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quarta-feira, 26 de março de 2025

A TRAVESSIA DOS DESERTOS AFETIVOS

O deserto fertiliza nossa mente e nos leva a valorizar o que é eterno e imaterial Foto: Alex Azabache/Pexels

A Quaresma é um período que vai do carnaval, uma festa de prazeres e fantasias, até a Semana Santa, que celebra a ressurreição de Cristo. Esse tempo é como uma pausa, um deserto entre dois grandes oásis da vida material e espiritual. Quando o padre, na Quarta-Feira de Cinzas, coloca cinzas na testa dos fiéis, ele nos lembra que viemos do pó e da luz e um dia voltaremos a eles.

Durante a Quaresma, somos convidados a refletir sobre o sentido da vida, lembrando que somos tanto corpo material quanto espírito. Assim como Jesus, que também enfrentou momentos difíceis, nós passamos por desertos onde nossa fé e esperança são testadas.

Muitas vezes, somos tentados a nos concentrar somente no que é material, esquecendo-nos do que é espiritual e do próximo. Vivemos em um mundo consumista que nos tenta o tempo todo. Antes de embarcar em um voo, passamos por shoppings repletos de coisas que não precisamos e acabamos comprando itens que nem queríamos.

Essas tentações tentam preencher um vazio existencial com objetos desnecessários. Jesus, ao atravessar o deserto, resistiu às tentações. Sofreu e até duvidou de ter sido abandonado por Deus no momento de sua morte. Ele expressou sua desilusão, mas escolheu permanecer fiel aos valores do Pai.

Para transmitir a mensagem de que o amor é a resposta à violência e à injustiça, ele sacrificou seu corpo humano. Assim como Cristo, somos constantemente tentados, desafiados tanto materialmente quanto espiritualmente. Esses dois mundos nos fazem questionar nossos valores, redefinir prioridades e tomar decisões.

Quando entendemos que a vida é uma viagem com um propósito, começamos a valorizar cada passo e a não desistir, mesmo diante das dificuldades. Afinal, quem nunca passou por um deserto afetivo?

No campo relacional, esse deserto surge quando somos feridos na alma, seja pela perda de um familiar, o fim de um relacionamento, desilusões ou rupturas que nos desestruturam. Nessas horas, é comum sentir solidão, tristeza e abandono, como se estivéssemos desprotegidos, no meio de um deserto árido, sem amor nem afeto.

Ao atravessar um deserto afetivo, pode parecer que não há saída. As emoções são tão intensas quanto as tempestades de areia que nos impedem de enxergar e ficamos paralisados.

A solidão pode ser opressiva, fazendo-nos nos afastar ainda mais das pessoas ao nosso redor, criando um ciclo de isolamento e desilusão. É desolador. Vemos somente paisagens sem vida, um silêncio insuportável e uma solidão profunda, mesmo cercados por pessoas.

É um momento doloroso, mas, mesmo nesse deserto seco de afeto, somos convidados a refletir sobre os oásis que já conhecemos, as conquistas, os encontros significativos em nossas vidas. Parece contraditório, mas é no deserto seco que aprendemos a valorizar a água fresca, a sombra de uma árvore e o calor humano de um abraço.

É no silêncio do deserto que valorizamos uma palavra de conforto e esperança. As paisagens estéreis nos conectam com as florestas verdes de nossas vidas e seus frutos saborosos. É na escuridão da noite fria que aprendemos a valorizar a luz que ilumina e aquece.

Muitas vezes, é quando perdemos alguém que nos damos conta de que não expressamos em vida o quanto a amávamos. A vida nos leva a situações difíceis não para nos punir, mas para nos fazer buscar os oásis que muitas vezes não sabemos valorizar.

O sofrimento não é um fim, mas um meio, uma oportunidade de ampliar nossa visão de mundo, nos humanizar e gerar empatia. Todos enfrentamos altos e baixos, desertos e oásis e cada um de nós passa por travessias de desertos que podem parecer intermináveis.

Nesses períodos difíceis, é importante lembrar que também existem oásis, momentos de alegria, amor e solidariedade que nos ajudam a seguir em frente.

Portanto, se você está passando por uma fase difícil, não desanime. Siga sempre em frente. O deserto fertiliza nossa mente e nos leva a valorizar o que é eterno e imaterial, que nos guiam. No mundo atual, os mais vulneráveis, como imigrantes que buscam uma vida melhor, enfrentam desertos cruéis, sendo tratados desumanamente.

O comércio de bens materiais parece ter mais valor que a vida humana. No entanto, devemos manter a esperança de que essa travessia seja o prenúncio de uma época de paz e prosperidade para todos.

Como sobreviver em nossas travessias? Se você está enfrentando um momento difícil, não desanime. Todos passamos por desertos e oásis na vida. Santo Agostinho dizia que grandes mudanças acontecem através da dor ou do amor. O sofrimento pode nos abrir para os outros e nos ajudar a ver o que realmente importa.

Reflita sobre suas conquistas, amizades e momentos felizes; esses lembretes nos dão força. No meio das dificuldades, aprenda a valorizar as coisas simples, como um sorriso ou um gesto de carinho, que podem fazer uma grande diferença.

Lembre-se de que a vida é uma viagem. Cada desafio nos ensina algo valioso e nos prepara para o próximo passo. Se você se sentir sobrecarregado, busque apoio. Conversar com amigos, familiares ou profissionais pode ser um passo importante.

Mesmo quando a vida parece difícil, sempre podemos encontrar oportunidades de crescimento. O deserto nos ensina a ser mais empáticos e a lutar por um mundo melhor. É fundamental ter fé e esperança, acreditando que, após atravessar cada deserto, haverá um oásis nos esperando para nos dar força para continuar.

Não importa quão difícil o caminho pareça, você não está sozinho. Juntos, podemos enfrentar qualquer tempestade. Se você está enfrentando um momento desafiador, é essencial lembrar que você pode pedir ajuda.

Falar sobre seus sentimentos com amigos ou familiares pode aliviar a carga emocional. Às vezes, simplesmente compartilhar a dor já faz uma grande diferença. Além disso, envolva-se em atividades que o conectem com outras pessoas. Participar de grupos, fazer novas amizades ou se juntar a projetos comunitários pode ajudar a reconstruir sua rede de apoio.

Essas interações trazem novas perspectivas e aquecem o coração. Cuidar de si é igualmente importante. Dedique tempo a atividades que lhe tragam alegria, como exercitar-se, ler ou praticar um esporte. O autocuidado é fundamental para renovar suas energias emocionais. Lembre-se de que os desertos não duram para sempre.

Com paciência e esforço, é possível encontrar oásis de amor e apoio, mesmo nas fases mais difíceis. A esperança e a solidariedade humana são poderosas e, aos poucos, você pode perceber que a vida está se renovando.

