. Não é possível ser católico e espírita, pois estes últimos não são cristãos, eles não acreditam que Jesus seja Deus, que Ele morreu e ressuscitou, que é o Salvador do mundo, não acreditam na Igreja, nos sacramentos, nos demônios - que para eles seriam apenas almas desencarnadas num estágio inferior -, nem nos anjos - que seriam apenas almas desencarnadas num estágio superior -, nem mesmo na intercessão dos santos, nem num lugar de destaque onde estão os santos e santas de Deus. Enfim, é tudo muito diferente.

Se é assim, por que tantos espíritas se dizem católicos? Por desonestidade dos dirigentes, os quais usam a propaganda de que não há incompatibilidade para 'pescar' católicos ingênuos e mal formados.

Seria muito salutar para ambos os lados se fosse informada a realidade pungente de que existe sim uma profunda e irremediável incompatibilidade entre o espiritismo e o catolicismo, pois são religiões em tudo diferentes e que não é possível pertencer às duas.

Por que a Igreja condena o espiritismo?

AUTOR: PADRE PAULO RICARDO

terça-feira, 26 de novembro de 2019

SAIBA O QUE É O ESPIRITISMO

Talvez você já tenha feito perguntas como estas:

De onde vim ao nascer? Para onde irei depois da morte? O que há depois dela?

Por que uns sofrem mais do que outros? Por que uns têm determinada aptidão e outros não?

Por que alguns nascem ricos e outros pobres? Alguns cegos, aleijados, débeis mentais, enquanto outros nascem inteligentes e saudáveis? Por que Deus permite tamanha desigualdade entre seus filhos?

Por que uns, que são maus, sofrem menos que outros, que são bons?

No entanto, a maioria das pessoas, vivendo a vida atribulada de hoje, não está interessada nos problemas fundamentais da existência. Antes se preocupam com seus negócios, com seus prazeres, com seus problemas particulares. Acham que questões como “a existência de Deus” e “a imortalidade da alma” são da competência de sacerdotes, de ministros religiosos, de filósofos e teólogos. 

Quando tudo vai bem em suas vidas, elas nem se lembram de Deus e, quando se lembram, é apenas para fazer uma oração, ir a um templo, como se tais atitudes fossem simples obrigações das quais todas têm que se desincumbir de uma maneira ou de outra. A religião para elas é mera formalidade social, alguma coisa que as pessoas devem ter, e nada mais; no máximo será um desencargo de consciência, para estar bem com Deus. 

Tanto assim, que muitos nem sequer alimentam firme convicção naquilo que professam, carregando sérias dúvidas a respeito de Deus e da continuidade da vida após a morte.

Quando, porém, tais pessoas são surpreendidas por um grande problema, a perda de um ente querido, uma doença incurável, uma queda financeira desastrosa - fatos que podem acontecer na vida de qualquer pessoa - não encontram em si mesmas a fé necessária, nem a compreensão para enfrentar o problema com coragem e resignação, caindo, invariavelmente, no desespero.

Onde se encontra a solução?

Há uma doutrina que atende a todos estes questionamentos. É o Espiritismo.

O conhecimento espírita abre-nos uma visão ampla e racional da vida, explicando-a de maneira convincente e permitindo-nos iniciar uma transformação íntima, para melhor.

Mas, o que é o Espiritismo?

O Espiritismo é a doutrina revelada pelos Espíritos Superiores, através de médiuns, e organizada (codificada), no século XIX, por um educador francês, conhecido por Allan Kardec.

O Espiritismo é, ao mesmo tempo filosofia, ciência e religião.

Filosofia, porque dá uma interpretação da vida, respondendo questões como “de onde eu vim”, “o que faço no mundo”, “para onde irei depois da morte”. Toda doutrina que dá uma interpretação da vida, uma concepção própria do mundo, é uma filosofia.

Ciência, porque estuda, à luz da razão e dentro de critérios científicos, os fenômenos mediúnicos, isto é, fenômenos provocados pelos espíritos e que não passam de fatos naturais. Todos os fenômenos, mesmo os mais estranhos, têm explicação científica. Não existe o sobrenatural no Espiritismo.

