LEITORES DO BEM DE KARMA!

SEJAM TODOS MUITO BEM VINDOS, TENHAM UMA ÓTIMA LEITURA, SABENDO TUDO DO MUNDO ESPIRITUAL!.

PARA SUA MEDITAÇÃO!

CURTIR BEM DE KARMA NO FACEBOOK!

BEM DE KARMA - ÚLTIMAS NOTÍCIAS

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

SAIBA PORQUE O ESPIRITISMO PEGOU TANTO NO BRASIL

(ipopba/iStock)

Em volta da mesa de madeira, iluminados pelas chamas dos lampiões, homens compenetrados invocavam a presença dos mortos. Era a primeira vez que o grupo de intelectuais baianos comandava uma sessão mediúnica. 


Acreditavam que podiam fazer contato com espíritos e estavam atentos a ruídos e movimentos fora do comum. Naquela mesma noite de 17 de setembro de 1865, os escritores, professores, militares e magistrados ali reunidos haviam fundado o primeiro centro espírita brasileiro. Seguindo rituais propostos por Allan Kardec, tentavam atrair alguma alma desencarnada. 

Sem nenhum aviso, a mão de um dos homens começou a rabiscar um papel. Todos os olhares se voltaram para as letras que, uma a uma, surgiam na folha, agrupadas em palavras que comoveram os presentes antes mesmo de serem conhecidas. Quando a mão finalmente parou de escrever, a mensagem psicografada anunciava que um espírito chamado Anjo de Deus estava entre eles.

O episódio ocorrido em Salvador é considerado o marco inicial do espiritismo no Brasil. A ideia de que é possível falar com os mortos, no entanto, não era estranha em um país onde crenças africanas e indígenas sempre figuraram em meio ao catolicismo oficial e dominante. O caldeirão cultural brasileiro é só um dos fatores que explicam a acolhida que o espiritismo teve no país a partir da metade do século 19, quando a doutrina de Kardec chegou da França com explicações para casos extraordinários e assustadores que agitavam o mundo. 


Um desses acontecimentos se passou em 1848, em uma casa de madeira no vilarejo de Hydesville, no estado americano de Nova York. O casal Fox já tinha ouvido batidas e ruídos vindos das paredes da residência onde viviam com as filhas Margaret e Kate, de 14 e 11 anos. Um dia as pancadas ficaram fortes, camas começaram a tremer e objetos começaram a sair do lugar. Os Fox estavam aterrorizados.

Foi quando a menina mais nova estalou os dedos e ouviu batidas na parede como resposta. Ela repetiu o gesto com os dedos, dessa vez sem som de estalos, e percebeu novamente as batidas, o que significava que era observada. Em poucas horas, na presença de dezenas de testemunhas, a conversa foi aprimorada: perguntas eram feitas em voz alta, respostas de sim e não chegavam com toques combinados. 


Descobriram que o visitante batedor era um homem morto e enterrado na casa. As notícias sobre a conversa com o espírito correram o mundo, e as irmãs Fox ganharam fama apresentando em público seus poderes mediúnicos. Anos mais tarde, elas disseram que tudo havia sido armado. Depois, voltaram atrás e falaram que tinham negado a história em troca de dinheiro.

O escritor Arthur Conan Doyle era um dos interessados nas irmãs Fox. Ao longo de 40 anos, o inglês estudou diversos casos de manifestações de espíritos – a ponto de publicar mais tarde, em 1926, o clássico A História do Espiritualismo, em que relata alguns episódios e afirma que “uma invasão organizada” de seres de outros planos estava em andamento. 


Com o interesse de figuras famosas, como o criador das histórias de Sherlock Holmes, em espaço de poucos anos, surgiram centenas de figuras alegando poderes que a ciência não sabia explicar. Diziam contar com a ajuda de espíritos para prever o futuro, saber do passado, transmitir pensamentos, curar doenças e até levitar.

Eles e seus seguidores não tinham dúvidas: estava em curso uma ação dos espíritos para despertar curiosidade e fazer contato com os vivos.

Uma moda espírita

Em 1850, o fenômeno das “mesas girantes” divertia nobres e burgueses em salões da alta sociedade europeia, sobretudo em Paris. Ao redor de uma mesa, os participantes da brincadeira apoiavam as mãos espalmadas no tampo e, unidos pelas pontas dos dedos, viam o móvel se movimentar sem uma explicação física aparente, geralmente girando. O que se dizia era que o poder de concentração do grupo fazia a mesa se mexer.

Estudiosos logo se interessaram: parte deles suspeitou de truques, outros associaram os giros a magnetismo ou ação involuntária e inconsciente dos envolvidos. Em 1855, o pedagogo Hippolyte Léon Denizard Rivail, professor e autor de livros educacionais, ouviu de um amigo dono de restaurante que o movimento das mesas tinha a participação dos mortos. O amigo disse ainda que as mesas eram inteligentes e batiam no chão em resposta a perguntas. Curioso, embora incrédulo, Rivail aceitou o convite para ver uma das sessões.

Às 8 horas da noite de uma terça-feira de maio, Rivail chegou ao número 18 da rua Grange-Batelière, em Paris. Entrou na casa de uma senhora chamada Plainemaison e ficou aturdido com as experiências que para sempre mudariam a sua vida. Diante de seus olhos, como ele mesmo escreveria anos mais tarde, “mesas pulavam e corriam” pelo cômodo da mansão, em movimentos que não deixavam nenhuma dúvida de que estava frente a forças ocultas. Na mesma noite, viu ainda uma tentativa de escrita mediúnica e teve a certeza de que espíritos queriam se comunicar. Deixou a casa decidido a voltar e investigar a fundo os fatos absurdos, que ainda não conseguia compreender.

Os meses seguintes transformariam definitivamente a vida do professor. Ele presenciou muitas outras vezes os fenômenos tanto na casa da senhora Plainemaison como em outros lares de Paris. Na mansão da família Boudin, passou a contar com a ajuda de duas médiuns adolescentes, que psicografavam mensagens enviadas pelos espíritos. Rivail perguntava em voz alta o que gostaria de saber sobre o mundo dos mortos e recebia as respostas em psicografias. Contou com a ajuda de outros médiuns para revisar as informações. 


As supostas revelações sobre o que eram, de onde vinham e para onde iam os espíritos foram reunidos na forma de uma nova doutrina, batizada de espiritismo – para diferenciar do abrangente termo espiritualismo, já consagrado na época para descrever a relação entre vivos e mortos. Aconselhado por um espírito que já o conhecia de outra vida, Rivail mudou seu nome para Allan Kardec.

Em 18 de abril de 1857 foi lançado em Paris o Livro dos Espíritos, com 501 perguntas e respostas, resultado das revelações que Kardec dizia obter do mundo espiritual. Três anos depois, uma segunda edição, revista e ampliada para 1.019 questões, veio a público. A doutrina defendia a existência de Deus, a imortalidade da alma, a reencarnação, a evolução dos seres, a pluralidade de mundos e a possibilidade de comunicação com os espíritos por meio da mediunidade e a caridade.

Para Kardec, as revelações contidas na obra não eram simples religião, mas uma filosofia com base científica voltada para o aperfeiçoamento moral do homem. O livro foi criticado por céticos, que viram na obra não mais que uma bem elaborada trama mística. A Igreja foi além das críticas contra a doutrina, que pregava a reencarnação e feria dogmas católicos. Em 1861, Kardec enviou 300 exemplares de obras espíritas para um livreiro de Barcelona. 


A encomenda foi apreendida pelo bispo local, que ordenou a queima dos livros em praça pública. Em 9 de outubro, orientado por um padre que segurava uma cruz e uma tocha nas mãos, um carrasco comandou a queima das obras diante de uma pequena multidão. Em 1864, o Livro dos Espíritos foi incluído no Index Librorum Prohibitorum, lista de obras que não podiam ser lidas pelos fiéis católicos.

Até sua morte, em 1869, Kardec publicou mais quatro obras: O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese, que, junto com O Livro dos Espíritos, reúne a base da doutrina. Na Revista Espírita, que fundou em 1858, o francês divulgou por 10 anos textos complementares, mensagens psicografadas e notícias da onda espírita pelo mundo.

Terreno fértil

Embora tenha repercutido em dezenas de países, a verdade é que o espiritismo não achou muito espaço para prosperar. Espiritualistas britânicos e americanos não aceitaram a tese de reencarnação e fizeram ressalvas à religiosidade da doutrina. Em Portugal, Espanha e Itália, as ideias foram combatidas pela Igreja Católica e não puderam circular livremente. Até mesmo na França, berço do espiritismo, o interesse ficou restrito a alguns círculos de intelectuais e arrefeceu depois de alguns anos, sobretudo quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial.

No Brasil, entretanto, o avanço do espiritismo foi notável desde os primeiros anos, como o próprio Kardec festejou em uma edição de 1864 da Revista Espírita, quando afirma com satisfação “que a ideia espírita faz progressos sensíveis no Rio de Janeiro, onde ela conta com numerosos representantes, fervorosos e devotados”. 


O fenômeno das “mesas girantes” era visto com curiosidade no Brasil imperial do século 19. Os periódicos Jornal do Commercio, Diário de Pernambuco e O Cearense, por exemplo, noticiaram a febre que colocava toda a sociedade parisiense “em torno de uma mesa redonda”. Antes da doutrina kardecista, falar de espiritualismo já era comum entre homeopatas e homens atentos a casos extraordinários, como o das irmãs Fox.

Com a publicação de O Livro dos Espíritos, o tema despertou interesse em muito mais gente. A pequena redação do Courrier du Brésil, por exemplo, era o principal ponto de encontro no Rio de Janeiro de franceses exilados e opositores do regime de Napoleão III, bem como de brasileiros atentos às teorias políticas e filosóficas que agitavam a Europa. A elite carioca dos anos 1850 tinha os olhos voltados para Paris. Quando a doutrina de Kardec veio a público, foi bem recebida pelos leitores do jornal impresso em francês e apreciado por prestigiados cidadãos da corte de dom Pedro II. 


Além de fascinantes, as revelações dos espíritos estavam livres do conservadorismo católico e alinhadas com ideias modernas. O espiritismo logo virou uma opção mística estimulante para intelectuais que desprezavam o controle moral exercido pela Igreja. Com o apoio de figuras respeitadas da sociedade brasileira, o espiritismo ganhou legitimidade.