Cultivar a gratidão também pode transformar sua perspectiva. Tente anotar pequenas coisas pelas quais você é grato diariamente, sejam elas simples como um café quentinho ou um sorriso de um desconhecido. Essas práticas ajudam a mudar o foco e a valorizar os bons momentos, mesmo em tempos difíceis.

Por fim, mantenha sempre a fé e a esperança. Acredite que, após cada deserto, haverá um oásis que lhe dará força para continuar. Não importa quão árduo o caminho seja, lembre-se de que você não está sozinho.

Cada um de nós pode ser um apoio para o outro, e juntos conseguiremos superar qualquer obstáculo. A vida é uma aventura repleta de ensinamentos. Permita-se sentir, aprender e crescer. E, quando o deserto parecer extenso, tenha certeza de que, com amor e apoio, um oásis está à sua espera. 

*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.

Escrito por Adalberto Barreto ceara@svm.com.br

FONTE: DN

quinta-feira, 20 de março de 2025

RELACIONAMENTOS TÓXICOS: SINAIS DE ALERTAS E SAIBA COMO IDENTIFICÁ-LOS

FOTO ILUSTRATIVA

Relacionamentos tóxicos são aqueles que, em vez de trazer felicidade e crescimento, causam sofrimento, desgaste emocional e prejudicam o bem-estar de uma ou ambas as partes envolvidas. 

Esses relacionamentos podem ocorrer em qualquer tipo de vínculo — amoroso, familiar, de amizade ou profissional — e muitas vezes são difíceis de identificar, especialmente quando estamos emocionalmente envolvidos. Neste artigo, exploramos os principais sinais de alerta de um relacionamento tóxico e como lidar com essa situação.

O Que É um Relacionamento Tóxico?

Um relacionamento tóxico é caracterizado por comportamentos negativos, desrespeitosos ou abusivos que criam um ambiente emocionalmente prejudicial. Em vez de apoio, respeito e amor, há controle, manipulação e conflitos constantes. Esses relacionamentos podem minar a autoestima, gerar ansiedade e até afetar a saúde física e mental.

Sinais de Alerta de um Relacionamento Tóxico

Falta de Respeito

* Desrespeito às opiniões, sentimentos ou limites do outro.

* Piadas ofensivas, críticas constantes ou humilhações públicas.

* Ignorar ou invalidar as necessidades emocionais do parceiro.

Controle Excessivo

* Tentativas de controlar o que o outro faz, com quem se relaciona ou como se veste.

* Monitoramento constante de redes sociais, mensagens ou atividades.

* Isolamento do parceiro de amigos e familiares.

Manipulação Emocional

* Uso de chantagens emocionais para conseguir o que deseja.

* Culpar o outro por problemas ou sentimentos negativos.

* Fazer o parceiro se sentir culpado por coisas que não são sua responsabilidade.

Comunicação Agressiva ou Hostil

* Brigas constantes, gritos ou discussões que não levam a resoluções.

* Uso de sarcasmo, ironia ou palavras ofensivas durante conversas.

* Falta de diálogo saudável e abertura para resolver conflitos.

Ciúmes Excessivo e Desconfiança

* Acusações infundadas de traição ou interesse em outras pessoas.

* Controle das interações sociais do parceiro por medo de ser "substituído".

* Invasão de privacidade, como checar celular ou e-mails sem permissão.

Falta de Apoio e Empatia

* Indiferença aos sentimentos, conquistas e dificuldades do outro.

* Falta de incentivo para que o parceiro persiga seus sonhos ou objetivos.

* Comportamento egoísta, onde apenas uma das partes é priorizada.

Ciclos de Conflito e Reconciliação

* Relacionamentos marcados por brigas intensas seguidas de reconciliações apaixonadas, mas temporárias.

* Promessas de mudança que nunca se concretizam.

* Sensação de estar em uma "montanha-russa emocional".

* Abuso Físico, Verbal ou Psicológico

* Agressões físicas, como empurrões, tapas ou qualquer forma de violência.

Xingamentos, insultos ou ameaças verbais.

* Comportamentos que visam diminuir a autoestima do outro, como críticas constantes ou comparações negativas.

* Dependência Emocional

* Sensação de que não é possível viver sem o outro, mesmo que o relacionamento seja prejudicial.

* Medo de terminar o relacionamento por acreditar que nunca será feliz novamente.

* Abandono de interesses pessoais ou amizades para priorizar o parceiro.

Falta de Confiança

* Desconfiança constante, mesmo sem motivos reais.

* Mentiras frequentes ou omissões que prejudicam a transparência.

* Sensação de que o parceiro não é honesto ou leal.

Como Lidar com um Relacionamento Tóxico

Reconheça o Problema

O primeiro passo é admitir que o relacionamento está te fazendo mal. Isso pode ser difícil, especialmente quando há sentimentos envolvidos, mas é essencial para buscar uma solução.

Estabeleça Limites

Defina limites claros sobre o que é aceitável ou não no relacionamento. Se o outro não respeitar esses limites, é um sinal de que a situação pode não mudar.

Busque Apoio

Converse com amigos, familiares ou um profissional, como um psicólogo, para ganhar perspectiva e apoio emocional. Não tente enfrentar a situação sozinho.

Priorize Seu Bem-Estar

Cuide de si mesmo, física e emocionalmente. Pratique atividades que te trazem alegria e ajudam a reconstruir sua autoestima.

Considere Terminar o Relacionamento

Em muitos casos, a melhor solução é se afastar de um relacionamento tóxico. Isso pode ser doloroso, mas é necessário para preservar sua saúde mental e emocional.

Busque Ajuda Profissional

Se você está em um relacionamento abusivo ou não consegue sair sozinho, procure ajuda de um terapeuta ou de organizações especializadas em apoio a vítimas de relacionamentos tóxicos.

Conclusão

Relacionamentos tóxicos podem causar danos profundos, mas reconhecer os sinais de alerta é o primeiro passo para mudar essa realidade. 

Se você identifica esses comportamentos no seu relacionamento com um sugar daddy, é importante agir para proteger seu bem-estar e buscar um ambiente mais saudável e respeitoso. 

Lembre-se de que você merece ser tratado com amor, respeito e consideração, e que é possível reconstruir sua vida longe de situações prejudiciais. 

Priorize sua saúde emocional e não tenha medo de buscar ajuda quando necessário.

FONTE: IZABELLY MENDES

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

A REALIDADE AUMENTADA NA CONSTRUÇÃO CIVIL: APLICAÇÕES E BENEFÍCIOS

FOTO ILUSTRATIVA

A construção civil tem se transformado com a introdução de novas tecnologias que aumentam a eficiência, reduzem custos e melhoram a qualidade das obras. Entre as inovações mais promissoras, destaca-se a Realidade Aumentada (RA), que tem ganhado cada vez mais espaço no setor. A RA permite sobrepor elementos digitais ao mundo real, proporcionando uma interação mais intuitiva e visualmente enriquecedora entre as pessoas e os objetos ao seu redor. No contexto da construção civil, a RA oferece diversas aplicações e benefícios que têm o potencial de revolucionar o processo de planejamento, execução e manutenção das obras.