Religião, porque tem por objetivo a transformação moral do homem, revivendo os ensinamentos de Jesus Cristo, na sua verdadeira expressão de simplicidade, pureza e amor. Uma religião simples sem sacerdotes, cerimoniais e nem sacramentos de espécie alguma. Sem rituais, culto a imagens, velas, vestes especiais, nem manifestações exteriores.

E quais são os fundamentos básicos do Espiritismo?

A existência de Deus que é o Criador, causa primária de todas as coisas. A Suprema Inteligência. É eterno, imutável, imaterial, onipotente, soberanamente justo e bom.

A imortalidade da alma ou espírito. O espírito é o princípio inteligente do Universo, criado por Deus, para evoluir e realizar-se individualmente pelos seus próprios esforços. Como espíritos já existíamos antes do nascimento e continuaremos a existir depois da morte do corpo.

A reencarnação. Criado simples e sem nenhum conhecimento, o espírito é quem decide e cria o seu próprio destino. Para isso, ele é dotado de livre-arbítrio, ou seja, capacidade de escolher entre o bem e o mal. Tem a possibilidade de se desenvolver, evoluir, aperfeiçoar-se, de tornar-se cada vez melhor, mais perfeito, como um aluno na escola, passando de uma série para outra, através dos diversos cursos. 

Essa evolução requer aprendizado, e o espírito só pode alcançá-la encarnando no mundo e reencarnando, quantas vezes necessárias, para adquirir mais conhecimento, através das múltiplas experiências de vida. O progresso adquirido pelo espírito não é somente intelectual, mas, sobretudo, o progresso moral.

Não nos lembramos das existências passadas e nisso também se manifesta a sabedoria de Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são nossos filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos que, presentemente, se encontram junto de nós para a reconciliação. 

A reencarnação, desta forma, é a oportunidade de reparação, assim como é, também, oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual. Pelo mecanismo da reencarnação vemos que Deus não castiga. Somos nós os causadores dos próprios sofrimentos, pela lei de “ação e reação”.

A comunicabilidade dos espíritos. Os espíritos são seres humanos desencarnados e continuam sendo como eram quando encarnados: bons ou maus, sérios ou brincalhões, trabalhadores ou preguiçosos, cultos ou medíocres, verdadeiros ou mentirosos. Eles estão por toda parte. Não estão ociosos. Pelo contrário, eles têm as suas ocupações. Através dos denominados médiuns, o espírito pode se comunicar conosco, se puder e se quiser.

A pluralidade dos mundos habitados. Os diferentes mundos, disseminados pelo espaço infinito, constituem as inúmeras moradas aos Espíritos que neles encarnam. As condições desses mundos diferem quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridades dos seus habitantes.

Como o Espiritismo interpreta o Céu e o Inferno?

Não há céu nem inferno. Existem, sim, estados de alma que podem ser descritos como celestiais ou infernais. Não existem também anjos ou demônios, mas apenas espíritos superiores e espíritos inferiores, que também estão a caminho da perfeição - os bons se tornando melhores e os maus se regenerando.

Deus não se esquece de nenhum de seus filhos, deixando a cada um o mérito das suas obras. Somente desta forma podemos entender a Suprema Justiça Divina.

Por que o Espiritismo realça a Caridade?

Porque fora dos preceitos da verdadeira caridade, o espírito não poderá atingir a perfeição para a qual foi destinado. Tendo-a por norma, todos os homens são irmãos e qualquer que seja a forma pela qual adorem o Criador, eles se estendem as mãos, se entendem e se ajudam mutuamente.

Por que fé raciocinada?

A fé sem raciocínio não passa de uma crendice ou mesmo de uma superstição. Antes de aceitarmos alguma coisa como verdade, devemos analisá-la bem. “Fé inabalável é aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade.”- Allan Kardec.

E onde podemos encontrar mais esclarecimentos sobre o Espiritismo?

Começando pela leitura dos livros de Allan Kardec:

O LIVRO DOS ESPÍRITOS.O livro básico da Doutrina Espírita. Contém os princípios do Espiritismo sobre a imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida futura e o porvir da humanidade.

