O
 homem acha que ele já não tem mais o que pesquisar no espaço que o cerca: ele determinou as distâncias, mediu as
 temperaturas, analisou a composição das substâncias e, no entanto, os seus instrumentos, onde quer que seja, só encontraram o
 vazio, o frio e a escuridão...
 
Para estudarmos o mal, sem o qual nós não podemos aprender a fazer bem, pois não se pode defender-se de um perigo
 que não se conhece. Justamente é a ignorância que desarma o ser e o leva a derrota. É a ansiedade que destrona o rei, mata o
 guerreiro, limita o conhecimento, semeia discórdias e desordens por todos os cantos. A ignorância nos faz caminhar contra as
 forças que governam o Universo.
 O poder superior e a perfeição criam seres imperfeitos e os obrigam a elevarem-se até o protoplasma de um arcanjo,
 através de milhões de mortes, a padecer em função de seus instintos, cujo germe foi concebido junto com eles, e a torturar-se
 com todos os sofrimentos possíveis da alma e do corpo, até que se atinja a almejada Luz. Mas seria esse o único caminho? Um
 caminho de dor, torturas e morte? 
Qual o ser humano que realmente aspira evoluir através dessa agonia infinita? À perfeição,
 como à bem-aventurança suprema? Vaga promessa de uma felicidade duvidosa! Como se fosse tão desejável alcançar a
 harmonia, que representa, sob a máscara de imparcialidade e amor à humanidade, nada mais além do que uma profunda
 indiferença e egoísmo empedernido.
 Nós nos insurgimos contra essas leis implacáveis que prometem alegrias remotas e desconhecidas, enquanto
 sentenciam, de antemão, as infelizes criaturas aos sofrimentos inumanos - elos inquebrantáveis de uma corrente infinita,
 geradas imperfeitas e escravas do trabalho sem fim, que a ignorância empurra autocraticamente. E com que direito? Sempre se
 sustentando naquela terrível lei da escravidão do fraco pelo mais forte. 
O fraco ignorante é sempre esmagado pela roda daquele
 que sabe governar as leis. A humanidade extenuada chora cônscia de sua ignorância, treme e consome-se: na terra - do medo da
 morte, sempre a ameaçar como a espada de Dâmocles (“Dionísio, o poderoso Rei de Siracusa, a mais rica cidade da Sicilia (432-
 367 a .C), vivia num luxuoso palácio rodeado por guardas e empregados prontos à atender a todas as suas ordens e satisfazer todos
 os seus desejos. Ele comandava o império com poderes absolutos. Sua palavra era lei – uma ordem a ser cumprida sem
 questionamento. Acontece que, um de seus melhores amigos, Dâmocles, vivia afirmando que ele, como tinha o destino do povo em
 suas mãos,era o homem mais feliz da terra.Cansado de tanto ouvir a mesma conversa, desafiou o seu súdito à vivenciar,por um único
 dia,todas as regalias de um reinado invejável. Aceita a proposta, Dâmocles, colocou as vestes reais,recebeu o cetro e a coroa de ouro
 e foi apresentado à todos como o novo monarca.Para consolidar a sua autoridade o novo rei ordenou a preparação de um grande
 banquete, com a presença dos mais ilustres convidados. Assim foi feito.
Durante a belíssima festa Dâmocles foi saborear o vinho da
 mais antiga safra existente na adega,levou o copo aos lábios,inclinou a cabeça para trás e, como se tivesse visto um fantasma,
 empalideceu. Ele viu uma brilhante e pontiaguda espada direcionada para a sua testa, segura apenas por um fio de crina de
 cavalo.Ninguém poderia vê-la,somente quem estivesse sentado no trono real. Enquanto ele tremia de medo,o verdadeiro rei
 gargalhava a sua frente.Como sobre um mesmo fato as pessoas podem ter percepções completamente diferentes entendemos que, em
 vários aspectos, a humanidade caminha sob a “espada de Dâmocles”.), e no espaço - sob o flagelo da expiação. 