No Rio de Janeiro, nem mesmo a Igreja fez ressalvas quando, em 1860, Casimir Lieutaud, diretor do presitigiado Colégio Francês, publicou Os Tempos São Chegados, primeiro livro espírita em português. Dois anos mais tarde, textos de Kardec traduzidos já estavam nas livrarias. A reação da Igreja ao espiritismo na cidade só viria com força 20 anos depois, quando o movimento andava a passos largos nas principais cidades brasileiras.

Em Salvador, o Conservatório Dramático da Bahia, fundado por Luiz Olímpio Teles de Menezes em 1857, era espaço de debate da intelectualidade baiana. Lá, as ideias espíritas também causaram impacto. Alguns homens cultos desse grupo estavam ao redor da mesa 8 anos mais tarde, na primeira sessão espírita do país, quando a entidade Anjo de Deus anunciava sua presença.

A reação da Igreja ao espiritismo na Bahia foi mais dura, a ponto de uma carta com o título Erros Perniciosos do Espiritismo ter sido escrita pelo arcebispo em julho de 1867. Teles de Menezes respondeu com outra carta aberta, mas as hostilidades não cessaram. O grupo baiano incomodava não só a Igreja mas também famílias donas de escravos, contrariadas com a postura abolicionista dos espíritas. No auge do conflito, espíritas eram alvo de charges e chacotas em jornais de Salvador.

Sem recuar, Teles de Menezes fundou em 8 de março de 1869 o primeiro periódico espírita do Brasil, O Eco d’Além-Túmulo, publicação bimestral, que escancarou a posição contrária à escravidão e virou uma importante ferramenta de divulgação do espiritismo. No discurso de lançamento do jornal, Teles de Menezes destacou a “missão espinhosa” de fazer a crença “chegar indistintamente a todos os homens”. 


A exemplo de O Eco d’Além-Túmulo, muitos outros jornais e revistas espíritas foram lançados. Eram os principais canais de divulgação do espiritismo e, vendidos em bancas populares, fizeram com que a novidade chegasse a todos os lugares. Em 1875, surgiu no Rio de Janeiro a Revista Espírita. Naquele ano, o jornal O Espírita era criado no Rio Grande do Norte. Em 1881, a Sociedade Acadêmica Deus Cristo e Caridade fundou a sua própria revista na capital fluminense.

Até a virada do século, não menos do que 50 publicações tinham aparecido nas bancas. Foi também no Rio de Janeiro que o português Augusto Elias da Silva fez espaço em seu ateliê fotográfico para montar uma pequena redação. Incentivado pela mulher, usou dinheiro do próprio salário para lançar em 21 de janeiro de 1883 o jornal O Reformador, veículo espírita mais antigo ainda em circulação no país.

As publicações também eram importantes para rebater as críticas que a Igreja começava a fazer com maior ênfase. O bispo do Rio de Janeiro, dom Pedro Maria de Lacerda, publicou em 1881 um texto em que chamava os espíritas de “possessos, dementes e alucinados”. 


No ano seguinte, subiu o tom dos ataques e disse que era preciso odiar espíritas “por dever de consciência”. Naqueles tempos, os grupos espíritas precisavam disfarçar o lado religioso e dizer que a doutrina era de estudos científicos para evitar a perseguição. Os grupos proliferavam, mas seguiam caminhos próprios. Era preciso unir forças para o movimento continuar forte.

Um dos primeiros a perceber isso foi o próprio fotógrafo Augusto Elias da Silva, que convocou algumas lideranças para um encontro em sua casa. Ele defendeu a criação de uma nova e ampla federação, que integrasse todos os grupos espíritas existentes. 


Com o apoio dos convidados, que também viam a necessidade de união, propôs a elaboração de um plano de divulgação do espiritismo, que seria feito por meio do seu jornal – agora oficial – e de livros. No primeiro dia de 1884, era criada a Federação Espírita Brasileira.

Frente unida

A atuação da organização, desde seu início até hoje, também explica o êxito do espiritismo no Brasil. É ela que define como deve funcionar um centro espírita, como devem ser feitos os atendimentos e quais são as estratégias para que o movimento não pare de crescer. 


Com a publicação de diversos textos teóricos, é uma referência doutrinária de qualquer organização espírita. Oferece ainda cursos para a formação de médiuns e dá palestras a seguidores. No final do século 19, os centros espíritas passaram a oferecer tratamento homeopático e espiritual a pobres e escravos que não conseguiam outro tipo de atendimento.

Mesmo com a elite espírita voltada para o estudo e a defesa da doutrina, os seguidores não deixaram de aprofundar o trabalho social, virtude que Kardec apontava como fundamental para a evolução da alma e que a população ligava a pessoas de bom coração. Para quem tem um filho doente, afinal, pouco importa se a ajuda parte de católicos, espíritas ou ateus. Foi a dinâmica de funcionamento dos centros a principal responsável pelo espiritismo ter atingido as classes populares. 


Famílias pobres passaram a confiar nos espíritas, a quem pediam apoio e de quem recebiam remédios naturais, passes espirituais, roupa, comida e conforto. “A popularidade do espiritismo vem dessa ação de caridade da elite em relação aos necessitados. As pessoas procuravam o espiritismo em busca de tratamento”, afirma Bernardo Lewgoy, professor da pós-graduação em antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pesquisador do CNPq.

Também encontravam refúgio nos centros espíritas pessoas tratadas como loucas, que viam na ideia de mediunidade uma possível explicação para supostas visões e vozes. Com palestras, cursos e leituras, eram incentivadas a acreditar que podiam encarnar espíritos. O espiritismo brasileiro se afastava do elitistismo europeu, berço da doutrina, e abria espaço para a entrada de pessoas simples.

Apesar de festejada, a criação da Federação Espírita Brasileira não conseguia superar uma divisão que parecia definitiva. Os trabalhos de caridade eram incentivados com base na faceta mais religiosa das ideias de Kardec, o que incluía passes e sessões de contato com os mortos. Muitos espíritas, no entanto, estavam mais interessados nos aspectos científicos do trabalho de Kardec e defendiam a ênfase do espiritismo na pesquisa do sobrenatural. 


Além disso, havia divergências sobre a validade de outros autores, como Jean-Baptiste Roustaing, cuja obra continha trechos conflitantes com partes de O Livro dos Espíritos. O responsável por acalmar os ânimos e unir os espíritas em um movimento mais coeso foi Bezerra de Menezes, o “médico dos pobres”, que aderiu ao espiritismo em 1886, em cerimônia pública que atraiu quase 2 mil pessoas. O médico, com 30 anos de vida política, tinha perdido a mulher e dois filhos. Sem apego material, passou a atender os necessitados sem cobrar pelo serviço e logo estava ele mesmo pobre.

Era uma figura carismática e agregadora, um homem de moral elevado, visto como a melhor opção para assumir a presidência da Federação Espírita, o que fez em 1889, no auge da disputa entre místicos e científicos. Bezerra encontrou um movimento problemático. Nos centros que visitava, encontrava diretores ignorantes e ríspidos. Muitos distorciam a doutrina e praticavam um espiritismo fanático e nocivo. 


“Eram pessoas bem intencionadas, mas que não conheciam bem a obra de Kardec. Foi um processo lento até acabar com opiniões pessoais e realizar seriamente os trabalhos de mediunidade”, diz Antonio Cesar Perri de Carvalho, atual presidente da Federação Espírita Brasileira.

Bezerra de Menezes batalhou para acabar com as divergências. Estudioso do kardecismo, publicou traduções e escreveu inúmeros textos e livros, sempre enfatizando que a ajuda aos pobres e aos necessitados era o maior dever espírita. 


A dedicação fez com que fosse chamado de “o Kardec brasileiro”. Superou as disputas internas e definiu que o espiritismo no Brasil seria uma doutrina religiosa e dedicada a causas sociais, orientação válida até hoje.

A principal batalha de Bezerra de Menezes, entretanto, começou com o fim do Império, quando a religião católica era a oficial. Depois de passar para a República, em 1889, o Brasil se tornaria um Estado laico. A nova Constituição, em 1891, viria a garantir liberdade de culto, mas o Código Penal aprovado antes dela, em 1890, criminalizou a prática do espiritismo, incluído em artigo que condenava rituais de magia e cartomancia. Homeopatia, cura magnética e qualquer tipo de curandeirismo também estavam proibidos, o que impedia a atuação dos médiuns. Vários espíritas foram presos.

A habilidade política de Bezerra triunfou quando ele enviou um ofício ao então presidente da República, Deodoro da Fonseca, em 1890. O médico pediu o fim das perseguições em respeito aos direitos e liberdades dos espíritas. Argumentou que não havia charlatanismo em centros espíritas, já que eles não tinham fins lucrativos. Por fim, destacou o atendimento que os espíritas prestavam a quem não tinha acesso a médicos e hospitais. 


O Código Penal não foi alterado, mas o apelo de Bezerra fez com que as perseguições rareassem, permitindo que médiuns e receitistas voltassem a trabalhar. Assim, os principais críticos do espiritismo se tornaram os psiquiatras, que, na virada do século 20, viam na doutrina em expansão uma herança de crenças africanas e classificavam o culto como uma doença contagiosa, capaz de levar adeptos à loucura.

Misturar espiritismo com ritos africanos e nativos fazia sentido para quem não conhecia a doutrina a fundo. De fato, contatos mediúnicos com espíritos eram comuns em curas e outros rituais dos indígenas e dos escravos, mas terminavam aí as semelhanças das religiões nativas e africanas com a palavra de Kardec. Se havia outro ponto em comum, era o timing: ao mesmo tempo que o espiritismo saía da elite para penetrar nas classes populares, o espiritualismo das senzalas se viu livre para circular pelas cidades a partir do fim da escravidão, em 1888. Uma coincidência propícia para uma fusão.

Dissidentes

Em 1908, Zélio Fernandino de Moraes teve uma súbita paralisia dias antes de prestar exames para a Escola Naval. A família buscou ajuda médica, mas o tratamento não teve efeito. O garoto, de 17 anos, passou então a ter visões e falar palavras desconexas. Outros médicos avaliaram o caso, mas não tinham um diagnóstico. Aconselhados por um vizinho, os pais levaram o jovem para um centro espírita em Niterói. 