O LIVRO DOS MÉDIUNS. Reúne as explicações sobre todos os gêneros de manifestações mediúnicas, os meios de comunicação e relação com os espíritos, a educação da mediunidade e as dificuldades que eventualmente possam surgir na sua prática.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. É o livro dedicado à explicação das máximas de Jesus, de acordo com o Espiritismo e sua aplicação às diversas situações da vida.

O CÉU E O INFERNO, ou “A Justiça Divina Segundo o Espiritismo”. Oferece o exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual. Coloca ao alcance de todos o conhecimento do mecanismo pelo qual se processa a Justiça Divina.

A GÊNESE. Destacam-se os temas: Existência de Deus, origem do bem e do mal, explicações sobre as leis naturais, a criação e a vida no Universo, a formação da Terra, a formação primária dos seres vivos, o homem corpóreo e a união do princípio espiritual à matéria.

Você poderá ler, ainda, os livros psicografados por Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco, Yvonne Pereira, José Raul Teixeira, etc. e os livros de Léon Denis, Gabriel Delanne e de tantos outros autores, encontrando-se entre eles estudos doutrinários, romances, poesias, histórias e cartoes_mensagens de alento. 

Depois desta simples leitura, você poderá ter dúvidas e perguntas a fazer. Se tiver, é bom sinal. Sinal que você está procurando explicações racionais para a vida. Você as encontrará lendo os livros indicados acima e procurando um Centro Espírita seguramente doutrinário e indiscutivelmente Espírita. 

Você poderá solicitar informações à Federação Espírita do Paraná quanto aos Centros Espíritas de sua localidade, ou consultar a página na internet http://www.feparana.com.br.

AUTOR: FEP ( Federação Espírita do Paraná)

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

SAIBA DAS 5 DIFERENÇAS ENTRE UMBANDA E ESPIRITISMO

1) Umbanda nasce como religião

Em sua anunciação a Umbanda já se afirma – por intermédio da comunicação feita pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas – como uma religião. No espiritismo isso acontece de outra forma.

Allan Kardec quando questionado sobre o espiritismo ser ou não uma religião, explica que como doutrina e filosofia que exprime ideais de fraternidade pode ser considerado uma religião, porém, ele também elucida que se o espiritismo fosse visto como uma religião, ele não mais se diferenciaria das cerimônias, hierarquias, misticismos e outros princípios que as religiões carregam consigo e que não cabem na doutrina espírita.

No livro Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita o decodificador do espiritismo dá o seu parecer sobre a manifestação ser ou não considerada religião.

Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual da palavra, não podia nem deveria enfeitar-se com um título sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis por que simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral.

Portanto, em sua origem o espiritismo não preocupava-se com a criação de uma estrutura religiosa e/ou de crença, mas sim em expandir os conhecimentos sobre a ciência de observação dos fenômenos paranormais que despontavam na época, e definir uma doutrina filosófica que discorria sobre as consequências morais que advinham das relações com os espíritos.

No preâmbulo do livro O que é Espiritismo, Allan Kardec define a doutrina como “a ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal.“

No Brasil o espiritismo chega por volta de 1850/60 e com o virar do século irá reforçar o ideal de que “fora da caridade não há salvação”. Por meio do médium Chico Xavier (1930) a doutrina será expressa e popularizada de forma contundente enquanto prática religiosa que prega ideais de amor, fraternidade e ajuda ao próximo.

Pai Alexandre Cumino aborda essa questão no estudo Teologia de Umbanda – Jornada e disserta dizendo que hoje, o espiritismo ainda continua afirmando que não é uma religião, mas quando perguntado para alguém que o segue qual é a sua crença, é muito comum termos a seguinte resposta: “eu sou espírita.”

Mais uma vez eu repito, onde o homem coloca a sua fé está sua religião. Isso fica claro no momento em que você deposita sua fé em um método, em comunidade e isso ainda possui uma doutrina e um conjunto de conhecimentos, ali está a sua religião. Então, o espiritismo se autoproclama ciência dos espíritos por conta da postura de Kardec, por Kardec ser um positivista, que não quer e não aceita religião. Mas hoje em dia, se nós perguntarmos – sociologicamente falando – o que é o espiritismo? podemos responder que dentro da estrutura de sociedade o espiritismo é religião.