 
O chão das igrejas e religiões está surrado pelas marcas de joelhos de homens aterrorizados que clamam por um falso
 Deus misterioso, suplicando-lhe clemência e misericórdia, e, no entanto, o falso deus em tom mais zombeteiro que o nosso - que
 vocês chamam de "satânico" -, responde: - Vivam segundo a Minha inabalável lei, ou seja, a lei que homens mesquinhos tentam
 impor aos vulgos. E esta lei proíbe que vocês se utilizem dos instintos inseridos em suas almas, sendo que a manifestação livre
 desses instintos chega a ser criminosa por chocar os preconceitos meramente mundanos.
 Disciplinem os sentidos de acordo com a massa de conformismo a vocês concedidos pelas igrejas, e viva sua vida só com
 o que for imprescindível para o movimento universal, que os impele para trás para transformarem-se na farinha celestial da qual
 se panifica a matéria primeva. Por que tanto espanto com minhas palavras? Dê uma olhada ao redor e a justeza de minhas palavras ficará patente.
 Quem conhece o deus da igreja? 
Quem sabe o que ele é? Normalmente o explicam assim: “É Pai todo-misericordioso,
 infinitamente bondoso, refúgio de todos os sofredores, protetor dos fracos e deserdados, sempre preocupado com a felicidade de
 suas criaturas”. É na teoria histórica. Pois na prática basta respirar para sofrer; e todo bom sentimento é punido cruelmente
 naquilo em que ele se manifesta. Por exemplo, o amor à primeira vista, é o sentimento mais puro do coração humano, mas o que
 ele proporciona além dos sofrimentos? Uma morte cega e cruel subtrai os seres mais queridos; a doença acorrenta as pessoas ao
 leito da dor; um destino caprichoso lança na miséria as pessoas mais nobres; a fatalidade persegue os mais puros, causando-lhes
 sofrimentos que somente podem ser suportados pelo infeliz coração humano. E para que tudo isso? Para depurá-los; para testar
 a sua fé na misericórdia de Deus... O que já não foi inventado para testar a fé das criaturas!? 
Que cruel escárnio! Junto do
 banquete para ser servido aos eleitos, acomodam-se os deserdados e famintos, permitindo-se que eles admirem, de estômago
 vazio, como se refestelam os comensais. Mas... ai deles se lhes passar na cabeça a vontade de estender a mão em direção a algum
 naco de pão. Sobre eles desabará o fogo celestial; uma voz irá vociferar: “Não ouse tocar naquilo que pertence ao seu próximo”!
 Você é privado do essencial para a sua própria purificação. Você deverá morrer de fome para que a sua fé seja testada. 
A
 recompensa aguarda-o no paraíso! Vaga promessa de uma felicidade incompreensível.
Com a morte decretada inutilmente
 devido a toda espécie de provações, um pobre faminto, que furtara um pedaço de pão e fora posto atrás das grades, quebra a
 cabeça para conseguir entender: por que, gerado com um estômago que exige alimento, é crime contra a Divindade haver pegado
 o que ninguém lhe dá para a satisfação da primeira necessidade? Por que só os outros têm direito de almoçar e jantar, enquanto
 ele não tem direito nem ao menos a uma casca amanhecida?
 "Não filosofe e se submeta com fé e humildade à sapiência divina, que só lhe deseja o bem" - dizem-lhe. É claro que
 essas palavras são muito reconfortadoras, mas continuam sem explicar nada da mesma forma. 
De igual maneira são misteriosas
 e incompreensíveis às causas de sofrimento dos seres inferiores, pouco desenvolvidos, é claro, não obstante capazes de sentir e
 entender o sofrimento. Existe alguma sentença de morte que um ser humano, para a satisfação de sua gula, sua preguiça e de
 sua falsa, mas famigerada sede de saber, não utilize contra esses indefesos seres que não são protegidos nem por céu nem por
 inferno?