Aplicações da Realidade Aumentada na Construção Civil

Uma das principais aplicações da RA na construção civil é o auxílio no planejamento e na visualização de projetos. Utilizando dispositivos como óculos de RA ou smartphones, engenheiros e arquitetos podem sobrepor modelos 3D de edifícios e outras construções ao ambiente real. Isso permite que os profissionais visualizem o projeto de forma mais precisa e realista, ajudando a identificar problemas antes mesmo do início da obra. Além disso, a RA facilita a análise de diferentes alternativas de design, permitindo que os stakeholders experimentem e escolham a melhor opção.

Outra aplicação relevante da RA é no treinamento de trabalhadores. Com o uso de dispositivos de RA, os operários podem ser treinados de maneira mais eficaz e segura. Por exemplo, eles podem ser guiados em tempo real durante a execução de tarefas complexas, como a instalação de sistemas elétricos ou hidráulicos, com a sobreposição de instruções visuais diretamente no local de trabalho. Isso não apenas melhora a produtividade, mas também minimiza erros e aumenta a segurança.

A RA também tem sido utilizada no acompanhamento da obra em tempo real. Através de dispositivos móveis, os profissionais conseguem visualizar o progresso da construção, comparando o que foi executado com o que está no projeto original. Isso facilita a identificação de discrepâncias e permite ajustes imediatos, evitando retrabalho e desperdício de recursos em obras em andamento.

 Além disso, a RA pode ser integrada com outras tecnologias, como o BIM (Building Information Modeling), tornando o gerenciamento da obra mais eficiente e colaborativo.

Benefícios da Realidade Aumentada na Construção Civil

Um dos principais benefícios da Realidade Aumentada na construção civil é a redução de erros e retrabalho. A visualização em tempo real e a capacidade de sobrepor modelos 3D ao ambiente físico possibilitam a detecção precoce de problemas e falhas no projeto, antes que eles se tornem grandes problemas durante a execução. Isso contribui para a qualidade da obra, já que as correções podem ser feitas antecipadamente, evitando retrabalhos dispendiosos e atrasos.

Além disso, a RA facilita a comunicação entre todos os envolvidos no processo de construção, desde engenheiros e arquitetos até trabalhadores e clientes. A visualização mais clara e precisa do projeto, com a possibilidade de fazer ajustes em tempo real, permite uma colaboração mais eficiente e uma maior compreensão por parte de todos os envolvidos. Isso resulta em menos mal-entendidos e um processo de tomada de decisão mais ágil.

Outro benefício significativo é a melhoria na segurança do trabalho. A Realidade Aumentada pode ser usada para criar simulações e treinamentos que prepararam os trabalhadores para situações reais de risco. Além disso, a RA pode exibir alertas e instruções de segurança diretamente no ambiente de trabalho, ajudando os profissionais a manterem-se atentos aos possíveis perigos e garantindo a segurança durante a execução das atividades.

A implementação da RA também pode gerar economia de custos. Embora o investimento inicial em tecnologia de RA possa ser significativo, os benefícios a longo prazo superam amplamente os custos. A redução de erros, retrabalho e atrasos, assim como a melhoria na comunicação e na segurança, resulta em uma obra mais eficiente, com menor custo total. Além disso, a RA também facilita a manutenção das construções, já que, ao sobrepor informações sobre os sistemas e estruturas da edificação, é possível realizar diagnósticos rápidos e precisos, otimizando o tempo de intervenção.

Conclusão

A Realidade Aumentada está se consolidando como uma tecnologia essencial na construção civil, oferecendo uma série de aplicações que trazem benefícios diretos para a eficiência, qualidade e segurança das obras. Sua capacidade de integrar o mundo real e digital abre novas possibilidades para o setor, desde o planejamento e visualização de projetos até a execução e manutenção das construções. A redução de erros, a melhora na comunicação e a otimização de processos são apenas alguns dos ganhos que a RA proporciona. À medida que a tecnologia continua a evoluir, espera-se que sua adoção na construção civil se expanda ainda mais, tornando-se uma ferramenta indispensável para profissionais da área e contribuindo para um futuro mais inteligente e sustentável na construção de edifícios e infraestruturas.

FONTE: IZABELLY MENDES

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

SAIBA QUAIS AS TECNOLOGIAS PARA CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÕES POPULARES

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A construção de habitações populares é um desafio constante no Brasil e em muitos outros países em desenvolvimento. A crescente urbanização e o aumento da população fazem com que a demanda por moradias de baixo custo seja cada vez mais urgente. 

Nesse contexto, as tecnologias de baixo custo surgem como uma alternativa viável para a criação de moradias acessíveis, sustentáveis e eficientes. Essas tecnologias, que englobam métodos construtivos, materiais e inovações, buscam atender às necessidades de famílias de baixa renda, oferecendo condições adequadas de habitação, sem comprometer o orçamento disponível. Neste texto, exploraremos algumas dessas soluções e seus benefícios.


1. Uso de Materiais Sustentáveis e Locais

Uma das abordagens mais eficazes para reduzir os custos na construção de habitações populares é a utilização de materiais sustentáveis e de fácil acesso. O uso de produtos locais reduz os custos com transporte e torna a obra mais eficiente. Exemplos de materiais alternativos incluem tijolos ecológicos, blocos de terra comprimida, bambu e garrafas PET. 

O tijolo ecológico, por exemplo, é produzido sem a queima em fornos, o que diminui o impacto ambiental e a necessidade de energia. Além disso, o bambu, que cresce rapidamente e é abundante em várias regiões, é considerado um material resistente e versátil para a construção de estruturas e acabamentos.

2. Construção Modular e Pré-fabricada

Outra inovação importante são as construções modulares e pré-fabricadas, que permitem uma construção mais rápida e eficiente. Essas técnicas consistem em montar partes da habitação em fábricas e transportá-las para o local da obra, onde são montadas. 

O uso de unidades modulares reduz o desperdício de material, diminui os custos com mão de obra e acelera o processo de construção. Além disso, essa abordagem permite a personalização das moradias, adaptando-as às necessidades específicas das famílias.

3. Impressão 3D de Habitações

A impressão 3D é uma tecnologia emergente que vem ganhando destaque no setor de construção e obras em andamento. Ela permite a criação de estruturas de concreto diretamente no local da obra, com a utilização de uma impressora 3D que deposita camadas de material até a formação completa da estrutura. 