Pai Alexandre Cumino, em Teologia de Umbanda – Jornada

2) Culto aos Orixás e a comunicação com espíritos

Na Umbanda presta-se culto ao panteão de Orixás (divindades de origem africana) consideradas irradiações e características de Deus, que regem sobre nós sua força e Axé.

Já na vivência espírita não cabe o culto à essas manifestações e nem – principalmente no espiritismo ortodoxo – a abertura a comunicação com espíritos considerados “inferiores”.

Na reunião espírita é comum o diálogo com espíritos ditos evoluídos e que em suas passagens na terra destacaram-se por desenvolver trabalhos considerados importantes para a sociedade, como médicos, advogados, políticos e etc.

Portanto, na sessão espírita não realiza-se (ou pelo menos não é o comum) trabalho com as linhas de Caboclo, Preto-Velho e demais manifestações espirituais presentes no ambiente de Umbanda. Os espíritos manifestados nos centros espírita, quando revelam seus nomes falam sobre suas existências nesse plano ou a qual “colônia” pertencem, diferente da Umbanda em que os nomes das entidades revelam sua atuação, falange, grau… sua hierarquia.

3) Altar com imagens católicas

O congá (altar na Umbanda) repleto de manifestações católicas faz parte do processo de sincretismo que a religião incorpora e permanece até hoje. A presença dos santos católicos dentro dos terreiros se dá não só pelo fato da Umbanda agregar imagens dessa vertente em sua fé, mas também pela história de discriminação e repressão que os cultos afro sofreram no país.

Na época em que os Orixás eram considerados desencadeadores de magia negra pelos segmentos mais abastados da sociedade a solução encontrada foi viver a fé sincronizando essas divindades aos mártires católicos aceitos pelo corpo social. Essa prática irá se estender – posteriormente – as tradições umbandistas.

Já na doutrina espírita não ocorre o sincretismo desta forma, sendo assim, não há a presença de imagens de origem católica, nem africana e nem de nenhum outro segmento. Os itens mais comuns à sessão espírita é uma mesa coberta por uma toalha branca, o livro “Evangelho Segundo o Espiritismo” e um copo com água ao centro.

Isso não quer dizer que o espiritismo não tenha sido influenciado por outras crenças, o próprio Evangelho Segundo o Espiritismo, propõe a ressignificação de um texto já existente. Podemos dizer que Kardec sincretizou a bíblia com a sua filosofia científica sobre a existência dos espíritos.
4) Uso de elementos e sinais magísticos

O espiritismo recusa veemente o uso de qualquer tipo de magia e não aceita o efeito delas sobre nosso corpo físico e espiritual.

Na obra O livro dos Espíritos (primeiro exemplar da doutrina espírita) encontramos a seguinte passagem “Não há palavra sacramental nenhuma, nenhum sinal cabalístico, nem talismã que tenha qualquer ação sobre os Espíritos“.

Kardec continua afirmando seu posicionamento quanto a relação com as práticas magísticas na obra ‘O que é o espiritismo’ “O Espiritismo, longe de ressuscitar a feitiçaria, a destruiu para sempre, despojando-a do seu pretenso poder sobrenatural, de suas fórmulas, de seus livros de magia, amuletos e talismãs, reduzindo os fenômenos possíveis ao seu justo valor, sem sair das leis naturais”.

Ele continua explicando que os espíritos não podem vir à contragosto e que os que “se prestam” a manipular e trabalhar com magia são considerados inferiores e que talvez já tenham feito “essas espécies de coisas” em suas vidas anteriores.

Bom, essas afirmações não competem a prática religiosa de Umbanda, já que nela é reconhecido e legitimado o uso e os efeitos de magias como parte da sua ritualística e relacionamento com as divindades e guias, e também como eventual proteção contra magias negativas.