Quando a sessão começou, Zélio incorporou o espírito de um caboclo, entidade que já era conhecida dos kardecistas, considerada alma atrasada e indesejada. Mandado embora, o espírito se embrabeceu e disse que, no dia seguinte, voltaria a falar através de Zélio para dar início a uma nova religião.

Às 20 horas do dia 16 de novembro, o Caboclo das Sete Encruzilhadas ressurgiu no corpo do garoto e falou que os espíritos dos velhos africanos e dos índios nativos iriam ajudar os vivos livres de preconceitos pela cor, raça e condição social em suas vidas passadas. Antes de partir, pediu que os adeptos vestissem branco e anunciou o nome da primeira grande dissidência do espiritismo: a umbanda. 


Em 1910, na cidade de Santos (SP), Luís de Matos fundou outra nova doutrina, batizada de Racionalismo Cristão, alegando que havia excesso de religiosidade no espiritismo, do qual havia sido adepto. Na obra fundamental, lançada em 1914, Matos fez nova interpretação das revelações dos espíritos e defendeu uma codificação racional e científica das mensagens, sem misticismos e cargas religiosas.

As religiões saídas do espiritismo não impediram que o movimento continuasse a crescer nos anos seguintes, marcado pela construção de hospitais, por programas no rádio e pelo reconhecimento do trabalho de grandes médiuns, entre eles Francisco de Paula Cândido, o Chico Xavier. 


Ao longo do século 20, o mineiro seria o principal personagem que ajudaria a consolidar o Brasil como o maior expoente mundial do espiritismo, atraindo milhões de adeptos para a doutrina.

Santo espírita

Chico ouvia vozes desde a infância. Nascido em família pobre, conheceu o espiritismo em 1927, ao buscar ajuda para uma irmã. Aos 17 anos, fundou um centro espírita simples, em um barracão de madeira, onde começou a psicografar textos ditados por espíritos. Depois de emplacar alguns escritos em jornais, publicou em 1932 o primeiro livro, Parnaso de Além-Túmulo, antologia de poemas que teriam sido ditados por escritores portugueses e brasileiros mortos, entre eles Cruz e Sousa, Augusto dos Anjos, Casimiro de Abreu, Artur Azevedo e Olavo Bilac. 


A polêmica em torno da veracidade da obra não impediu Chico de continuar publicando psicografias, muitas com toques de nacionalismo e todas incentivando a caridade cristã. Em 1943, publicou o seu livro de maior sucesso, Nosso Lar, primeiro de uma série de romances em que conta, com base no relato de um espírito, como é a vida no mundo dos desencarnados.

Chico não era o único médium a ganhar projeção. Francisco Peixoto Lins, o Peixotinho, ficou famoso pela alegada capacidade de materializar espíritos e foi acusado de fraude após a divulgação de fotos em que está perto de entidades envoltas em material branco. 


Em Minas Gerais, o médium Zé Arigó dizia encarnar o espírito do médico alemão Doutor Fritz para realizar cirurgias mediúnicas em milhares de pessoas, usando facas e canivetes.

Mas Chico Xavier estava em outro patamar. Sua popularidade ajudou a consolidar uma tradição espírita genuinamente brasileira cujas origens, é claro, vinham desde Kardec e Bezerra de Menezes. 


Mas, nas suas palavras, o aspecto religioso da doutrina e o valor da caridade se tornaram a norma no Brasil, colocando em segundo plano a discussão científica, que tanto interessava aos intelectuais franceses e ingleses do século 19, afirma o professor Bernardo Lewgoy.

Quando apareceu no programa Pinga-Fogo, da TV Tupi, Chico Xavier estabeleceu a maior audiência da televisão brasileira até então. Alcançava ali o posto de maior figura religiosa em um país de maioria católica. 


“Chico era sinônimo de caridade, solidariedade e bondade. Valores que já estavam arraigados no povo brasileiro. Ele é uma espécie de santo espírita”, diz Renata de Castro Menezes, doutora em antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Até 2002, quando morreu, aos 92 anos, psicografou mais de 400 livros e cerca de 10 mil cartas.

Confrontado pelo midiático Padre Quevedo, fez das acusações uma ferramenta de divulgação do espiritismo. O jesuíta espanhol trouxe ao país conceitos da parapsicologia para interpretar o espiritismo e dizia que a mediunidade não envolvia espíritos, apenas criações do próprio médium. Quevedo desafiou Chico a falar a língua de espíritos estrangeiros, apontou inconsistências em obras psicografadas, viu farsa em fotos de espíritos e o chamou de “louco”. 


A mediunidade, de fato, não tem explicação científica. Mas pesquisas recentes mostram que o fenômeno não é sinônimo de doenças mentais, como a esquizofrenia, uma tese popular propagada pelos céticos.

O espiritismo nunca deixou de crescer no Brasil. Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feito em 2010 apontou 3,8 milhões de espíritas declarados no país. Estima-se que outros 40 milhões sejam simpáticos a ideias espíritas, sobretudo à reencarnação. 


Segundo a Federação Espírita Brasileira, mais de 14 mil entidades espíritas estão em funcionamento, entre hospitais, escolas e centros, números que não deixam dúvidas de que a doutrina de Allan Kardec encontrou no país um singular e fértil terreno para prosperar.

AUTOR: SUPERINTERESSANTE

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

SAIBA OS NÍVEIS DO PLANO ESPIRITUAL

O plano astral ou mundo astral não é o mesmo em que vivemos, onde podemos contar o espaço por quilômetros, léguas, anos-luz, entre outros. Ele é feito por vibrações energéticas, e para viajar nesse plano é necessário uma projeção astral, onde a pessoa passa de um grau de energia para outro. Essas diversas vibrações, ou camadas energéticas formam as condições geográficas desse mundo.

A Espiritualidade te Ajudará a Superar Desafios e Alcançar seus Objetivos. Clique Aqui e Comece Agora seu Atendimento

Você deve se perguntar: “plano astral, como entrar?”. Toda viagem astral depende simplesmente dessa transição e dos diversos níveis vibracionais, mudando o foco da consciência pela concentração, consegue-se transportar-se de um estado para o outro.

O mundo espiritual é dividido por 7 subdivisões ou subplanos, cada um com sua característica e peculiaridade. Assim, vale ressaltar que a matéria de cada um deles está presente em outra, por isso em um mesmo espaço é possível ter diversas subdivisões. Alguns médiuns ou pessoas altamente espiritualizadas conseguem adentrar algumas partes mais elevadas do Plano Espiritual.

As 7 subdivisões do Mundo Espiritual

1 – Plano Divino

2 – Plano Monádico

3 – Plano Espiritual

4 – Plano Intuitivo

5 – Plano Mental

6 – Plano Astral

7 – Plano Físico

Os habitantes do plano astral

Humanos

Não Humanos

Artificiais

É um tanto quanto complexo entender o que são os 7 planos, já que possuímos limitação de palavras para defini-los, assim serão descritos separadamente. Ele também pode ser chamado de 7 Planos Cósmicos, mas novamente ressaltando, eles estão interpenetrando-se, formando-se dessa maneira algo que transita entre um e outro.

O Plano Astral é somente uma dessas divisões do mundo espiritual, que é composto da seguinte maneira:

1 – Plano Divino

Também chamado de átmico, não temos inteligência ou evolução suficiente para falar sobre esse estágio de consciência. Essa é a parte mais pura de energia, de onde saiu toda a base construtora dos demais planos.

2 – Plano Monádico

Esse plano possui um grande desafio, porque representa a vida em sintonia absoluta, integrando todas as experiências para a paz, harmonia e bem-estar. 

Através do desdobramento espiritual alguns monges e santos atingiram esse plano quando ainda estavam em corpo astral físico. Mas é algo muito raro de se acontecer. Para uma pessoa atingir esse nível de consciência, ela precisa ter seu espírito totalmente em sintonia com as energias mais puras e divinas.

3 – Plano Espiritual

Algumas pessoas conseguem atingir esse plano até mesmo sem buscarem por isso, são traços de mediunidade no momento em que o espírito consegue atingir um ponto mais elevado. 

Quem descobre esse plano passa a ter um chamado mais forte dentro de si, onde as importâncias dos mundos inferiores (mais próximos ao físico) são questionadas.

Quando há uma preparação para atingir esse estado ou se busca uma elevação, o homem é capaz de ir além aos demais planos superiores.

4 – Plano Intuitivo

É o primeiro que se relaciona com a consciência superior, ele desperta através de dons e da criatividade particular de cada um. É aquela “inspiração” que vem de algo mais interior, como acontece muito entre os artistas no geral.

5 – Plano Mental

Chamado também de mente concreta, sua função ocorre no lado esquerdo do cérebro, essa dimensão é viciada em fatos. É o ponto onde se prendem as pessoas mais racionais e lógicas que precisam de comprovações científicas e de “ver para crer”.

6 – Plano Astral

Regido pela natureza inferior, isto é governado inteiramente pelas emoções e individualidade. Nessa dimensão é preciso tomar cuidado com os sentimentos negativos, porque eles podem tomar controle da pessoa, extinguindo as emoções que são provenientes do verdadeiro amor, abrindo espaço para ciúmes e intrigas.

7 – Plano Físico

Esse plano incorpora a matéria física, são as células e tudo que constitui o corpo físico no geral, nos dando o que conhecemos como “vida”. Nesse sentido se abre a possibilidade de analisar e testar a saúde física e consequentemente buscar o equilíbrio. A alimentação energética do corpo celular é chamada de etérico ou corpo vital.

Os habitantes do plano astral

No mundo astral há 3 categorias de existência: humanos, não humanos e artificiais.

Humanos

Esse grupo também são separados em outros dois: os vivos e os mortos.

Vivos: adeptos da espiritualidade e seus discípulos, indivíduos psiquicamente adiantados, pessoas vulgares (viajam pelo plano astral inconsciente, como em sonhos) e por fim o mago negro e seus discípulos.

Mortos: Nirmânakáyas (são seres que fazem parte de planos mais elevados, porém às vezes descem para realizarem alguma missão), discípulos a espera de reencarnação, mortos vulgares, sombras, invólucros, invólucros vitalizados, vítimas de morte súbita ou suicidas, vampiros e lobisomens e novamente magos negros e seus discípulos.

Não Humanos

São separados em: Corpos Astrais dos Animais, espíritos Naturais (elementais) e os Anjos.