Essa tecnologia reduz drasticamente o desperdício de materiais e oferece uma grande economia de tempo e mão de obra. Além disso, a impressão 3D pode permitir a produção de modelos arquitetônicos mais elaborados e personalizados, sem que o custo seja elevado.

4. Casas de Contêiner

O uso de contêineres de transporte como base para habitações populares tem se tornado uma solução acessível e inovadora. Os contêineres, que são estruturas metálicas resistentes, podem ser adaptados para se tornarem moradias confortáveis e seguras. 

Além de serem baratos e facilmente disponíveis, eles são modulares, permitindo a construção de casas de diferentes tamanhos e configurações. A estrutura metálica dos contêineres oferece uma durabilidade superior, e o material é reciclável, o que contribui para a sustentabilidade da construção.

5. Técnicas de Construção com Terra

A construção com terra, especialmente o uso de adobe e taipa, é uma prática tradicional que pode ser aplicada com eficiência em muitas regiões do Brasil. O uso de técnicas de construção com terra tem um custo significativamente menor em comparação com materiais tradicionais, como o cimento e o concreto. 

Além disso, a terra é um material de excelente isolamento térmico, o que contribui para a eficiência energética das habitações. Técnicas como a construção de paredes de adobe e a utilização de taipa (muros de terra compactada) podem ser associadas a outras tecnologias, como telhados ecológicos, para criar moradias sustentáveis e de baixo custo.

6. Uso de Energia Solar e Sustentabilidade

A implementação de soluções de energia solar em habitações populares também pode contribuir para a redução dos custos a longo prazo. A instalação de painéis solares em telhados pode gerar energia para iluminação, aquecimento de água e até mesmo para o funcionamento de aparelhos elétricos. 

Embora o investimento inicial seja relativamente alto, a economia gerada pela redução da conta de energia pode ser significativa ao longo dos anos, tornando as habitações mais acessíveis para famílias de baixa renda.

7. Capacitação de Mão de Obra Local

Uma das chaves para o sucesso de projetos de habitação popular de baixo custo é a capacitação da mão de obra local. Treinar trabalhadores para utilizar essas tecnologias de construção inovadoras reduz o custo com mão de obra externa e aumenta a eficiência dos projetos. 

Além disso, a capacitação contribui para o fortalecimento da economia local, gerando empregos e estimulando o crescimento das comunidades.

Conclusão

As tecnologias de baixo custo para a construção de habitações populares têm o potencial de transformar a forma como as moradias são produzidas, oferecendo soluções mais acessíveis, sustentáveis e eficientes. 

Ao integrar materiais locais e sustentáveis, processos modulares e novas tecnologias, como a impressão 3D, é possível reduzir significativamente os custos de construção e promover o acesso à moradia de qualidade para as famílias de baixa renda. 

Essas inovações são fundamentais para enfrentar o desafio da falta de habitação e melhorar a qualidade de vida de milhões de brasileiros. O uso dessas tecnologias, aliado à capacitação da mão de obra local, pode criar um ciclo virtuoso de desenvolvimento sustentável, promovendo uma maior inclusão social e econômica.

FONTE: IZABELLY MENDES

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

SAIBA COMO RECONSTRUIR A CONFIANÇA APÓS MENTIRAS NO RELACIONAMENTO

FOTO ILUSTRATIVA

A confiança é a base de qualquer relacionamento saudável, e quando ela é quebrada, pode ser difícil saber como restaurá-la. Mentiras, mesmo que aparentemente pequenas, podem corroer a confiança e gerar um impacto profundo em um relacionamento, criando insegurança, ressentimento e até desconfiança permanente. No entanto, com esforço, paciência e comprometimento, é possível reconstruir a confiança, passo a passo. Este processo exige sinceridade, vulnerabilidade e, acima de tudo, o desejo de restaurar o vínculo entre as partes envolvidas.

1. A Reconhecer o Erro: O Primeiro Passo Crucial

O primeiro passo para reconstruir a confiança após uma mentira é o reconhecimento do erro. A pessoa que mentiu precisa admitir sua falta e ser honesta sobre o que aconteceu. Isso não significa apenas se desculpar, mas realmente entender a profundidade do impacto que a mentira causou no relacionamento com meu patrocinio. O reconhecimento genuíno do erro ajuda a estabelecer a base para a cura, mostrando que a pessoa está disposta a ser transparente e a assumir a responsabilidade pelos próprios atos.

2. Compreensão e Empatia

Quando a confiança é quebrada, a dor que a outra pessoa sente pode ser avassaladora. O parceiro afetado precisa de tempo e espaço para processar seus sentimentos e lidar com a decepção. Nesse momento, é fundamental que quem mentiu demonstre empatia. Ouvir sem julgar, sem interromper e sem minimizar a dor do outro é crucial. Mostrar compreensão genuína e disposição para entender a situação do parceiro pode ajudar a aliviar um pouco da dor e a começar o processo de cura.

3. Transparência Total: Não Haverá Mais Segredos

Para reconstruir a confiança, é necessário abrir mão de qualquer forma de segredo. A pessoa que mentir deve se comprometer a ser totalmente transparente, fornecendo informações claras e honestas sobre suas ações. Isso pode ser difícil, pois envolve vulnerabilidade e a disposição para compartilhar até os aspectos mais delicados da situação. Contudo, a transparência é um pilar fundamental nesse processo, pois mostra que não há mais motivos para esconder ou distorcer a verdade.

4. Reconstrução Gradual: Não Espere Que Tudo Volte ao Normal de Imediato

Restaurar a confiança não é um processo rápido. Leva tempo para que o parceiro afetado possa superar a dor e as inseguranças geradas pela mentira. Esperar que a confiança seja restaurada da noite para o dia é uma expectativa irreal. O tempo necessário varia de acordo com a gravidade da mentira, o histórico do relacionamento e o empenho de ambas as partes em curar a relação. O mais importante é ser paciente e entender que a confiança será reconstruída gradualmente.

5. Cumprir Promessas e Ser Consistente

Uma vez que a pessoa que mentiu se comprometa a mudar e a ser mais transparente, é fundamental que suas ações correspondam às palavras. Isso significa cumprir promessas e ser consistente em atitudes que demonstrem confiança e respeito. Um dos maiores erros que alguém pode cometer ao tentar reconstruir a confiança é falhar em manter suas promessas. A consistência e a ação diária são essenciais para provar que a confiança pode ser restaurada.

6. Terapia de Casal: Apoiando o Processo de Cura

Em muitos casos, a ajuda de um profissional pode ser crucial para a reconstrução da confiança. A terapia de casal pode fornecer um ambiente seguro e neutro onde ambas as partes podem expressar seus sentimentos, compreender melhor as motivações por trás da mentira e trabalhar juntas para superar os obstáculos. Um terapeuta pode oferecer ferramentas e técnicas que ajudem o casal a melhorar a comunicação, resolver conflitos de forma saudável e restaurar a intimidade emocional que foi danificada.