Ou seja, a Umbanda entende que exista a ação da magia sobre a vida dos indivíduos em todas as suas formas, que são praticadas tanto para o bem, como para o mal e que o papel da religião é estabelecer uma consciência pautada no bom senso para esses usos e desenvolver a prática desses meios sempre em seu aspecto benéfico, ressaltando que os guias que se manifestam no ambiente da Umbanda, não se prestam a nenhuma prática negativa, nem de amarração e nem de pedido fútil.
5) Estrutura religiosa, ritualística e simbólica

Ainda que as vertentes de Umbanda possam se distinguir em alguns aspectos e conceitos, onde algumas terão mais características da doutrina espírita do que outras, na Umbanda encontramos fundamentos, liturgias, ritos, organização de hierarquias, concepções e sistema de crença próprios, que não exprimem e não podem ser igualadas com o espiritismo.

Podemos citar as roupas, a função que cada pessoa possui no terreiro, o uso de atabaques, a gênese, os tipos de mediunidade, os rituais, os cultos, as oferendas, a organização física do terreiro, os passes dentre outras inúmeras fundamentações presentes – e como dito próprias – da religião de Umbanda que não originaram da prática espírita.

Como semelhanças dispomos da mediunidade, da comunicação com espíritos e do grande potencial de estudo e compreensão espiritual que a filosofia espírita possibilitou e sobre essas semelhanças nos aprofundaremos em um próximo texto.

O que vale é entender que Umbanda NÃO é espiritismo. Umbanda tem fundamento e doutrina própria.

E é sobre esses fundamentos, ritos, diferenciações, crenças, tradição, cultura e posição em relação à outras crenças que o conjunto de estudos contemplados em Teologia de Umbanda – Jornada se destina a tratar.

AUTOR: UMBANDA EAD

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

SAIBA QUAIS OS VEÍCULOS DE MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO

Quais são os meios que Espírito consegue manifestar-se? Quais são os corpos que o Espírito pode utilizar para comunicar-se e exprimir sua Inteligência?

Os nossos irmãos do esoterismo, comentam que o Espírito possui 7 corpos e que cada um desses corpos principais, há outros 7 corpos habitando faixas vibratórias distintas entre si. No Espiritismo não explícita isso, mas acredito que isso seja possível, embora, particularmente, não conheça nenhuma literatura espírita séria que comenta sobre a existência dos 7 corpos e das divisões destes por faixa vibratória.

No entanto, temos alguns relatos interessantes na literatura espírita, como por exemplo, na obra "Nosso Lar" que o André Luiz ao trabalhar incansavelmente para auxiliar os companheiros nas câmaras de retificação, ao ser solicitado pela irmã Narcisa que ele repousasse um pouco para recompor as energias dedicadas ao trabalho nobre.

Quando, André Luiz, ao repousar, ele por ser desencarnado, o seu Espírito estava ocupando um corpo mais sutil que o nosso da matéria física, que é chamado de Perispírito, e podemos perceber que na narrativa do autor, o mesmo relata que fez o desdobramento de seu próprio Perispírito e que foi encontrar com sua mãe em um plano superior, dessa maneira, podemos compreender a existência de outro corpo de manifestação do Espírito, em um modelo mais sutil que o próprio Perispírito.

"Daí a instantes, sensações de leveza invadiram-me a alma toda e tive a impressão de ser arrebatado em pequenino barco, rumando a regiões desconhecidas. Para onde me dirigia? Impossível responder. A meu lado, um homem silencioso sustinha o leme...O sonho não era propriamente qual se verifica na Terra. Eu sabia, perfeitamente, que deixara o veículo inferior no apartamento das Câmaras de Retificação, em "Nosso Lar", e tinha absoluta consciência daquela movimentação em plano diverso" Nosso Lar - Cap. 36 - O Sonho

Há muitas passagens interessantes sobre o tema, mas agora, gostaríamos de comentar superficialmente sobre alguns dos veículos de manifestação que o nosso Espírito pode usufruir, lembrando que podem, em cada veículo, ocorrer a possibilidade de haver corpos mais sutis e que ainda não foi nos revelado.

Corpo Físico - O corpo físico é o veículo de manifestação mais grosseiro que conhecemos, e é utilizado pelo Espírito quando encarnado.

Corpo Espiritual ou Perispírito - O Perispírito é o veículo de manifestação do Espírito quando desencarnarmos, e é mais sutil do que o corpo físico.