 Muitos se esforçam para se vingarem pelas injustiças sofridas, e a Magia não tem melhores aliados como os espíritos
 que ela invoca e atiça contra os homens mesquinhos. Em função dessa luta, motivada por ódios mortais, nós finalmente
 triunfamos sobre as forças escravizadoras que nos condenavam ao trabalho escravo e ao sofrimento, atirando-nos, feito uma
 esmola, nesgas de conhecimento. Não, nós queremos saber tudo, só queremos penetrar no saber da criação e ter a chave do
 mistério. Se você prega somente à revolta, sofrerá, mas se você quer ser sempre o bonzinho hipócrita, fingir que é o bom
 samaritano, os céus não lhe atenderão no sofrimento e os demônios devorarão suas entranhas quando lhes pedir ajuda. Esse
 será o destino dos mornos. 
 A existência da contradição é aparente, pois, conforme eu disse antes, nos corações dos aspirantes a nossa Iniciação há
 tanto bem quanto mal. Essa insegurança, sempre renascente, essa luta entre os dois instintos é justamente o sofrimento que nos
 legaram com o fito de aprendermos. E por que nós não podemos oferecer proteção aos profanos e prevenir as catástrofes da
 vida? 
Quem sofre, entende dos sofrimentos dos outros, principalmente se conhecemos e amamos esses outros. Não importa que
 eles vão nos enfastiar com as suas gratidões; mas você achará totalmente natural que nós ofereçamos a proteção,
 essencialmente, para aqueles cujos desejos são mais passionais, para aqueles que são mais audaciosos; pois o nosso exército
 necessita daqueles cujas vidas foram esmagadas e asfixiadas em suas garras, e que tenham sido suficientemente martirizados e
 desprezados sem razão, para ficarem com aversão a seus ímpetos magnânimos e a sua aspiração ao céu. Aquilo que vocês
 chamam de "virtude", "humildade cristã" etc..., ou seja, tudo aquilo que, entoando "aleluia", é suportado sem rancor frente às
 injustiças e perseguições, nós chamamos de pusilanimidade, que não é respeitada nem na Terra nem no Astral...
 Para provar este axioma é possível trazer uma série de exemplos. Os pais que se sacrificam para educar os filhos
 enchendo-os de mimos, ao educá-los morrem, mutilam-se ou perecem moralmente, enquanto os filhos que são ensinados a viver
 as aventuras do mundo - florescem, crescem e trazem-lhes alegrias e reconhecimento.
 Da mesma forma, uma mulher hipócrita repleta de falsas morais, sobrevive à sombra e na solidão; enquanto uma
 sacerdotisa de nossa Tradição – inteligente e intuitiva é reverenciada, brilha na primeira fila.
 O forte sempre triunfa; ele é invulnerável em sua satisfação mesmo que um tanto egoística. 
E sempre os fracos são
 responsabilizados por ele.
 Essa hipocrisia social absurda faz com que quando os pais são devassos, quem sofra o castigo sejam os filhos, nascidos
 de um amor ilegal para a sociedade; sobre esses desaba toda a fúria da falsa virtude moralista afrontada. Os pobres filhos,
 testemunhas inconvenientes da vergonha, que ousam ainda reivindicar certos direitos, são rejeitados, asfixiados, afogados ou
 entregues para a "engorda" nas mãos cruéis do destino, onde, na pressa de se ver livre de sua dor, estas pequenas e indefesas
 vítimas são condenadas para servirem a duas mortes sequenciais: a do espírito e a do corpo. Ambas as passagens são duras e
 inúteis nestas condições. Os pais e as mães dos sacrificados permanecem, no entanto, incólumes; continuam a frequentar a
 sociedade e são os que mais alto falam em defesa da moral, enquanto esta, indulgente, fecha os olhos para as suas fraquezas. 
 O assassinato, dizem, é um dos crimes mais odientos. Por que é que então o massacre de milhares de inocentes
 permanece impune? Terra, dizem também, foi dada a homens para nela se encarnarem, suportarem provações preestabelecidas e
 se aperfeiçoarem. 