7. Perdão: O Passo Final para a Cura

O perdão é a etapa final no processo de reconstrução da confiança. Embora seja um passo necessário, o perdão não significa esquecer a mentira ou ignorar o impacto que ela causou. Perdão é mais sobre libertar-se da dor e do ressentimento, para poder seguir em frente sem carregar o peso do passado. Isso exige tempo, introspecção e, muitas vezes, uma decisão consciente de não deixar que a mentira define o futuro do relacionamento. O perdão traz leveza e cria o espaço necessário para que o relacionamento evolua e se fortaleça.

Conclusão: O Caminho para a Reconstrução

A reconstrução da confiança após mentiras no relacionamento não é fácil, mas é possível quando há comprometimento, honestidade e esforço de ambas as partes. Embora o processo seja desafiador e demorado, ele pode resultar em um vínculo mais forte e mais saudável, baseado em uma comunicação clara e uma compreensão mútua mais profunda. Ao seguir essas etapas e continuar trabalhando juntos, é possível transformar a dor causada pela mentira em uma oportunidade para crescer, aprender e, finalmente, restaurar a confiança perdida.

FONTE:  Izabelly Mendes.

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

5 DICAS PARA CUIDAR DA SAÚDE MENTAL; NO JANEIRO BRANCO

 

Saúde mental - Foto: Shutterstock

Janeiro é o mês em que estamos mais reflexivos sobre como melhorar nosso bem-estar e saúde como um todo. Por isso, é a oportunidade perfeita para repensar a nossa saúde mental, desacelerar e passar a dar importância para o que nos faz bem.

Essa é a principal razão para a campanha Janeiro Branco acontecer logo no início do ano. Com o tema “A vida pede equilíbrio”, em 2023 os especialistas em saúde mental chamam atenção para a importância da sociedade e dos governantes criarem uma cultura de cuidado com a mente. 

É o que defende o idealizador do movimento, o psicólogo e palestrante Leonardo Abrahão. Segundo o especialista, muitos sofrimentos humanos, com ou sem transtornos mentais, poderiam ser prevenidos ou melhor conduzidos se as pessoas aprendessem estratégias verdadeiramente simples para cuidar da saúde mental.

5 truques para viver em harmonia com sua saúde mental

Por isso, o psicólogo separou cinco dicas para quem deseja começar o ano cuidando de seu emocional:

1 – Tenha Hobbies

Para Leonardo é importante ter hobbies como práticas terapêuticas. Por exemplo, se você gosta de caminhar, caminhe. Se gosta de nadar, procure fazer uma aula de natação. Pode ser também um curso de alguma atividade prazerosa. “O importante é fazer uma atividade que faça você ter um momento de paz consigo mesmo”, afirma.

2 – Busque uma vida equilibrada

“Procure ter uma vida equilibrada com exercícios, tempo certo para relaxar e ter um lazer de qualidade. Faça atividades que causem bem-estar e felicidade, assim como sentimento de pertencimento a um projeto próprio ou que seja saudável para a mente”, recomenda o psicólogo..

3 – Evite situações e relações tóxicas

Ele destaca que vivenciar situações de estresse diariamente ou relações tóxicas nos relacionamentos e no trabalho pode causar adoecimento psíquico e problemas de saúde mental. Portanto, evite!

4 – Se preciso, busque ajuda 

Aceitar que as coisas não vão bem e que precisamos de ajuda é um ato de coragem. Por isso, esqueça tabus, preconceitos ou ideias erradas sobre fraquezas e fortalezas humanas.

“A maior demonstração de força é saber que, às vezes, precisamos de ajuda profissional, seja de um psicólogo ou psiquiatra”, afirma Leonardo.

5 – Tenha uma rede de apoio

O profissional lembra que nós somos seres sociais e por isso quando não temos vínculos sociais e amizades, a tendência é o adoecimento emocional. 

Amizades saudáveis trazem identificação, empatia, alegria e qualidade de vida e são uma forma de proteção para a tristeza, a solidão e o abandono.  

E o mais importante: a amizade é mais um fator de proteção psicossocial contra o adoecimento emocional e contra o suicídio. “Invista em suas amizades em qualquer momento da sua vida”, finaliza.

FONTE: SAÚDE EM DIA

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

VEJA COMO ENFRENTRAR CONFLITOS FAMILIARES NO NAMORO

 

Os relacionamentos amorosos raramente envolvem apenas duas pessoas; muitas vezes, incluem as famílias de ambos. Quando surgem conflitos familiares no namoro, isso pode causar tensões emocionais e ameaçar o bem-estar do casal. Para lidar com essas situações, é essencial adotar estratégias que promovam diálogo, respeito e equilíbrio. A seguir, exploramos formas práticas de enfrentar esses desafios e fortalecer o relacionamento.

1. Entenda as Origens dos Conflitos

Antes de resolver qualquer problema, é importante identificar sua raiz. Os conflitos familiares podem surgir de diferenças culturais, preconceitos, hábitos de convivência, ou até de mal-entendidos. Por exemplo, uma família pode interpretar atitudes do parceiro como desrespeito, quando na verdade são apenas diferenças de costume. Ter consciência dessas origens ajuda a abordar as questões de forma mais objetiva.

2. Comunique-se com Clareza e Respeito

A comunicação eficaz é a base para resolver conflitos. Converse abertamente com seu parceiro(a) sobre os problemas e como isso está afetando ambos. Além disso, é importante que a comunicação com a família seja feita com respeito e empatia. Evite tom acusatório e procure esclarecer pontos de maneira construtiva. Lembre-se de que todos têm suas razões e histórias de vida que influenciam seu comportamento.

3. Estabeleça Limites Saudáveis

Manter limites claros entre o casal e a família é essencial para preservar a autonomia do relacionamento. Isso significa, por exemplo, que decisões importantes do namoro devem ser tomadas pelos parceiros, sem interferências excessivas de familiares. Explique com calma à família que, embora você valorize suas opiniões, algumas decisões pertencem exclusivamente ao casal.

4. Cultive a Empatia e a Paciência

Colocar-se no lugar do outro pode ser desafiador, mas é uma habilidade crucial em momentos de conflito. Tente compreender os sentimentos e preocupações dos familiares e do seu parceiro(a). Pode ser que a resistência da família seja fruto de medo ou proteção exagerada. Demonstrar paciência e compreensão ajuda a criar um ambiente mais propício ao diálogo.

5. Evite Confrontos Diretos ou Impulsivos

Em situações de tensão, é comum agir impulsivamente, mas isso pode piorar o conflito. Evite responder a provocações ou discussões de forma agressiva. Em vez disso, busque mediar as diferenças com calma. Se necessário, tire um tempo para refletir antes de abordar a questão novamente.