Artificiais

Com a divisões de: elementais criados inconscientemente, conscientemente e artificiais humanos.

Para que sua energia possa penetrar entre os sub planos é preciso percepção consciente e adequada. 

Lembrando que os meios de ativação e elevação artificial como as drogas, substâncias psicodélicas ou o álcool não trazem nenhum tipo de equilíbrio ou elevação espiritual. 

É necessário a prática da meditação e principalmente a elevação da vibração energética para alcançar tal ponto.

AUTOR: IQUILIBRIO.COM

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

SAIBA POR QUE A IGREJA CONDENA O ESPIRITISMO?

Segundo a Federação Espírita do Brasil, o "espiritismo é o conjunto de princípios e de leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita". 

A revelação é por eles obtida pela invocação dos mortos, cujos espíritos seriam aqueles mencionados na definição. Esta é só a primeira das muitas incompatibilidades existentes entre o espiritismo e o cristianismo.

De forma prática, um espírita não pode ser considerado cristão pois não crê nas verdades básicas do Cristianismo. Basta observar rapidamente os princípios que o regem para perceber a enorme diferença entre ambos.

A Sagrada Escritura, para eles, é um documento histórico que contém aspectos de verdade. Um livro cujo conteúdo moral deve ser seguido. A Palavra de Deus, para os católicos, é uma pessoa. É Jesus Cristo, que se fez carne e habitou entre nós. 

A Bíblia é uma forma de transmitir e receber a presença da pessoa que é Jesus. Ele é a Revelação do Pai. É o centro, o cume e o ápice da revelação divina, pois é o próprio Deus.

Da mesma forma, os católicos creem que Jesus Cristo é Deus Encarnado. A segunda pessoa da Santíssima Trindade. O homem não poderia, por sua própria capacidade, alcançar Deus, ir até Ele. Assim, em sua infinita bondade e misericórdia, Deus se fez homem e habitou entre nós, na pessoa de Jesus Cristo.

A Igreja, para os católicos, é o Corpo de Cristo. Jesus é a cabeça e a Igreja é o seu corpo vivo inserido na história. Para estar em plena sintonia com Cristo é preciso ser membro da Igreja. Assim, o Cristianismo não é apenas uma doutrina, mas um acontecimento, pois o próprio Deus encarnado irrompe na história temporal e se encontra com o homem.

Além disso, Jesus Cristo é o Salvador. A sua morte na Cruz significa a redenção. Nas religiões pagãs é o próprio homem quem se salva; por isso, o espiritismo pode ser encaixado como pagão, ao pregar a reencarnação.

Trata-se de um outro mundo, completamente diferente. O espiritismo é o avesso do cristianismo. Não é possível ser católico e espírita, pois estes últimos não são cristãos, eles não acreditam que Jesus seja Deus, que Ele morreu e ressuscitou, que é o Salvador do mundo, não acreditam na Igreja, nos sacramentos, nos demônios - que para eles seriam apenas almas desencarnadas num estágio inferior -, nem nos anjos - que seriam apenas almas desencarnadas num estágio superior -, nem mesmo na intercessão dos santos, nem num lugar de destaque onde estão os santos e santas de Deus. Enfim, é tudo muito diferente.

Se é assim, por que tantos espíritas se dizem católicos? Por desonestidade dos dirigentes, os quais usam a propaganda de que não há incompatibilidade para 'pescar' católicos ingênuos e mal formados.

Seria muito salutar para ambos os lados se fosse informada a realidade pungente de que existe sim uma profunda e irremediável incompatibilidade entre o espiritismo e o catolicismo, pois são religiões em tudo diferentes e que não é possível pertencer às duas.

Por que a Igreja condena o espiritismo?

AUTOR: PADRE PAULO RICARDO

terça-feira, 26 de novembro de 2019

SAIBA O QUE É O ESPIRITISMO

Talvez você já tenha feito perguntas como estas:

De onde vim ao nascer? Para onde irei depois da morte? O que há depois dela?

Por que uns sofrem mais do que outros? Por que uns têm determinada aptidão e outros não?

Por que alguns nascem ricos e outros pobres? Alguns cegos, aleijados, débeis mentais, enquanto outros nascem inteligentes e saudáveis? Por que Deus permite tamanha desigualdade entre seus filhos?

Por que uns, que são maus, sofrem menos que outros, que são bons?

No entanto, a maioria das pessoas, vivendo a vida atribulada de hoje, não está interessada nos problemas fundamentais da existência. Antes se preocupam com seus negócios, com seus prazeres, com seus problemas particulares. Acham que questões como “a existência de Deus” e “a imortalidade da alma” são da competência de sacerdotes, de ministros religiosos, de filósofos e teólogos. 

Quando tudo vai bem em suas vidas, elas nem se lembram de Deus e, quando se lembram, é apenas para fazer uma oração, ir a um templo, como se tais atitudes fossem simples obrigações das quais todas têm que se desincumbir de uma maneira ou de outra. A religião para elas é mera formalidade social, alguma coisa que as pessoas devem ter, e nada mais; no máximo será um desencargo de consciência, para estar bem com Deus. 

Tanto assim, que muitos nem sequer alimentam firme convicção naquilo que professam, carregando sérias dúvidas a respeito de Deus e da continuidade da vida após a morte.

Quando, porém, tais pessoas são surpreendidas por um grande problema, a perda de um ente querido, uma doença incurável, uma queda financeira desastrosa - fatos que podem acontecer na vida de qualquer pessoa - não encontram em si mesmas a fé necessária, nem a compreensão para enfrentar o problema com coragem e resignação, caindo, invariavelmente, no desespero.

Onde se encontra a solução?

Há uma doutrina que atende a todos estes questionamentos. É o Espiritismo.

O conhecimento espírita abre-nos uma visão ampla e racional da vida, explicando-a de maneira convincente e permitindo-nos iniciar uma transformação íntima, para melhor.

Mas, o que é o Espiritismo?

O Espiritismo é a doutrina revelada pelos Espíritos Superiores, através de médiuns, e organizada (codificada), no século XIX, por um educador francês, conhecido por Allan Kardec.

O Espiritismo é, ao mesmo tempo filosofia, ciência e religião.

Filosofia, porque dá uma interpretação da vida, respondendo questões como “de onde eu vim”, “o que faço no mundo”, “para onde irei depois da morte”. Toda doutrina que dá uma interpretação da vida, uma concepção própria do mundo, é uma filosofia.

Ciência, porque estuda, à luz da razão e dentro de critérios científicos, os fenômenos mediúnicos, isto é, fenômenos provocados pelos espíritos e que não passam de fatos naturais. Todos os fenômenos, mesmo os mais estranhos, têm explicação científica. Não existe o sobrenatural no Espiritismo.

Religião, porque tem por objetivo a transformação moral do homem, revivendo os ensinamentos de Jesus Cristo, na sua verdadeira expressão de simplicidade, pureza e amor. Uma religião simples sem sacerdotes, cerimoniais e nem sacramentos de espécie alguma. Sem rituais, culto a imagens, velas, vestes especiais, nem manifestações exteriores.

E quais são os fundamentos básicos do Espiritismo?

A existência de Deus que é o Criador, causa primária de todas as coisas. A Suprema Inteligência. É eterno, imutável, imaterial, onipotente, soberanamente justo e bom.

A imortalidade da alma ou espírito. O espírito é o princípio inteligente do Universo, criado por Deus, para evoluir e realizar-se individualmente pelos seus próprios esforços. Como espíritos já existíamos antes do nascimento e continuaremos a existir depois da morte do corpo.

A reencarnação. Criado simples e sem nenhum conhecimento, o espírito é quem decide e cria o seu próprio destino. Para isso, ele é dotado de livre-arbítrio, ou seja, capacidade de escolher entre o bem e o mal. Tem a possibilidade de se desenvolver, evoluir, aperfeiçoar-se, de tornar-se cada vez melhor, mais perfeito, como um aluno na escola, passando de uma série para outra, através dos diversos cursos. 

Essa evolução requer aprendizado, e o espírito só pode alcançá-la encarnando no mundo e reencarnando, quantas vezes necessárias, para adquirir mais conhecimento, através das múltiplas experiências de vida. O progresso adquirido pelo espírito não é somente intelectual, mas, sobretudo, o progresso moral.

Não nos lembramos das existências passadas e nisso também se manifesta a sabedoria de Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são nossos filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos que, presentemente, se encontram junto de nós para a reconciliação. 

A reencarnação, desta forma, é a oportunidade de reparação, assim como é, também, oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual. Pelo mecanismo da reencarnação vemos que Deus não castiga. Somos nós os causadores dos próprios sofrimentos, pela lei de “ação e reação”.

A comunicabilidade dos espíritos. Os espíritos são seres humanos desencarnados e continuam sendo como eram quando encarnados: bons ou maus, sérios ou brincalhões, trabalhadores ou preguiçosos, cultos ou medíocres, verdadeiros ou mentirosos. Eles estão por toda parte. Não estão ociosos. Pelo contrário, eles têm as suas ocupações. Através dos denominados médiuns, o espírito pode se comunicar conosco, se puder e se quiser.

A pluralidade dos mundos habitados. Os diferentes mundos, disseminados pelo espaço infinito, constituem as inúmeras moradas aos Espíritos que neles encarnam. As condições desses mundos diferem quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridades dos seus habitantes.

Como o Espiritismo interpreta o Céu e o Inferno?

Não há céu nem inferno. Existem, sim, estados de alma que podem ser descritos como celestiais ou infernais. Não existem também anjos ou demônios, mas apenas espíritos superiores e espíritos inferiores, que também estão a caminho da perfeição - os bons se tornando melhores e os maus se regenerando.

Deus não se esquece de nenhum de seus filhos, deixando a cada um o mérito das suas obras. Somente desta forma podemos entender a Suprema Justiça Divina.

Por que o Espiritismo realça a Caridade?

Porque fora dos preceitos da verdadeira caridade, o espírito não poderá atingir a perfeição para a qual foi destinado. Tendo-a por norma, todos os homens são irmãos e qualquer que seja a forma pela qual adorem o Criador, eles se estendem as mãos, se entendem e se ajudam mutuamente.

Por que fé raciocinada?

A fé sem raciocínio não passa de uma crendice ou mesmo de uma superstição. Antes de aceitarmos alguma coisa como verdade, devemos analisá-la bem. “Fé inabalável é aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade.”- Allan Kardec.