Mas por que, então, tantos seres são descartados para o mundo invisível onde eles não têm condições de
 cumprir com esses propósitos, doridos, repletos de fluidos vitais, inúteis para eles? E, no entanto, asseveram-nos que nada
 ocorre por acaso e que em cada átomo existe o elo imprescindível ao grandioso "tudo". Mas, pelo visto, essa estranha anomalia
 não diz respeito a ninguém, e ninguém se apressa em corrigi-la. Isso - asseguram-nos os nossos adversários - são as provações
 para pais e filhos. Não é nossa tarefa desmenti-los, pois justamente essas provações, mais as encarnações mal sucedidas, têm
 preenchido as nossas fileiras com os mais rancorosos. E isto é compreensível! Abandonados pelo céu, eles procuram ajuda em
 nosso meio, enquanto o defensor legal dos destituídos está em algum lugar ao longe... Ele está sempre ausente na hora da
 necessidade de evitar alguma injustiça ou proteger um inocente... É por isso que os homens não o temem. 
Eles sabem
 perfeitamente que podem pecar sem punição e zombam dos tolos que sacrificam as delícias do presente em troca de uma vaga
 esperança do futuro incerto. O pobre de espírito, de saúde, de amor, de prosperidade, derrama lágrimas amargas no túmulo
 antecipado de seu filho - enquanto isso, o rico de espírito, de saber, de saúde, de amor é verdadeiramente imortal, cheio de
 contentamento, sem nada a temer - nem à morte - e ávido da coroa dos magos - está separado do escárnio e da dor moral por um
 abismo.
 Se você pretende vir até nós estudar a essência do bem e do mal, ótimo. Se você chega até nós com vistas de nos vencer
 com as nossas próprias armas. Tanto faz! Nós resistimos, inclusive, a ataques de adversários bem mais fortes que você. Agora eu
 lhe responderei, sem vacilar, por que nós lutamos contra as forças muito mais poderosas que as nossas e vencemos. É porque
 nós não estamos como você no limite do desespero. Nós podemos contar com o poderoso Senhor Portador da Luz. 
Ele não terá
 misericórdia de nossos inimigos, semelhante a uma máquina infernal que o arrastará para uma turba enlouquecida.
 Se o seu coração e inteligência sempre esbarram no incompreensível, é porque você é parte integrante do desespero o
 gênero humano. Daqueles que ao invés de respostas, só encontram silêncio e mistérios insondáveis que envolvem o passado e o
 futuro de toda a criação. E assim vai girando no infinito, os mundos e os seres, sem conhecerem o caminho a seguir.
 Só uma coisa é clara: se você é um falso moralista, hipócrita, se você é um corrupto, você é governado por duas forças
 terríveis. Uma delas o empurra para frente e a outra - o detém e impedindo o seu retorno à sede. Ao encontro dessas forças, você
 se debaterá inutilmente e no final engrossará o exército de demônios que nos assistem e nos servem. 
 
No intermédio entre a ordem e o caos nós vemos o objetivo final da dança da vida e ficamos de posse da chave do
 enigma, antes de atravessarmos a ígnea barreira límpida que nos oculta os grandes mistérios da existência. Talvez esse santuário
 seja inacessível para todos, mas nossos esforços serão coroados para edição de uma nova lei, quando então ficaremos cercados
 por um exército de átomos claros, um exército de sabedoria, por virtudes de poder e beleza de perfeição ilimitada, e nos
 tornamos senhores daqueles muros fulgurantes que nos separam para sempre do mundo com o qual estamos ligados com todas
 as fibras do coração.
 Os lábios dos arcanjos estão cerrados pelo grandioso selo dos mistérios; o silêncio é o seu poder. Mas quem poderá nos
 provar que esses seres límpidos não estejam arrependidos por terem vencido todas as suas fraquezas, que emocionam o coração
 imperfeito de humanos? Não seria essa a lenda do Arcanjo Caído? A alma aparentemente límpida é estúpida e vazia, pois está,
 perdendo o hábito de chorar, amar, sentir as alegrias e penalizar-se por aqueles que sofrem. 
Com um olhar apático, ela observa
 as duras provações daquele que outrora amou. Egoísta ela não tem outro interesse além da qualidade da luz ou da falsa bem-
 aventurança da paz infinita. Mas, se por um lado nos é difícil descortinar os mistérios que nos cercam, podemos tentar impedir o movimento
 descendente dos espíritos. Quem é que está em condições de garantir que nós não seremos o fiel da balança na hora da transição
 dos Aeons? 