Corpo Mental ou Mente - O corpo mental é veículo mais sutil que o Perispírito e o corpo físico, pois é através desse veículo que o Espírito se comunica com a matéria sutil e a matéria grosseira, no entanto, a mente até onde sabemos não é feito de matéria e não possui forma alguma específica.

Corpo Consciencial ou Espírito - É a nossa verdadeira residência, o Espírito somos nós na sua mais pura expressão, onde abrigamos a Inteligência, a Razão e o Conhecimento.

Além desses veículos de manifestação possuímos outros que nos foi revelado pelos Espíritos em obras consagradas, que fazem parte da manifestação do Espírito.

Duplo Etérico - É um "corpo" ou campo de energia etérea que está na camada entre o Perispírito e o corpo físico, é o elo que serve na troca de energias entre ambos os corpos.
Cordão de Prata ou Filamentos Fluídicos - É um laço composto por energia fluídica que está ligando o Perispírito ao Corpo Físico, enquanto este laço existir o Espírito está encarnado, quando desfeito o Espírito encontra-se desencarnado. Além disso, esse laço é responsável por manter comunicação do Perispírito com o corpo físico do encarnado.

Apenas, resumimos o conteúdo, pois o mesmo merecia de nós, maior acuidade e minucias na abordagens, no entanto, para um primeiro contato com esse tema decidimos resumir o tema.

AUTOR: Blog Espiritismo na Prática

sábado, 2 de novembro de 2019

OS ESPÍRITOS SUICIDAS

Por: Jéssica Araújo

A reencarnação é uma oportunidade nos dada por misericórdia objetivamente para nossa evolução espiritual e moral. Antes de reencarnar escolhemos quais nossos propósitos, onde iremos nascer, com quem iremos conviver, as dificuldades e obstáculos a passar, antecipadamente no plano espiritual já sabemos pelas provas que irão ser vividas. Entre o momento do nosso nascimento até a hora do desencarne é que cumprimos nosso compromisso maior, que é viver, e o único quem pode apagar essa grandiosa luz chamada vida é Deus.

Vivemos em um mundo materialista, movida a dinheiro, apegos, egoísmo, onde a maldade infelizmente ainda tem maior influência sobre esse plano. A pressão esmagadora do dia-a-dia , a rotina sem perspectiva de mudanças, torna cada vez mais pessoas psicologicamente doentes, acarretando em depressões, vícios em drogas lícita e ilícitas, síndrome do pânico , entre outros, e a perspectiva de vida dessas pessoas em sua visão é baixa, e que se isolam ,perdendo a autoestima, a autoconfiança, e o amor próprio , os problemas as devoram , e frustração, a cobrança, a culpa vão as consumindo. 

Em momentos assim as vibrações , os pensamentos atordoados e perturbadores já estão em um alto grau de desiquilíbrio emocional, e é aonde os obsessores se aproximam e as influencias negativas imperam nessa situação criando uma ligação densa, sendo ela obsidiadas pelas próprias vibrações e pensamentos, de raiva, de culpa, e no estágio mais delicado ocorrendo o suicídio. A pessoa que se suicida encontra-se num estado de loucura , raiva, tristeza profunda, medo, e toma essa atitude com o objetivo maior de cessar seus problemas, suas angústias, mas o que realmente acontece é que se frustra, pois a morte eterna é um véu diante de seus olhos, pois a verdadeira vida e realidade se faz presente no outro lado, no plano espiritual.

No Livro dos Espíritos se faz um questionamento sobre a loucura nesse momento tão delicado: Questão 376-O que faz com que a loucura as vezes leve ao suicídio?

- O Espírito sofre pelo constrangimento que experimenta e pela impotência de manifestar-se livremente; por isso busca, na morte, um meio de romper seus laços.

Se Deus, nos proporciona o mais valioso gesto de amor através do reencarne que é a vida, e nossa evolução é realizada nessa jornada, o que ocorre com os espíritos suicidas?