E onde podemos encontrar mais esclarecimentos sobre o Espiritismo?

Começando pela leitura dos livros de Allan Kardec:

O LIVRO DOS ESPÍRITOS.O livro básico da Doutrina Espírita. Contém os princípios do Espiritismo sobre a imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida futura e o porvir da humanidade.

O LIVRO DOS MÉDIUNS. Reúne as explicações sobre todos os gêneros de manifestações mediúnicas, os meios de comunicação e relação com os espíritos, a educação da mediunidade e as dificuldades que eventualmente possam surgir na sua prática.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. É o livro dedicado à explicação das máximas de Jesus, de acordo com o Espiritismo e sua aplicação às diversas situações da vida.

O CÉU E O INFERNO, ou “A Justiça Divina Segundo o Espiritismo”. Oferece o exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual. Coloca ao alcance de todos o conhecimento do mecanismo pelo qual se processa a Justiça Divina.

A GÊNESE. Destacam-se os temas: Existência de Deus, origem do bem e do mal, explicações sobre as leis naturais, a criação e a vida no Universo, a formação da Terra, a formação primária dos seres vivos, o homem corpóreo e a união do princípio espiritual à matéria.

Você poderá ler, ainda, os livros psicografados por Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco, Yvonne Pereira, José Raul Teixeira, etc. e os livros de Léon Denis, Gabriel Delanne e de tantos outros autores, encontrando-se entre eles estudos doutrinários, romances, poesias, histórias e cartoes_mensagens de alento. 

Depois desta simples leitura, você poderá ter dúvidas e perguntas a fazer. Se tiver, é bom sinal. Sinal que você está procurando explicações racionais para a vida. Você as encontrará lendo os livros indicados acima e procurando um Centro Espírita seguramente doutrinário e indiscutivelmente Espírita. 

Você poderá solicitar informações à Federação Espírita do Paraná quanto aos Centros Espíritas de sua localidade, ou consultar a página na internet http://www.feparana.com.br.

AUTOR: FEP ( Federação Espírita do Paraná)

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

SAIBA DAS 5 DIFERENÇAS ENTRE UMBANDA E ESPIRITISMO

1) Umbanda nasce como religião

Em sua anunciação a Umbanda já se afirma – por intermédio da comunicação feita pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas – como uma religião. No espiritismo isso acontece de outra forma.

Allan Kardec quando questionado sobre o espiritismo ser ou não uma religião, explica que como doutrina e filosofia que exprime ideais de fraternidade pode ser considerado uma religião, porém, ele também elucida que se o espiritismo fosse visto como uma religião, ele não mais se diferenciaria das cerimônias, hierarquias, misticismos e outros princípios que as religiões carregam consigo e que não cabem na doutrina espírita.

No livro Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita o decodificador do espiritismo dá o seu parecer sobre a manifestação ser ou não considerada religião.

Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual da palavra, não podia nem deveria enfeitar-se com um título sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis por que simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral.

Portanto, em sua origem o espiritismo não preocupava-se com a criação de uma estrutura religiosa e/ou de crença, mas sim em expandir os conhecimentos sobre a ciência de observação dos fenômenos paranormais que despontavam na época, e definir uma doutrina filosófica que discorria sobre as consequências morais que advinham das relações com os espíritos.

No preâmbulo do livro O que é Espiritismo, Allan Kardec define a doutrina como “a ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal.“

No Brasil o espiritismo chega por volta de 1850/60 e com o virar do século irá reforçar o ideal de que “fora da caridade não há salvação”. Por meio do médium Chico Xavier (1930) a doutrina será expressa e popularizada de forma contundente enquanto prática religiosa que prega ideais de amor, fraternidade e ajuda ao próximo.

Pai Alexandre Cumino aborda essa questão no estudo Teologia de Umbanda – Jornada e disserta dizendo que hoje, o espiritismo ainda continua afirmando que não é uma religião, mas quando perguntado para alguém que o segue qual é a sua crença, é muito comum termos a seguinte resposta: “eu sou espírita.”

Mais uma vez eu repito, onde o homem coloca a sua fé está sua religião. Isso fica claro no momento em que você deposita sua fé em um método, em comunidade e isso ainda possui uma doutrina e um conjunto de conhecimentos, ali está a sua religião. Então, o espiritismo se autoproclama ciência dos espíritos por conta da postura de Kardec, por Kardec ser um positivista, que não quer e não aceita religião. Mas hoje em dia, se nós perguntarmos – sociologicamente falando – o que é o espiritismo? podemos responder que dentro da estrutura de sociedade o espiritismo é religião.

Pai Alexandre Cumino, em Teologia de Umbanda – Jornada

2) Culto aos Orixás e a comunicação com espíritos

Na Umbanda presta-se culto ao panteão de Orixás (divindades de origem africana) consideradas irradiações e características de Deus, que regem sobre nós sua força e Axé.

Já na vivência espírita não cabe o culto à essas manifestações e nem – principalmente no espiritismo ortodoxo – a abertura a comunicação com espíritos considerados “inferiores”.

Na reunião espírita é comum o diálogo com espíritos ditos evoluídos e que em suas passagens na terra destacaram-se por desenvolver trabalhos considerados importantes para a sociedade, como médicos, advogados, políticos e etc.

Portanto, na sessão espírita não realiza-se (ou pelo menos não é o comum) trabalho com as linhas de Caboclo, Preto-Velho e demais manifestações espirituais presentes no ambiente de Umbanda. Os espíritos manifestados nos centros espírita, quando revelam seus nomes falam sobre suas existências nesse plano ou a qual “colônia” pertencem, diferente da Umbanda em que os nomes das entidades revelam sua atuação, falange, grau… sua hierarquia.

3) Altar com imagens católicas

O congá (altar na Umbanda) repleto de manifestações católicas faz parte do processo de sincretismo que a religião incorpora e permanece até hoje. A presença dos santos católicos dentro dos terreiros se dá não só pelo fato da Umbanda agregar imagens dessa vertente em sua fé, mas também pela história de discriminação e repressão que os cultos afro sofreram no país.

Na época em que os Orixás eram considerados desencadeadores de magia negra pelos segmentos mais abastados da sociedade a solução encontrada foi viver a fé sincronizando essas divindades aos mártires católicos aceitos pelo corpo social. Essa prática irá se estender – posteriormente – as tradições umbandistas.

Já na doutrina espírita não ocorre o sincretismo desta forma, sendo assim, não há a presença de imagens de origem católica, nem africana e nem de nenhum outro segmento. Os itens mais comuns à sessão espírita é uma mesa coberta por uma toalha branca, o livro “Evangelho Segundo o Espiritismo” e um copo com água ao centro.

Isso não quer dizer que o espiritismo não tenha sido influenciado por outras crenças, o próprio Evangelho Segundo o Espiritismo, propõe a ressignificação de um texto já existente. Podemos dizer que Kardec sincretizou a bíblia com a sua filosofia científica sobre a existência dos espíritos.
4) Uso de elementos e sinais magísticos

O espiritismo recusa veemente o uso de qualquer tipo de magia e não aceita o efeito delas sobre nosso corpo físico e espiritual.

Na obra O livro dos Espíritos (primeiro exemplar da doutrina espírita) encontramos a seguinte passagem “Não há palavra sacramental nenhuma, nenhum sinal cabalístico, nem talismã que tenha qualquer ação sobre os Espíritos“.

Kardec continua afirmando seu posicionamento quanto a relação com as práticas magísticas na obra ‘O que é o espiritismo’ “O Espiritismo, longe de ressuscitar a feitiçaria, a destruiu para sempre, despojando-a do seu pretenso poder sobrenatural, de suas fórmulas, de seus livros de magia, amuletos e talismãs, reduzindo os fenômenos possíveis ao seu justo valor, sem sair das leis naturais”.

Ele continua explicando que os espíritos não podem vir à contragosto e que os que “se prestam” a manipular e trabalhar com magia são considerados inferiores e que talvez já tenham feito “essas espécies de coisas” em suas vidas anteriores.

Bom, essas afirmações não competem a prática religiosa de Umbanda, já que nela é reconhecido e legitimado o uso e os efeitos de magias como parte da sua ritualística e relacionamento com as divindades e guias, e também como eventual proteção contra magias negativas.

Ou seja, a Umbanda entende que exista a ação da magia sobre a vida dos indivíduos em todas as suas formas, que são praticadas tanto para o bem, como para o mal e que o papel da religião é estabelecer uma consciência pautada no bom senso para esses usos e desenvolver a prática desses meios sempre em seu aspecto benéfico, ressaltando que os guias que se manifestam no ambiente da Umbanda, não se prestam a nenhuma prática negativa, nem de amarração e nem de pedido fútil.
5) Estrutura religiosa, ritualística e simbólica

Ainda que as vertentes de Umbanda possam se distinguir em alguns aspectos e conceitos, onde algumas terão mais características da doutrina espírita do que outras, na Umbanda encontramos fundamentos, liturgias, ritos, organização de hierarquias, concepções e sistema de crença próprios, que não exprimem e não podem ser igualadas com o espiritismo.

Podemos citar as roupas, a função que cada pessoa possui no terreiro, o uso de atabaques, a gênese, os tipos de mediunidade, os rituais, os cultos, as oferendas, a organização física do terreiro, os passes dentre outras inúmeras fundamentações presentes – e como dito próprias – da religião de Umbanda que não originaram da prática espírita.

Como semelhanças dispomos da mediunidade, da comunicação com espíritos e do grande potencial de estudo e compreensão espiritual que a filosofia espírita possibilitou e sobre essas semelhanças nos aprofundaremos em um próximo texto.

O que vale é entender que Umbanda NÃO é espiritismo. Umbanda tem fundamento e doutrina própria.

E é sobre esses fundamentos, ritos, diferenciações, crenças, tradição, cultura e posição em relação à outras crenças que o conjunto de estudos contemplados em Teologia de Umbanda – Jornada se destina a tratar.

AUTOR: UMBANDA EAD

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

SAIBA QUAIS OS VEÍCULOS DE MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO

Quais são os meios que Espírito consegue manifestar-se? Quais são os corpos que o Espírito pode utilizar para comunicar-se e exprimir sua Inteligência?