6. Fortaleça a União do Casal

Um relacionamento forte e unido é capaz de enfrentar até mesmo os desafios mais complicados. Certifique-se de que você e seu parceiro(a) estão alinhados em relação ao compromisso e aos valores do namoro. Apoiem-se mutuamente durante os momentos de dificuldade e trabalhem juntos para resolver os problemas.

7. Busque Apoio Externo, se Necessário

Se os conflitos persistirem e começarem a impactar significativamente o relacionamento, pode ser útil buscar ajuda externa. Conversar com um terapeuta de casal ou um mediador pode trazer uma perspectiva neutra e estratégias para lidar com os problemas. Essa abordagem pode ajudar tanto o casal quanto a família a encontrar um terreno comum.

8. Valorize os Momentos Positivos

Concentre-se nas interações positivas com a família e busque criar novas memórias agradáveis. Participar de eventos familiares, ajudar em ocasiões especiais ou simplesmente demonstrar interesse genuíno pelos membros da família pode melhorar a convivência e reduzir atritos.

Conclusão

Enfrentar conflitos familiares no namoro pode ser desafiador, mas também é uma oportunidade de crescimento pessoal e fortalecimento do relacionamento com meu patrocinio

Ao praticar empatia, estabelecer limites saudáveis e promover uma comunicação respeitosa, é possível transformar esses desafios em aprendizados valiosos. No final, o equilíbrio entre amor, paciência e respeito será o alicerce para construir um relacionamento harmonioso, mesmo diante das adversidades.

FONTE: IZABELLY MENDES

sábado, 18 de janeiro de 2025

SAIBA POR QUE VOCÊ NÃO PRECISA ESTAR SOZINHO PARA SE SENTIR SOLITÁRIO

 

Vivemos em um mundo agitado e cheio de gente, mas cada vez mais pessoas se sentem solitárias Serenity Strull/Getty Images

Existem muitos tipos de solidão, que cada pessoa sente de forma diferente.

O que é a solidão para você?

A solidão pode ser uma cidade. Nas suas ruas, em meio ao burburinho, às multidões, às conversas e risadas, alguém pode muito bem se sentir um estranho – desnorteado, desconectado, no caminho dos outros.

Talvez seja um relacionamento que azedou. Um casamento ou relacionamento com palavras não ouvidas e necessidades não atendidas. Você está ali, mas nunca é visto.

Ou talvez você se sinta como Robert Walton, o explorador polar de Frankenstein, de Mary Shelley. Ele vive rodeado de companheiros de confiança, mas, na verdade, formou apenas um amigo de verdade, "a companhia de um homem que consegue ter empatia por mim, cujos olhos reagem aos meus".

É senso comum que o isolamento físico pode levar à solidão – e poucas coisas são tão dolorosas quanto a solidão crônica, imposta e vivenciada pelas pessoas mais vulneráveis da nossa sociedade.

Mas, se você tiver vivido situações como as descritas nos parágrafos iniciais desta reportagem, poderá também ter suspeitado que outras pessoas nem sempre são o antídoto contra a solidão.

Na verdade, elas podem até fazer parte do problema.

O fato é que podemos ficar sozinhos com a mesma facilidade em meio a uma multidão, em um relacionamento amoroso ou entre amigos.

Um estudo de 2021 envolvendo 756 pessoas que registraram regularmente como se sentiam em um aplicativo de celular por um período de dois anos confirmou essa observação.

A sensação de solidão parece aumentar em ambientes superlotados e densamente povoados – ou seja, nas cidades modernas.

Será que o nosso estilo de vida cada vez mais urbano e dominado pela tecnologia está nos deixando com a sensação de estarmos menos conectados uns aos outros? E existem soluções escondidas nessas descobertas?

Entender esse paradoxo certamente é importante. Afinal, sabemos que vivemos uma "epidemia de solidão" – um surto global que não reconhece fronteiras, afeta jovens e idosos e pode até reconfigurar o nosso cérebro.

Em 2018, a experiência BBC Loneliness Experiment analisou uma amostra de 55 mil pessoas de todo o mundo. O estudo concluiu que 40% das pessoas com 16 a 24 anos de idade se sentem sozinhas frequentemente ou com muita frequência.

Outros estudos demonstram que cerca de 10% dos adultos de todo o mundo sentem solidão, de muitas formas diferentes.

Mas essa epidemia chega em um momento em que temos mais formas do que nunca para nos conectar com os demais. A tecnologia nos permite ligar para os amigos e familiares no outro lado do planeta, conversar online com pessoas que nunca encontramos pessoalmente e acompanhar as vidas dos nossos conhecidos nas redes sociais.

Por outro lado, a população urbana também está crescendo rapidamente. Estima-se que 68% da população mundial more em cidades até meados deste século.

Por que, então, no nosso mundo atribulado e conectado pela tecnologia, ainda nos sentimos solitários, mesmo em meio a outras pessoas?

E seria esta realmente outra pandemia, algo a ser sempre evitado, medicado, erradicado, estigmatizado? Ou podemos também aprender com ela?
Às vezes, as próprias pessoas à nossa volta podem ser a causa da nossa solidão Getty Images

A solidão é um conceito complexo e difuso, algo que todos nós vivenciamos de alguma forma.

A professora de história Fay Bound Alberti, do King's College de Londres, é a autora do livro A Biography of Loneliness ("Biografia da solidão", em tradução literal). Ela defende que, em vez de um estado emocional definido, a solidão, na verdade, é um "conjunto" de emoções, que pode incluir sentimentos como pesar, raiva e ciúme.

Sua pesquisa também revela que a solidão é uma "invenção" relativamente recente. A palavra só assumiu seu significado atual perto do ano 1800.

Ainda assim, a ciência define atualmente a solidão, de forma geral, como a desconexão entre os relacionamentos sociais reais e os desejados, o que reflete a realidade de que você não precisa estar sozinho para se sentir solitário.

O psicólogo Sam Carr, da Universidade de Bath, no Reino Unido, pesquisa os relacionamentos humanos. Ele acredita que o "maior mito" é que as pessoas são sempre a solução para a solidão.

"As pessoas, na verdade, podem ser a causa", afirma Carr. Ele é o autor do livro All the Lonely People ("Todas as pessoas solitárias", em tradução literal), que estuda as diversas experiências de solidão das pessoas.

"Todos nós somos uma espécie de peça de quebra-cabeça e queremos sentir que nos encaixamos", explica ele. "E as outras pessoas, muitas vezes, podem ser o motivo de não nos sentirmos assim."

"Mesmo se for um amigo ou parceiro, talvez eles não nos reconheçam por quem somos. Ou nos fazem parecer invisíveis. Ou precisamos fingir que somos outra pessoa na companhia deles. Para muitas pessoas, esta parece ser a essência da sua solidão."