Ao desencarnar de forma tão violenta e perturbadora, o sentimento de remorso e de culpa enaltece, pois a frustração de estar vivo continua, mais vivo que antes, e é aonde acontece as perturbações, o desespero, com a atitude brusca o apego a sentimentos e vibrações tão densas continua-se ligado a matéria, do corpo com seu períspirito que não se desligou ainda totalmente; pois o tempo a ser cumprido se foi roubado e desperdiçado. 

No Livro dos Espíritos- Livro II, Capítulo VI fica bem claro esse assunto: ‘’A experiencia nos ensina que, no momento da morte, o perispírito se desprende maios ou menos lentamente do corpo. Durante os primeiros instantes, o Espírito não entende sua situação; não acredita estar morto, sente-se vivo. Vê seu corpo de um lado, sabe que é o seu, e não compreende que possa estar separado dele. Esse estado dura enquanto existir um elo entre o corpo e o perispírito.’’ E a separação acontece conforme o grau de evolução, pessoas que tem o conhecimento de que a vida não acaba mantém sua fé, ocorrendo uma passagem serena, sem dores maiores; já nesses casos de descontrole emocional, falta de conhecimentos e fé a passagem será perturbadora, insana ,podendo durar muitos meses e até anos pois o apego ao material, ao tangível é muito maior.

As impressões e sensações sobre o corpo carnal são sentidas e revividas por esse espírito, e experimentam a horrorosa sensação de decomposição de todo o processo do corpo, vagam pelos seus túmulos, em desespero se movem até familiares e amigos com intuito de se comunicarem, mas se veem ignorados, pois não estão mais nesse plano, não acreditam que morreram, sentem as dores, sentem fome, sede, frio, cansaço, e se comunicam, mas com espíritos já desencarnados e da mesma frequência vibracional, perturbados. 

Existem milhares de espíritos afins que vibram nessa mesma frequência, são falanges e grupos juntos, locais onde a energia é densa, lugares materializados sem luz, fedidos , lugares onde os mesmo são manipulados, torturados e escravizados por espíritos trevosos, onde sua consciência os cobra e os culpa, se encontram em grande perturbação que não existe calma, seriedade, as influencias que sofrem são consumidoras de suas energias, cegando os cada vez mais, dificultando a sua consciência, o seu real estado, podendo ficar aprisionando ali a muito tempo. Essa sensação perdura até que o desprendimento do períspirito seja completo, apenas então o espírito tomará consciência que já não faz mais parte do mundo material.

O suicídio não pode ser encarado com uma válvula de escape ou uma saída para o fim dos problemas, ou ter a esperança que com esse ato irá se chegar mais rápido no paraíso.

‘’ O que pensar daquele que tira sua própria vida na esperança de chegar mais cedo a uma vida melhor?

-Outra loucura! Que ele faça o bem, e estará mais seguro de que alcançará; pois o suicídio retarda sua entrada num mundo melhor, e ele mesmo pedirá para vir completar essa vida que interrompeu por uma falsa ideia. Um erro, qualquer que seja, nunca abre o santuário dos eleitos.’’ (Livro dos Espíritos, Questão 950). Fica muito claro que esse ato é totalmente regressivo para a evolução, e que se pedirá para voltar nesse plano de provas e expiações para completar a vida que foi interrompida, faça o bem para se ter mérito em seu dia -a dia.

Aos encarnados que não controlam suas paixões ,promiscuidades, vícios e abusos ,deteriorando seus corpos lentamente, diminuindo sua base moral , essas atitudes são uma forma de suicido indireto , pois se tem a consciência de que está se prejudicando, são atitudes egoístas e mesquinhas pois a missão é de cuidar do corpo da melhor forma que Deus nos proporcionou, afim de se realizar a nossa missão. 

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, fica muito clara essa mensagem, Capítulo V- Provas voluntárias. O verdadeiro cilicio [...] Quanto a vós, particularmente, contentai-vos com as provas que Deus vos envia, e não aumenteis a carga por vezes já tão pesadas; aceitai-as sem lamentações e com fé, é tudo que Ele vos pede. Não enfraqueçais vosso corpo com privações inúteis e macerações sem objetivo, pois tendes necessidade de todas a vossas forças para cumprir a missão de trabalho na Terra. Torturar voluntariamente e martirizar vosso corpo é contravenção a lei de Deus, que vos dá ao meio de sustentá-lo e de fortificá-lo. Enfraquecê-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio. Usar, mas não abusar: tal é a lei. O abuso das melhores coisas traz a punição nas suas inevitáveis consequências!