Os nossos irmãos do esoterismo, comentam que o Espírito possui 7 corpos e que cada um desses corpos principais, há outros 7 corpos habitando faixas vibratórias distintas entre si. No Espiritismo não explícita isso, mas acredito que isso seja possível, embora, particularmente, não conheça nenhuma literatura espírita séria que comenta sobre a existência dos 7 corpos e das divisões destes por faixa vibratória.

No entanto, temos alguns relatos interessantes na literatura espírita, como por exemplo, na obra "Nosso Lar" que o André Luiz ao trabalhar incansavelmente para auxiliar os companheiros nas câmaras de retificação, ao ser solicitado pela irmã Narcisa que ele repousasse um pouco para recompor as energias dedicadas ao trabalho nobre.

Quando, André Luiz, ao repousar, ele por ser desencarnado, o seu Espírito estava ocupando um corpo mais sutil que o nosso da matéria física, que é chamado de Perispírito, e podemos perceber que na narrativa do autor, o mesmo relata que fez o desdobramento de seu próprio Perispírito e que foi encontrar com sua mãe em um plano superior, dessa maneira, podemos compreender a existência de outro corpo de manifestação do Espírito, em um modelo mais sutil que o próprio Perispírito.

"Daí a instantes, sensações de leveza invadiram-me a alma toda e tive a impressão de ser arrebatado em pequenino barco, rumando a regiões desconhecidas. Para onde me dirigia? Impossível responder. A meu lado, um homem silencioso sustinha o leme...O sonho não era propriamente qual se verifica na Terra. Eu sabia, perfeitamente, que deixara o veículo inferior no apartamento das Câmaras de Retificação, em "Nosso Lar", e tinha absoluta consciência daquela movimentação em plano diverso" Nosso Lar - Cap. 36 - O Sonho

Há muitas passagens interessantes sobre o tema, mas agora, gostaríamos de comentar superficialmente sobre alguns dos veículos de manifestação que o nosso Espírito pode usufruir, lembrando que podem, em cada veículo, ocorrer a possibilidade de haver corpos mais sutis e que ainda não foi nos revelado.

Corpo Físico - O corpo físico é o veículo de manifestação mais grosseiro que conhecemos, e é utilizado pelo Espírito quando encarnado.

Corpo Espiritual ou Perispírito - O Perispírito é o veículo de manifestação do Espírito quando desencarnarmos, e é mais sutil do que o corpo físico.

Corpo Mental ou Mente - O corpo mental é veículo mais sutil que o Perispírito e o corpo físico, pois é através desse veículo que o Espírito se comunica com a matéria sutil e a matéria grosseira, no entanto, a mente até onde sabemos não é feito de matéria e não possui forma alguma específica.

Corpo Consciencial ou Espírito - É a nossa verdadeira residência, o Espírito somos nós na sua mais pura expressão, onde abrigamos a Inteligência, a Razão e o Conhecimento.

Além desses veículos de manifestação possuímos outros que nos foi revelado pelos Espíritos em obras consagradas, que fazem parte da manifestação do Espírito.

Duplo Etérico - É um "corpo" ou campo de energia etérea que está na camada entre o Perispírito e o corpo físico, é o elo que serve na troca de energias entre ambos os corpos.
Cordão de Prata ou Filamentos Fluídicos - É um laço composto por energia fluídica que está ligando o Perispírito ao Corpo Físico, enquanto este laço existir o Espírito está encarnado, quando desfeito o Espírito encontra-se desencarnado. Além disso, esse laço é responsável por manter comunicação do Perispírito com o corpo físico do encarnado.

Apenas, resumimos o conteúdo, pois o mesmo merecia de nós, maior acuidade e minucias na abordagens, no entanto, para um primeiro contato com esse tema decidimos resumir o tema.

AUTOR: Blog Espiritismo na Prática

sábado, 2 de novembro de 2019

OS ESPÍRITOS SUICIDAS

Por: Jéssica Araújo

A reencarnação é uma oportunidade nos dada por misericórdia objetivamente para nossa evolução espiritual e moral. Antes de reencarnar escolhemos quais nossos propósitos, onde iremos nascer, com quem iremos conviver, as dificuldades e obstáculos a passar, antecipadamente no plano espiritual já sabemos pelas provas que irão ser vividas. Entre o momento do nosso nascimento até a hora do desencarne é que cumprimos nosso compromisso maior, que é viver, e o único quem pode apagar essa grandiosa luz chamada vida é Deus.

Vivemos em um mundo materialista, movida a dinheiro, apegos, egoísmo, onde a maldade infelizmente ainda tem maior influência sobre esse plano. A pressão esmagadora do dia-a-dia , a rotina sem perspectiva de mudanças, torna cada vez mais pessoas psicologicamente doentes, acarretando em depressões, vícios em drogas lícita e ilícitas, síndrome do pânico , entre outros, e a perspectiva de vida dessas pessoas em sua visão é baixa, e que se isolam ,perdendo a autoestima, a autoconfiança, e o amor próprio , os problemas as devoram , e frustração, a cobrança, a culpa vão as consumindo. 

Em momentos assim as vibrações , os pensamentos atordoados e perturbadores já estão em um alto grau de desiquilíbrio emocional, e é aonde os obsessores se aproximam e as influencias negativas imperam nessa situação criando uma ligação densa, sendo ela obsidiadas pelas próprias vibrações e pensamentos, de raiva, de culpa, e no estágio mais delicado ocorrendo o suicídio. A pessoa que se suicida encontra-se num estado de loucura , raiva, tristeza profunda, medo, e toma essa atitude com o objetivo maior de cessar seus problemas, suas angústias, mas o que realmente acontece é que se frustra, pois a morte eterna é um véu diante de seus olhos, pois a verdadeira vida e realidade se faz presente no outro lado, no plano espiritual.

No Livro dos Espíritos se faz um questionamento sobre a loucura nesse momento tão delicado: Questão 376-O que faz com que a loucura as vezes leve ao suicídio?

- O Espírito sofre pelo constrangimento que experimenta e pela impotência de manifestar-se livremente; por isso busca, na morte, um meio de romper seus laços.

Se Deus, nos proporciona o mais valioso gesto de amor através do reencarne que é a vida, e nossa evolução é realizada nessa jornada, o que ocorre com os espíritos suicidas?

Ao desencarnar de forma tão violenta e perturbadora, o sentimento de remorso e de culpa enaltece, pois a frustração de estar vivo continua, mais vivo que antes, e é aonde acontece as perturbações, o desespero, com a atitude brusca o apego a sentimentos e vibrações tão densas continua-se ligado a matéria, do corpo com seu períspirito que não se desligou ainda totalmente; pois o tempo a ser cumprido se foi roubado e desperdiçado. 

No Livro dos Espíritos- Livro II, Capítulo VI fica bem claro esse assunto: ‘’A experiencia nos ensina que, no momento da morte, o perispírito se desprende maios ou menos lentamente do corpo. Durante os primeiros instantes, o Espírito não entende sua situação; não acredita estar morto, sente-se vivo. Vê seu corpo de um lado, sabe que é o seu, e não compreende que possa estar separado dele. Esse estado dura enquanto existir um elo entre o corpo e o perispírito.’’ E a separação acontece conforme o grau de evolução, pessoas que tem o conhecimento de que a vida não acaba mantém sua fé, ocorrendo uma passagem serena, sem dores maiores; já nesses casos de descontrole emocional, falta de conhecimentos e fé a passagem será perturbadora, insana ,podendo durar muitos meses e até anos pois o apego ao material, ao tangível é muito maior.

As impressões e sensações sobre o corpo carnal são sentidas e revividas por esse espírito, e experimentam a horrorosa sensação de decomposição de todo o processo do corpo, vagam pelos seus túmulos, em desespero se movem até familiares e amigos com intuito de se comunicarem, mas se veem ignorados, pois não estão mais nesse plano, não acreditam que morreram, sentem as dores, sentem fome, sede, frio, cansaço, e se comunicam, mas com espíritos já desencarnados e da mesma frequência vibracional, perturbados. 

Existem milhares de espíritos afins que vibram nessa mesma frequência, são falanges e grupos juntos, locais onde a energia é densa, lugares materializados sem luz, fedidos , lugares onde os mesmo são manipulados, torturados e escravizados por espíritos trevosos, onde sua consciência os cobra e os culpa, se encontram em grande perturbação que não existe calma, seriedade, as influencias que sofrem são consumidoras de suas energias, cegando os cada vez mais, dificultando a sua consciência, o seu real estado, podendo ficar aprisionando ali a muito tempo. Essa sensação perdura até que o desprendimento do períspirito seja completo, apenas então o espírito tomará consciência que já não faz mais parte do mundo material.

O suicídio não pode ser encarado com uma válvula de escape ou uma saída para o fim dos problemas, ou ter a esperança que com esse ato irá se chegar mais rápido no paraíso.

‘’ O que pensar daquele que tira sua própria vida na esperança de chegar mais cedo a uma vida melhor?

-Outra loucura! Que ele faça o bem, e estará mais seguro de que alcançará; pois o suicídio retarda sua entrada num mundo melhor, e ele mesmo pedirá para vir completar essa vida que interrompeu por uma falsa ideia. Um erro, qualquer que seja, nunca abre o santuário dos eleitos.’’ (Livro dos Espíritos, Questão 950). Fica muito claro que esse ato é totalmente regressivo para a evolução, e que se pedirá para voltar nesse plano de provas e expiações para completar a vida que foi interrompida, faça o bem para se ter mérito em seu dia -a dia.

Aos encarnados que não controlam suas paixões ,promiscuidades, vícios e abusos ,deteriorando seus corpos lentamente, diminuindo sua base moral , essas atitudes são uma forma de suicido indireto , pois se tem a consciência de que está se prejudicando, são atitudes egoístas e mesquinhas pois a missão é de cuidar do corpo da melhor forma que Deus nos proporcionou, afim de se realizar a nossa missão. 

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, fica muito clara essa mensagem, Capítulo V- Provas voluntárias. O verdadeiro cilicio [...] Quanto a vós, particularmente, contentai-vos com as provas que Deus vos envia, e não aumenteis a carga por vezes já tão pesadas; aceitai-as sem lamentações e com fé, é tudo que Ele vos pede. Não enfraqueçais vosso corpo com privações inúteis e macerações sem objetivo, pois tendes necessidade de todas a vossas forças para cumprir a missão de trabalho na Terra. Torturar voluntariamente e martirizar vosso corpo é contravenção a lei de Deus, que vos dá ao meio de sustentá-lo e de fortificá-lo. Enfraquecê-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio. Usar, mas não abusar: tal é a lei. O abuso das melhores coisas traz a punição nas suas inevitáveis consequências!