Bound Alberti concorda que o isolamento físico dos demais não é necessariamente o que torna as pessoas solitárias.

"As pessoas acham que, para ser solitário, você precisa estar sozinho", explica ela. "Mas minha pesquisa indica que não é tanto a distância física dos demais que nos faz sentir mais solidão, mas a distância emocional."

"As pessoas mais solitárias são aquelas que estão em relacionamentos que deveriam ser enriquecedores, mas não são. Algumas das experiências mais solitárias que vivenciei ocorreram quando eu estava rodeada de muitas pessoas que não estão nem remotamente na mesma frequência que eu."

Carr recebeu recentemente uma carta dos Estados Unidos. Sua autora contou que é casada há meio século.

Ela também revelou que seu marido sempre foi a fonte da sua solidão. Ela esperava que o casamento fosse a cura – e acabou sendo a causa.

Afinal, se um parceiro priorizar a conexão física enquanto o outro deseja um laço intelectual questionador, eles podem muito bem acabar solitários, mesmo estando juntos.

"Pode ser questão de percepção – se você sente que suas necessidades são atendidas", destaca a pesquisadora de saúde mental Olivia Remes, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Ela é a autora do livro The Instant Mood Fix ("O reparo instantâneo do humor", em tradução livre).

"Algumas pessoas com forte conexão a apenas uma pessoa não se sentem isoladas, enquanto outras, que estão rodeadas por muita gente, mas desejam conexões mais profundas, sim", explica ela.

O caminho da evolução

Sentir-se solitário é algo incrustado na nossa humanidade. Algumas pessoas acreditam que a solidão atende a uma função evolutiva de adaptação, que nos incentiva a tomar ações para promover nossa sobrevivência imediata.

Da mesma forma que a fome nos orienta a procurar alimento, a solidão, segundo Remes, "nos diz que algo está errado com o nosso ambiente social e que precisamos fazer alguma coisa a respeito".

Para os nossos ancestrais pré-históricos, o isolamento era perigoso. Eles ficavam mais vulneráveis aos animais e a outros perigos. Com isso, sua possibilidade de sobreviver e transmitir seus genes diminuía.

Por isso, a sensação de solidão, seja de que forma fosse vivenciada naquela época, pode ter sido um mecanismo neurológico para incentivá-los a procurar a segurança de viver em grupo.

Mas os tempos mudaram e, com eles, mudou a postura humana em relação à solidão e ao isolamento.

A pesquisa de Bound Alberti defende que, até o século 19, o termo "solidão" realmente não existia na forma em que o usamos hoje em dia.

Naquela época, "solitário" significava simplesmente ser singular, único. Raramente era algo ruim. Ficar sozinho aumentava a conexão com a natureza ou com Deus, retirando o ruído de fundo.

"Era uma expressão de 'unicidade'", segundo Bound Alberti. "E eu adoro esse termo – gostaria que ele entrasse na moda outra vez."

"Quando William Wordsworth [poeta inglês] escreveu sobre vagar 'sozinho como uma nuvem', ele falava simplesmente sobre ficar sozinho. Não significava que ele sentisse a carência emocional que, agora, associamos ao termo [solitário]."

Mas as sociedades de todo o mundo mudaram radicalmente nos dois séculos seguintes.

Bound Alberti defende que, com o enfraquecimento dos sistemas religiosos e de outras crenças tradicionais, o crescimento das cidades e a dispersão das famílias e comunidades, as pessoas ficaram mais "anônimas" e menos conectadas.

E o aumento do individualismo, como observaram alguns estudos, pode também ter colaborado neste processo.

"Quando olho em volta e observo a falta de assistência social, a falta de conexão, a falta da capacidade de nos sentirmos pertencentes, exceto quando fazemos compras (que é, cada vez mais, a única forma de nos reunirmos em espaços físicos), parece que o sentimento de solidão, na verdade, não é nenhuma surpresa", afirma Bound Alberti.

"O estranho seria se não nos sentíssemos assim."
Solidão é muitas vezes imposta pelas circunstâncias Getty Images

Mas o que podemos fazer quando nos sentirmos solitários, mesmo estando rodeados pelas pessoas? Bem, a primeira medida é encontrar a diferença entre a solidão crônica e a passageira.

"Se você perceber que seus sintomas estão impedindo que você viva sua vida, trabalhe, forme relacionamentos ou se você fica perturbado, vale a pena procurar um profissional médico e contar o que você está sentindo", aconselha Remes.

Também é importante distinguir entre a solidão imposta e a voluntária, orienta Bound Alberti.

Afinal, todos nós podemos decidir nos isolar, mas muitas pessoas enfrentam circunstâncias estruturais que impõem o isolamento, desde questões de idade e saúde até a pobreza e a discriminação.

Ela destaca que o governo e a comunidade precisam abordar urgentemente estes fatores estruturais.

Falar com estranhos

Um problema comum em nível pessoal é que, muitas vezes, relutamos a nos conectar com as pessoas, principalmente estranhos, apesar dos seus benefícios comprovados.

Em um estudo de 2014, pesquisadores da Universidade de Chicago e da Universidade da Califórnia em Berkeley, ambas nos Estados Unidos, investigaram os motivos.

Eles começaram perguntando às pessoas no transporte urbano de Chicago se conversar com estranhos poderia melhorar sua viagem matinal. A maioria acreditava que não.

Mas, quando os pesquisadores dividiram os participantes em grupos, pedindo aleatoriamente a alguns que fizessem exatamente isso e a outros que permanecessem em silêncio, aqueles que conversaram apreciaram mais sua viagem.

O experimento também questionou outro dos vieses pessimistas inatos dos participantes.

Inicialmente, apenas 40% das pessoas que viajavam de trem achavam que iriam encontrar algum tagarela com quem conversar. Mas, na verdade, todos eles encontraram.

As conclusões levaram algumas companhias ferroviárias britânicas a introduzir "vagões de conversa" em 2019, em um experimento conjunto com a BBC. E uma companhia de ônibus instalou cartões de "início de conversa" nas suas viagens.

Na verdade, acreditar que somos menos agradáveis do que na realidade é uma característica humana generalizada, conhecida como liking gap (algo como "lacuna de simpatia", em português). E ela pode realmente nos causar bloqueios, particularmente se já estivermos solitários.

"Quanto mais solitários e mais habituados estivermos à solidão, mais difícil é nos aproximarmos dos outros", explica Bound Alberti.

"Por isso, se você estiver acostumado a ficar sozinho e se sentir rejeitado, você presume que a expressão facial de alguém está rejeitando você ou sua linguagem corporal está rejeitando você. E isso se torna uma profecia autorrealizável."

Ninguém está defendendo que você pressione alguém que prefira ficar sozinho. Mas, na próxima vez em que você se sentir solitário na multidão, tente respeitosamente iniciar uma conversa com alguém ao seu lado.