Que tipo de tempestade será desencadeada? Que tipo de mudanças ocorrerão por conta da alteração do equilíbrio?
 Quem, no fim das contas, irá governar o Universo?! Você quer fugir? E para onde? Aonde você vai se esconder das verdades
 amargas que eu disse? Em vez de correr do mal é melhor aprender a governá-lo, não no intuito de vencê-lo, mas para fazê-lo seu
 aliado e impedir que a odiosa e cruel força o impila para trás. Se você fraquejar e a sua alma tola for buscar a luz nas convenções
 retrógradas da religiosidade humana, você será arrastado pelos cabelos para o abismo, e cada degrau que cair martirizará o seu
 corpo e a alma, e os demônios o trarão ensanguentados e dilacerados aos pés do Mestre das Trevas.
 
Olhe agora para o céu noturno. Lá, no meio de centenas de milhões de vias lácteas, reinam as energias criadoras e
 destruidoras, entrelaçados num eterno romance astral (como diria Raul Seixas). Mas naquele redemoinho celestial se você não
 se emancipar se transformará, no máximo numa mola, num fio elétrico a mais da máquina criadora, sem preservar sua
 individualidade e a consciência de si: você deixará de odiar e amar, e fará parte da rotação universal, "perfeito e imperfeito" e
 "feliz e infeliz", pois de você não sobrará nada além do vazio, que substituirá o seu coração morto...
 Que esse meu discurso o domine com tal força, que se diante de você aparecer os mentirosos oferecendo as portas do
 céu que lhes serão abertas, você instintivamente recuará, duvidando da falsa luz diante de seus olhos sem nenhuma empolgação.
 Tudo que as religiões opressoras dizem é falso, e quando é verdade, geralmente é enfocado sob um falso ponto de vista. 
Eles não
 querem admitir que para a alma - já que ela é imortal - seria insuportável permanecer estática num único lugar por toda a
 eternidade, e que as transformações, por mais que elas sejam difíceis, possuem um grande objetivo inevitável.
 As perspectivas das falsas religiões abominam o ser humano poder se tornar uma das molas propulsoras da
 perfeição, que deve sempre constituir-se, entretanto, num ideal que qualquer espírito deve almejar. Livrar-se para sempre de
 dúvidas que atormentam, de sentimentos mesquinhos e de impulsos ilógicos, para abraçar toda a humanidade num sentimento
 de liberdade e amor puro e harmônico, desprovido de qualquer interesse pessoal, mas que ao mesmo tempo deve ser uma
 felicidade completa com as alegrias terrenas, pois afinal aqui estamos. Além disso, por acaso, a sensação da consciência saciada
 em ter alcançado a totalidade do ser e compreendido a origem e a finalidade de todo ser existente fará toda diferença. Os
 deuses valem a pena serem alcançados, da mesma forma, para compreender e vencer o mal é necessário estudá-lo. 
As legiões das
 trevas são numerosas e poderosas, todos esses espíritos vêem no sofrimento uma injustiça, e, esperam por meio da difusão do
 seu saber, deter a inexorável dor da existência. Para vencer esse exército de cegos que permeia a humanidade, nós devemos
 estudar o mal; e sabermos utilizá-lo, e para nos elevarmos até a luz, a qual, apesar de todos os obstáculos, nos arrasta a ela, feito
 uma mariposa à lâmpada. Nós fomos feitos de luz e nela nos transformaremos de novo. Nenhuma escuridão pode se misturar
 com a origem ancestral da pureza luciferiana perfeita. 
É possível que alguma imundície se grude a ela, mas chegará à hora que
 esta mácula se soltará e se transformará em cinzas, e de seu bojo fulgirá uma luz ofuscante, que representa a essência de nosso
 ser, uma herança eterna de nosso verdadeiro lar. E a este lar nós retornaremos, apesar de todas as provações no infinito
 caminho através de todos os reinos da natureza; superando todos os sofrimentos e amarguras passadas, para depois gozar de paz, a bonança, o amor e harmonia perfeita. 
AUTOR: Por Francisco Marengo
AUTOR: Por Francisco Marengo