Em sua misericórdia e amor supremo Deus não desampara ninguém, existem caravanas, grupos de espíritos evoluídos que trabalham em prol do bem maior, tentam contato, auxiliar esses espíritos perturbados nesse plano de difícil acesso, são feitos o evangelho, tentam resgatar esse irmãos em estados tão deploráveis; no entanto a perturbação, a vibração e a influência de centenas de sofredores juntos, de espíritos trevosos dificultam que os mesmo os enxerguem ou os ouçam, a culpa e o remorso se fazem presente, e nesses sentimentos não se sentem merecedores de atos puros de amor, bloqueando a ajuda, mas não os fazendo desistir de nenhum deles pois esses espíritos de luz sabem que a tarefa é árdua, mas o amor é supremo e todos tem salvação!

Aos que estão nesse plano e que se encontram em desespero e dificuldade, que tem esses pensamentos, se mantenham calmos, tenham fé, se aceitem, se amem do jeito que são pois nesse mundo ninguém é completamente feliz e nem perfeito, não se iluda com o material pois a nossa verdadeira morada é espiritual, a nossa maior missão é nos cuidarmos, ter resignação e paciência diante dos obstáculos, tudo passa, tenha ciência de que em maior gesto de amor nosso Pai, nos concebeu a vida, e tudo o que passamos tem um motivo e aprendizagem, somos eternos e o que muda são nossas moradas em diferentes planos conforme nossa evolução, o que levamos para sempre é a nossa consciência pois é ela quem irá nos julgar, nos acompanhar em todas as existências, há séculos e milênios. 

Não seja ocioso, trabalhe, ajude, e verás quantos necessitados não estão à espera de alguém ou uma ajuda, se ocupe no bem, e verás como a vida valerá a pena, preencha o vazio com fé, e conhecerás o caminho certo junto a Deus.

Nós encarnados devemos auxiliar sempre, sejam encarnados ou desencarnados, e para os que já fizeram sua passagem e se encontram em lugares tão penosos cabe a nós realizar preces e orações, pois para eles é um bálsamo de alivio, de esperança, e de luz, mesmo que seja por pouco tempo mas sentirão de uma forma grandiosa em seu espírito que não estão esquecidos, e que a vida continua.

AUTOR: LETRA ESPÍRITA

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

SAIBA DO PODER DA CARIDADE

O Poder da Caridade

“Fora da Caridade não há salvação”. Nos esclarece à luz do Espiritismo que toda a moral dos ensinamentos de Jesus se resume a caridade e a humildade, qualidades contrárias ao egoísmo e ao orgulho, capazes de nos conduzir a verdadeira felicidade.

Pensando no poder da caridade e na importância de fazer o bem, tanto na vida de quem pratica e também de quem recebe, nos damos conta do quanto fazer o bem pode fazer a diferença no mundo.

Se a caridade e a humildade estão diretamente ligadas, o cultivo dessas virtudes pode dar um novo sentido a tudo. A caridade e o sentimento de amor ao próximo se refere a uma das principais qualidades do homem de bem. 

“O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem”(Evangelho Segundo o Espiritismo- O Homem de Bem).

E como podemos colocar em prática a caridade?

O primeiro passo é o desejo de ser melhor em pensamentos, sentimentos e atitudes, a cada dia, buscando se tornar um verdadeiro homem de bem, como nos ensinou Jesus.

Se partirmos do princípio que devemos fazer aos outros todo o bem que desejamos para nós, compreendemos que em qualquer circunstância temos a possibilidade de praticar a caridade, aprendendo a vencer o egoísmo e o orgulho.

Em seus ensinamentos de amor Jesus nos chama a atenção que a caridade não se restringe à esmola, pois devemos nos atentar que existe a caridade material e espiritual. É claro que cada forma tem a sua importância, mas doar de si mesmo em benefício do próximo, sem dúvida é buscar compreender a essência pura da verdadeira caridade, um exercício de abnegação e amor.

Ao procurar em cada oportunidade uma maneira de ajudar ao próximo, estaremos exercitando o poder da caridade em nossas vidas. Que possamos permitir que a luz do amor brilhe em nossas vidas.

Encontramos no Evangelho a inspiradora parábola do Òbulo da Viúva, um grande exemplo da caridade, a verdadeira doação na abdicação de algo em benefício de alguém necessitado. “ “E estando Jesus assentado defronte donde era o gazofilácio, observava ele de que modo dava o povo ali o dinheiro; e muitos, que eram ricos, davam com mão larga. 

E tendo chegado uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas, que importavam um real. E convocando seus discípulos, lhes disse: Na verdade vos digo, que mais deu esta pobre viúva do que todos os outros que deram no gazofilácio. Porque todos os outros deram do que tinham na sua abundância; porém esta deu da sua mesma indulgência tudo o que tinha, e tudo o que lhe restava para seu sustento(Marcos, XII: 41-44 – Lucas, XXI: 1-4).

Mas não pensem que esta parábola refere-se ao dinheiro. O dinheiro é apenas o exemplo que Jesus utilizou para transmitir este ensinamento.

Essa parábola refere-se ao mais simples exemplo da verdadeira caridade: doar aquilo que se tem. Mas a doação do supérfluo não representa esforço nenhum. Já a verdadeira doação depende de abdicar de algo.

Se exercitar a caridade pode trazer muito mais luz a nossa vida, vamos buscar sempre formas de praticá-la em nosso cotidiano.

Confira leituras que podem inspirar seu coração de amor e caridade!

Benedita Fernandes – A Dama da Caridade – Antonio Cesar Perri de Carvalho
Rumo Certo – Chico Xavier
Bem-Aventurados os que Oram… – Carlos A. Baccelli
Fora da Caridade não há Salvação – Alírio de Cerqueira

AUTOR: https://mundomaior.com.br/promocoes/mes-da-caridade.html

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

CONHEÇA UM IMPORTANTE PONTO DE DECISÃO

Mensagem recebida por Mashubi

Um grande momento de decisão chegou para muitas almas encarnadas na Terra. Este é o resultado de novos níveis de luz espiritual, agora firmemente ancorados na Terra, que estão trazendo elementos fundamentais e cruciais para o cumprimento do plano de Deus para a Terra.

Esses novos elementos não podem ser encontrados no nível da mente, pois sua existência está na matrix divina do amor, verdade e propósito divino que é o fundamento de toda a vida encarnada na Terra e em todos os reinos.

Essa matrix divina é a estrutura da vida, o padrão divino do qual brota toda a vida. É profundamente sagrada, intrincada e incomensurável e intensamente conectada com cada alma que está encarnada na Terra.

Há uma conexão biológica entre esta matrix espiritual divina e cada célula de cada vida encarnada na Terra, bem como a totalidade da própria Terra.

É deste espaço, onde Tudo é Um, que cada vida surge na Terra. É a partir deste espaço que sua consciência se formou pela primeira vez, antes de sua primeira encarnação na forma.

A partir deste espaço, encontra-se uma fonte de verdade profunda, que agora está surgindo na manifestação física.

Um pouco desta verdade parece quase dolorosa demais para suportar, pois os recessos da escuridão e a consciência separada dentro de todos agora estão vindo à superfície e se expressando na vida física.

À medida que todas as doenças são expostas, individual e coletivamente, cada alma encarnada está sendo apresentada com a oportunidade de se aprofundar mais na essência divina da Unidade que está no centro de toda a vida.

Esta oportunidade está criando um importante ponto de decisão para a humanidade como um todo e também para cada alma individual.

Para alguns, a oportunidade de entrar na realidade espiritual mais profunda da Unidade é uma possibilidade alegre que traz a experiência de reunião e reconexão com o Lar divino.

Para outros, essa oportunidade é uma escolha desafiadora, que enfrenta os muitos aspectos inconscientes e não examinados do eu que foram previamente mantidos à distância.

Todas as almas atualmente encarnadas na Terra estão escolhendo conscientemente estar presentes neste momento, para auxiliar no plano divino, e também para avançar em seus caminhos evolutivos individuais.

O homem encarnado pode não ter consciência da escolha das almas, no entanto, e pode lamentar ou mesmo fugir das escolhas apresentadas.

A Compaixão, amado, é necessária para si mesmo e para todos os seres da Terra neste momento divino de escolha.

À medida que a matrix divina para a Nova Terra começa a se manifestar mais claramente, as antigas bases energéticas que anteriormente mantinham a vida em equilíbrio estão desmoronando rapidamente. Deus, o divino Criador, mantém tudo, mesmo durante as extremas dores do parto deste tempo sagrado.

Como uma expressão única de Deus, o Criador que é Um, você também está sendo cuidado através dessas profundas transições. Desperte amado para a magnificência que é o seu direito nato, que está esperando para se revelar agora.

Todo o nosso mais profundo amor e bênçãos aos nossos amados, amém.

Compartilhe com Ética mantendo todos os créditos

Formatação – DE CORAÇÃO A CORAÇÃO
https://www.decoracaoacoracao.blog.br/
https://lecocq.wordpress.com
Instagram – @blogdecoracaoacoracao
Informações de Mesa Quântica Estelar, Mesa Pet e Frequência de Cura Arco Iris – lecocqmuller@gmail.com
https://www.worldblessings.net/
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

SAIBA O QUE É MERKABA – DOWNLOAD TECNOLÓGICO

O que é Merkaba

Mer-Ka-Ba é um termo originário da Escola Egípcia de Mistério. Ele existe em várias línguas, incluindo o Zulu (africano), Egípcio e Hebraico. Em Hebraico significa tanto o Trono de Deus como também a Carruagem que transporta o corpo e o espírito humanos de um lugar para outro.

Em Egípcio, Mer-Ka-Ba é derivado de três palavras:

“Mer” é um tipo especial de luz que foi compreendida finalmente no Egito durante a Décima Oitava Dinastia: ela é dois campos de luz contra-rotatórios girando no mesmo espaço e que são gerados por certos padrões de respiração.

“Ka” refere-se ao espírito individual.

“Ba” é definido como o corpo físico ou a interpretação individual da realidade.