Em sua misericórdia e amor supremo Deus não desampara ninguém, existem caravanas, grupos de espíritos evoluídos que trabalham em prol do bem maior, tentam contato, auxiliar esses espíritos perturbados nesse plano de difícil acesso, são feitos o evangelho, tentam resgatar esse irmãos em estados tão deploráveis; no entanto a perturbação, a vibração e a influência de centenas de sofredores juntos, de espíritos trevosos dificultam que os mesmo os enxerguem ou os ouçam, a culpa e o remorso se fazem presente, e nesses sentimentos não se sentem merecedores de atos puros de amor, bloqueando a ajuda, mas não os fazendo desistir de nenhum deles pois esses espíritos de luz sabem que a tarefa é árdua, mas o amor é supremo e todos tem salvação!

Aos que estão nesse plano e que se encontram em desespero e dificuldade, que tem esses pensamentos, se mantenham calmos, tenham fé, se aceitem, se amem do jeito que são pois nesse mundo ninguém é completamente feliz e nem perfeito, não se iluda com o material pois a nossa verdadeira morada é espiritual, a nossa maior missão é nos cuidarmos, ter resignação e paciência diante dos obstáculos, tudo passa, tenha ciência de que em maior gesto de amor nosso Pai, nos concebeu a vida, e tudo o que passamos tem um motivo e aprendizagem, somos eternos e o que muda são nossas moradas em diferentes planos conforme nossa evolução, o que levamos para sempre é a nossa consciência pois é ela quem irá nos julgar, nos acompanhar em todas as existências, há séculos e milênios. 

Não seja ocioso, trabalhe, ajude, e verás quantos necessitados não estão à espera de alguém ou uma ajuda, se ocupe no bem, e verás como a vida valerá a pena, preencha o vazio com fé, e conhecerás o caminho certo junto a Deus.

Nós encarnados devemos auxiliar sempre, sejam encarnados ou desencarnados, e para os que já fizeram sua passagem e se encontram em lugares tão penosos cabe a nós realizar preces e orações, pois para eles é um bálsamo de alivio, de esperança, e de luz, mesmo que seja por pouco tempo mas sentirão de uma forma grandiosa em seu espírito que não estão esquecidos, e que a vida continua.

AUTOR: LETRA ESPÍRITA

ORAÇÃO DA CURA

Pai celestial, que habitais o meu interior, impregna com a Tua Luz vital cada célula de meu corpo, expulsando todos os males, pois estes não fazem parte de meu ser.

Na minha verdadeira realidade, como filho de Deus perfeito que sou, não existe doença; por isso que se afaste de mim todo o mal, todos os bacilos, micróbios, vírus, bactérias e vermes nocivos, para que a perfeição se expresse no meu corpo, que é templo de Divindade.

Pai teu Divino filho Jesus disse: pedi e recebereis, porque todo aquele que pede recebe, portanto, tenho absoluta certeza de que a minha oração da cura já é a própria cura. Para mim agora, só existe esta verdade: a cura total. Mesmo que a imagem do mal permaneça por algum tempo no meu corpo, só existe em mim agora a imagem mental da cura e a verdade da minha saúde perfeita.

Todas as energias curadoras existentes em mim estão atuando intensamente, como um exército poderoso e irresistível, visando os inimigos, fortalecendo as posições enfraquecidas, reconstruindo as partes demolidas, regenerando todo o meu corpo. Sei que é o poder de Deus agindo em mim e realizando o milagre maravilhoso da cura perfeita.

Esta é a minha verdade mental. Esta portanto é a verdade do meu corpo.

Agradeço-te, óh! pai, porque Tu ouvistes a minha oração.

Dou-te graças, com toda alegria e com todas as forças interiores porque tua vontade de perfeição e saúde aconteceram em mim, em resposta ao meu pedido.
Assim é e assim será.

Dr. Manoel Dantas
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