Ou desafie você mesmo a conversar com uma pessoa nova todos os dias. Pesquisas indicam que, quanto mais você fizer isso, maior será sua confiança e o seu medo da rejeição irá diminuir.

Até conversas curtas, como dizer "olá" ou "obrigado", podem ajudar de alguma forma a fazer você se sentir melhor.

Mas precisamos também reconhecer que vencer a solidão não é questão apenas de formar conexões. É preciso estabelecer e alimentar conexões que sejam significativas. E Remes sugere que o voluntariado é uma forma poderosa de atingir este objetivo.

"Ajudar os outros tira o foco de nós mesmos e do que estamos enfrentando", explica ela.

"Em vez disso, colocamos nossa atenção em outro indivíduo e imaginamos como podemos fazer a diferença para ele. Isso nos ajuda a nos sentirmos conectados, o que reduz os níveis de solidão."

O toque físico também é importante. A quantidade de contato físico desejado pelas pessoas varia muito entre os indivíduos. Mas existe uma conexão entre a solidão e a falta de toque – e até um rápido toque no ombro pode aumentar a sensação de conexão social.

Um estudo de 2020 concluiu que os participantes que receberam rápido contato físico se sentiram significativamente menos negligenciados, especialmente os solteiros.

Mas ficar rodeado de pessoas não é a única forma de nos sentirmos conectados. O tempo passado com animais de estimação também pode criar a sensação de pertencimento, da mesma forma que sair e apreciar a natureza.

O mesmo estudo de 2021 que concluiu que as pessoas que moram em áreas urbanas superpovoadas eram mais propensas a sentir solidão também descobriu que a sensação de solidão é reduzida com a percepção da inclusividade social e contato com a natureza.

De fato, as pessoas que entraram em contato com a natureza apresentaram 28% menos probabilidade de sentir solidão.

"O contato com a natureza é útil porque aumenta nossa conexão a um lugar", explica Remes. "Ele cria a sensação de pertencimento."

E, de fato, esta sensação de conexão, pertencimento e inclusão parece ser o verdadeiro antídoto para a solidão.

Solidão nos relacionamentos

Alguns relacionamentos também podem nos fazer sentir solidão.

Seja com um amigo ou parceiro amoroso, podemos vivenciar solidão em um relacionamento quando sentimos que não somos vistos, não somos ouvidos ou que precisamos usar uma máscara ou ser alguém que não somos na companhia de outra pessoa.

Se este for o seu caso, reserve um tempo para a comunicação. Diga ao seu amigo ou parceiro o que você precisa e ofereça espaço para que ele também exponha suas prioridades.

Talvez o relacionamento seja tóxico e, neste caso, você deve considerar se deve terminá-lo. Mas você também pode ter construído muros ou desenvolvido interesses e necessidades divergentes ao longo do tempo. Estes obstáculos podem ser superados.

Quando vivenciamos sentimentos de solidão, sempre vale a pena perguntar o que essas sensações estão tentando nos dizer. Mas Remes também aconselha a ter cuidado com as respostas que damos a nós mesmos.

Quando estamos sozinhos, podemos perguntar: "Por quê?". Mas nossa resposta pode ter consequências significativas.

Se respondermos "talvez eu esteja solitário porque não me aproximei das pessoas tanto quanto deveria", por exemplo, esta pode ser uma resposta motivadora. Ela contém uma solução prática – preciso encontrar mais pessoas – que pode incentivar você a entrar em ação.

Mas, se a sua resposta for "estou sozinho porque sou desagradável" ou "sou azarado", a solução – preciso ser mais agradável ou ter mais sorte – irá parecer abstrata e fora do seu alcance.

"A solução é observar a situação como estando dentro do seu controle, não fora de alcance", orienta Remes.
Vencer a solidão não é apenas questão de formar mais conexões, mas sim de garantir que elas sejam significativas Getty Images

Embora a solidão seja considerada uma "epidemia" frequentemente estigmatizada, lembre-se de que ela nem sempre é ruim.

Seja na multidão, em um relacionamento ou nos confins da Terra, a solidão faz parte de quem nós somos.

"Se você analisar uma vida humana inteira, as coisas que fazem você se sentir conectado, muitas vezes, terminam", explica Carr.

"Pode ser um casamento, um emprego ou uma perda por falecimento."

"A maioria dessas coisas termina em algum momento, por um ou outro motivo – elas são meio que transitórias. E o que a maior parte de nós, seres humanos, precisa fazer é se reinventar em seguida e se reconectar com outra coisa. Mas isso não acontece da noite para o dia."

"Existe um período, uma espécie de deserto, que você precisa atravessar para se tornar uma nova pessoa", prossegue Carr.

"E cruzar esse deserto será inevitavelmente bastante solitário. Mas devemos apreciar esse período como parte da realidade existencial dos seres humanos, não como uma indicação de que estamos partidos ou precisamos de conserto."

No mundo cada vez mais atribulado em que vivemos, encontrar melhores formas de conexão com os demais pode ser benéfico para todos. Mas não devemos nos criticar demais quando nos sentirmos solitários.

Lembre-se de que este é um fenômeno natural, diversificado e, às vezes, útil, ao qual precisamos dar atenção e não simplesmente estigmatizar.

FONTE: BBC

ORAÇÃO DA CURA

Pai celestial, que habitais o meu interior, impregna com a Tua Luz vital cada célula de meu corpo, expulsando todos os males, pois estes não fazem parte de meu ser.

Na minha verdadeira realidade, como filho de Deus perfeito que sou, não existe doença; por isso que se afaste de mim todo o mal, todos os bacilos, micróbios, vírus, bactérias e vermes nocivos, para que a perfeição se expresse no meu corpo, que é templo de Divindade.

Pai teu Divino filho Jesus disse: pedi e recebereis, porque todo aquele que pede recebe, portanto, tenho absoluta certeza de que a minha oração da cura já é a própria cura. Para mim agora, só existe esta verdade: a cura total. Mesmo que a imagem do mal permaneça por algum tempo no meu corpo, só existe em mim agora a imagem mental da cura e a verdade da minha saúde perfeita.

Todas as energias curadoras existentes em mim estão atuando intensamente, como um exército poderoso e irresistível, visando os inimigos, fortalecendo as posições enfraquecidas, reconstruindo as partes demolidas, regenerando todo o meu corpo. Sei que é o poder de Deus agindo em mim e realizando o milagre maravilhoso da cura perfeita.

Esta é a minha verdade mental. Esta portanto é a verdade do meu corpo.

Agradeço-te, óh! pai, porque Tu ouvistes a minha oração.

Dou-te graças, com toda alegria e com todas as forças interiores porque tua vontade de perfeição e saúde aconteceram em mim, em resposta ao meu pedido.
Assim é e assim será.

Dr. Manoel Dantas
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