Então, Mer-Ka-Ba é um campo de luz contra-rotatório que afeta o espírito e o corpo simultaneamente. É um veículo que pode transportar espírito e corpo (ou a interpretação individual da realidade) de um mundo para outro ou de uma dimensão para outra. Ele também pode criar a realidade conforme se move através das realidades. É um veículo interdimensional que pode ajudar a humanidade a voltar aos seus estados mais altos, originais, de consciência.

Nós humanos perdemos o contato com o Campo Geométrico de Energia que cerca nossos corpos, de acordo com Drunvalo Melchizdek, autor de “The Ancient Secret of the Flower of Life vol 1 & 2” (O Antigo Segredo da Flor da Vida), e considerado por muitos como a autoridade principal em ativação de seu veículo de campo energético, o Mer-Ka-Ba pessoal.

Há cerca de 13 mil anos atrás (Era de Atlântida), quando nós éramos mais sintonizados com as nossas próprias energias sutis e com os outros seres na Terra, este campo de luz pessoal costumava girar em velocidade próxima a da velocidade da luz ao redor do nosso corpo físico, mas ele foi perdendo a velocidade e parou de girar após o que se chama de “a Queda”. Com isto, a maioria de nós perdeu a capacidade que já tivemos de nos comunicarmos com outros seres, com a Terra e com o nosso Criador.

Quando este campo é reativado através da meditação, visualização, técnicas de respiração, e mais importante, através da experiência e da expressão do Amor Incondicional, ele começa a girar e é chamado de Mer-Ka-Ba.

Este processo tem sido comentado como “Ascensão” e “Despertar Espiritual”.

A utilidade do Mer-Ka-Ba nesta realidade é ímpar. Ele nos dá uma consciência expandida de quem nós somos, nos conecta com os altos níveis de consciência e recupera a memória das inúmeras possibilidades do nosso ser.

Muitos de vocês que estão trabalhando para a Luz têm achado difícil entender porque estão experienciando tais desafios emocionais e físicos. Estão experienciando também escassez de dinheiro, término de relacionamentos e profissionais, morte de seus entes queridos e grande revolução na e ao redor da sua vida. Estão desencorajados em seu trabalho de Luz: “Não foi isso que negociei quando me entreguei para a Luz! Eu devo estar fazendo alguma coisa errada. Sou lá eu masoquista para continuar com este trabalho?” Parece com o momentum por trás dos Trabalhadores da Luz que vocês sabem que desceram seu ritmo.

Eu tenho boas notícias e boas notícias para vocês: vocês não estão fazendo nada errado e vocês estão exatamente onde vocês deveriam estar. Suspirem…

Não tem nada a ver com Amor e Luz

Isto pode ser chocante. Todos nós escolhemos estar neste planeta nesta época para executar o Jogo da Integração de Polaridade, NÃO o Jogo do Amor e da Luz.

Isso significa integrar os nossos lados de TREVA com os nossos lados de LUZ.

Por mais que tentemos, parece que não conseguimos escapar de nossos lados escuros e de nossos pequenos egos por muito tempo. Parece que eles estão nos afastando cada vez mais da Luz que é onde nós realmente queremos estar.

Eis aqui um conceito radical: Nossas energias escuras, cicatrizes e medos são o nosso COMBUSTÍVEL para a Quinta Dimensão e Compaixão é o meio de chegarmos lá.

Você sabe que a Compaixão tem uma frequência mais alta do que o amor?!
Se não tivéssemos as nossas energias escuras, não teríamos nada para transformar em Compaixão.

Para ascensionarmos, nós precisamos elevar nossa vibração corpórea e clarear o máximo possível a nossa densidade emocional de Terceira Dimensão. O que parece isso?

Elevando um pouco mais

Quando você escolheu trabalhar para a Luz e trilhar o Caminho Espiritual, tenha ou não realizado isso, você sinalizou ao seu Eu Superior que você estava preparado e desejava passar ao próximo nível do seu Jogo de Integração de Polaridade. O que parece isso?

Seja o que for que você está passando na sua vida, isso irá se acelerar.

Você está mudando em um nível muito profundo e isso deverá se refletir em você na sua vida superficial. Questões surgirão, dentro ou fora de você, que exigem uma nova perspectiva para serem limpas e curadas.

As antigas ferramentas tridimensionais não mais funcionarão.
Isso poderá ser bem divertido quando novas coisas parecerem agir na sua vida com a velocidade da luz. E poderá parecer justo o oposto quando as estruturas da sua vida parecerem estar se desintegrando ao seu redor.

A Humanidade precisa de novas ferramentas para navegar nessas novas águas.

Mais a respeito dessas ferramentas virá mais tarde.

Nossos acordos

Antes de você nascer, você e seus Guias Espirituais decidiram as principais lições que você queria aprimorar nesta encarnação.

Outras Almas deram um passo à frente e concordaram em vir na mesma época para desempenharem certos papéis, assim você poderia aprender as suas lições. 

Alguns desses papéis foram MUITO difíceis de executar.

Talvez sua lição fosse o Perdão, então você precisava de Almas para agilizar os papéis que lhe forneceriam alguma coisa para ser perdoada.

Estas Almas amam tanto você que elas representariam papéis muito negativos, cutucando você mais e mais até que você finalmente reconhecesse seus padrões emocionais.

Elas arriscaram cair na total rejeição e abandono para desempenhar este papel para você.

Tornar-se Multidimensional significa ver a sua vida de uma perspectiva do alto.

O processo de cura começa quando você percebe que uma outra pessoa está desempenhando um papel para que você aprenda uma importante lição.
Você não é mais uma vítima.

Na verdade, você nunca foi uma vítima.
Mas acreditava que era.

O que você está criando na sua vida é um reflexo direto de suas crenças.

Você tem um padrão emocional fundamental que regula um campo energético de atração. Aqueles que têm esse padrão emocional irão encontrar você e então, tudo se inicia.
(Nota Stela: Semelhante atrái Semelhante no plano espiritual)

Você co-cria cada parte da sua vida em parceria com as Almas que têm padrão igual ou similar e é aí que os pequenos dramas se apresentam. Você se envolve em toda a história do que aconteceu ao invés de pensar nisso através uma perspectiva mais alta.

Quando você é Multidimensional, você percebe que sua vida é muito mais do que parece.

E lembra que sua Alma concordou em representar papéis para muitas outras pessoas também. Há os dois lados.

Devido à limitação de espaço neste artigo, eu só posso fazer um esboço superficial deste tópico. Algo acontece quando você nota qual é a lição e como aquela pessoa desempenhou o papel para que você pudesse aprender.

Você começa a sentir gratidão pelas pessoas que fizeram tão bem seu trabalho para que você pudesse aprender uma lição. Você jamais teria aprendido sem elas.

Sua Gratidão se transforma em Alegria e progride para a grande Compaixão pelas pessoas que amaram tanto você a ponto de representar um papel difícil.
A raiva se dissolve totalmente.

Você sente gratidão, amor, alegria e compaixão fluindo através de seu corpo físico como um banho. Nós chamamos isso de Chuva de Bênção. Ela é tão gostosa!

Este é o verdadeiro teste.
Se você não sente as bênçãos, você tem que trabalhar mais no perdão.
E assim vai…

Você precisa de Ferramentas Multidimensionais

Agora você sabe que é Multidimensional, que é responsável pelas suas escolhas e não é mais uma vítima. Mas sua vida ainda está cheia de dificuldades, limitações e sua saúde não está tão boa. Daqui você vai para onde?

Quando você faz a Ativação do Corpo de Luz, você também ativa o Merkaba ao redor do seu corpo. O Merkaba é o seu veículo para a Ascensão.

O Ponto da Compaixão

Eu descobri que a Ativação do Corpo de Luz não é suficiente para preparar você para a ascensão.

Você precisa completar as Quatro Ativações com limpeza emocional profunda e trabalhar o perdão.

Lembre-se, Compaixão tem uma frequência mais alta do que o amor.
Toda vez que você passa pelo Processo de Compaixão, você eleva mais e mais a vibração do seu corpo.

Quando você alivia as emoções e perdoa a outra pessoa e você mesmo, você atinge o Ponto da Compaixão.

Você irá experienciar alegria e amor incondicional fisicamente.
Este sentimento é TÃO MARAVILHOSO que vale a pena todo o trabalhão emocional que você tem que fazer para chegar lá.

Há um bônus: toda vez que você experiencia o Ponto de Compaixão, você está mudando a nível celular e está ativando receptores latentes do DNA.

Você está mudando o seu DNA de carbono para cristalino em cada Ponto de Compaixão e em cada Ativação do Corpo de Luz.

do seu amigo em www.krissshellman.com

Colaboração: Zulma Peixinho
Tradução: Selene
Fonte: http://www.decoracaoacoracao.blog.br/2009/07/merkabah-download-tecn…

ORAÇÃO DA CURA

Pai celestial, que habitais o meu interior, impregna com a Tua Luz vital cada célula de meu corpo, expulsando todos os males, pois estes não fazem parte de meu ser.

Na minha verdadeira realidade, como filho de Deus perfeito que sou, não existe doença; por isso que se afaste de mim todo o mal, todos os bacilos, micróbios, vírus, bactérias e vermes nocivos, para que a perfeição se expresse no meu corpo, que é templo de Divindade.

Pai teu Divino filho Jesus disse: pedi e recebereis, porque todo aquele que pede recebe, portanto, tenho absoluta certeza de que a minha oração da cura já é a própria cura. Para mim agora, só existe esta verdade: a cura total. Mesmo que a imagem do mal permaneça por algum tempo no meu corpo, só existe em mim agora a imagem mental da cura e a verdade da minha saúde perfeita.

Todas as energias curadoras existentes em mim estão atuando intensamente, como um exército poderoso e irresistível, visando os inimigos, fortalecendo as posições enfraquecidas, reconstruindo as partes demolidas, regenerando todo o meu corpo. Sei que é o poder de Deus agindo em mim e realizando o milagre maravilhoso da cura perfeita.

Esta é a minha verdade mental. Esta portanto é a verdade do meu corpo.

Agradeço-te, óh! pai, porque Tu ouvistes a minha oração.

Dou-te graças, com toda alegria e com todas as forças interiores porque tua vontade de perfeição e saúde aconteceram em mim, em resposta ao meu pedido.
Assim é e assim será.

Dr. Manoel Dantas
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

ME SIGA NO TWITTER!